O mapa da violência no País
domingo, 8 de maio de 2011
O mapa da violência no País
28 de fevereiro de 2011 | 0h 00
O quadro da violência no Brasil está mudando. Antes concentrada nas áreas mais pobres das regiões metropolitanas do Sudeste, agora está se expandindo para as regiões mais pobres - especialmente para o interior e para a periferia - das capitais do Nordeste. Esta é a região onde os índices mais cresceram - entre 1998 e 2008, os homicídios aumentaram 65%; os suicídios, 80%; e os acidentes de trânsito, 37%.
No caso específico da violência criminal, enquanto São Paulo e Rio de Janeiro registraram queda acentuada do número de homicídios, entre 1998 e 2008, em alguns Estados nordestinos a situação se tornou crítica. No Maranhão, os assassinatos cresceram 297% e na Bahia, 237,5%. Em Alagoas, que em 2008 ocupava o 1.º lugar no ranking de homicídios, os novos bairros da região metropolitana de Maceió ganharam o nome de Iraque e Vietnã, sendo tratados pelas autoridades locais como verdadeiros campos de batalha. Para a Organização Mundial da Saúde, taxas superiores a 10 homicídios por 100 mil habitantes configuram "violência epidêmica". Em Alagoas, o índice foi de 60,3 assassinatos por 100 mil habitantes, em 2008.
Esta é a síntese do Mapa da Violência de 2011, um amplo levantamento que é realizado anualmente nos mais de 5,5 mil municípios brasileiros pelo Instituto Sangari, com apoio do Ministério da Justiça. Em sua 12.ª edição, o trabalho foi elaborado com base nos dados do Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde.
Segundo o coordenador do trabalho, Julio Jacobo Waiselfisz, a tendência de desconcentração da violência decorre de dois fatores: a multiplicação dos polos de crescimento econômico, por um lado, e as deficiências estruturais do poder público, por outro. "Os polos emergem com força e peso econômico, mas quase não têm a presença do Estado em serviços de segurança pública, que continuam praticamente à míngua. Em determinado momento, capitais e áreas metropolitanas começam a receber investimentos para melhoria do aparato de repressão e mais eficiência policial. Mas as áreas do interior, antes consideradas calmas, ficam desprotegidas", diz ele.
Além da desconcentração da violência, o estudo mostra uma tendência de crescimento dos índices de homicídio entre a população jovem. Segundo o IBGE, em 2008 o Brasil tinha um contingente de 34,6 milhões de habitantes com idade entre 5 e 24 anos - o equivalente a 18,3% de toda a população brasileira. Entre 1988 e 2008, quase 40% das mortes de pessoas dessa faixa etária foram causadas por assassinatos. Nas demais faixas etárias, os assassinatos representaram somente 1,8% do total de óbitos.
A expansão da chamada "vitimização juvenil" decorre de várias causas. No interior do Nordeste, por exemplo, vaqueiros e agricultores trocaram o cavalo pela moto - o que, conjugado com o abuso de álcool, resultou numa significativa elevação do número de mortos em acidentes de trânsito. No caso dos homicídios, as vítimas são, em grande maioria, negras. No Estado da Paraíba, por exemplo, o número de negros assassinados foi 12 vezes maior, proporcionalmente, que o de vítimas brancas, entre 2002 e 2008.
Segundo o Mapa da Violência de 2011, o número de jovens brancos que foram vítimas de homicídio caiu 30% nesse período. Já entre os jovens negros houve um aumento de 13%, no mesmo período. Isso decorre, basicamente, da má distribuição de renda, das diferenças de escolaridade e das desigualdades de oportunidades entre brancos e negros. Por serem mais afetados pela pobreza, pelo analfabetismo e pela falta de opções profissionais, muitos jovens negros se envolvem com o tráfico e passam a roubar para comprar crack - e isso os leva a se envolverem nas guerras entre quadrilhas e a se tornar alvos de justiceiros, milícias e esquadrões de extermínio.
Exibindo as históricas disparidades sociais e regionais do País, o Mapa da Violência de 2011 não traz maiores novidades. Não obstante, é um instrumento importante para a formulação de políticas que combinem programas sociais, melhoria de serviços públicos para os setores carentes e estratégias mais eficientes de combate à criminalidade.
Sobre o Euro
O euro
O euro é atualmente a moeda única de 17 Estados-Membros da União Europeia, que em conjunto formam a zona euro. A introdução do euro em 1999 representou um passo muito importante no processo da integração europeia e constitui também um dos seus maiores êxitos: cerca de 330 milhões de cidadãos da União Europeia utilizam-no atualmente como moeda e usufruem de vantagens que continuarão a aumentar à medida que outros países da União Europeia forem adotando a moeda única.
Quando o euro foi introduzido, em um de Janeiro de 1999, tornou-se a nova moeda oficial de 11 Estados-Membros, substituindo, em duas fases, as antigas moedas nacionais – como o marco alemão e o franco francês. Foi inicialmente utilizado como moeda virtual nas operações de pagamento que não envolviam notas e moedas, bem como para fins contabilísticos, enquanto as antigas moedas continuavam a ser utilizadas nas operações de pagamento em numerário e a ser consideradas subdivisões do euro. Posteriormente, em um de Janeiro de 2002, o euro foi introduzido fisicamente sob a forma de notas e moedas.
O euro não é a moeda de todos os Estados-Membros. Dois países, a Dinamarca e o Reino Unido, acordaram uma opção de exclusão no Tratado, que os dispensa de participar na zona euro, enquanto os restantes (muitos dos novos Estados-Membros e a Suécia) ainda não preenchem as condições estabelecidas para a adoção da moeda única. Quando preencherem, substituirão as suas moedas nacionais pelo euro.
DATAS DE INTRODUÇÃO DO EURO NOS ESTADOS-MEMBROS
1999 | Bélgica, Alemanha, Irlanda, Espanha, França, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Áustria, Portugal E Finlândia. |
2001 | Grécia |
2002 | Introdução de notas e moedas em Euros |
2007 | Eslovênia |
2008 | Chipre, Malta |
2009 | Eslováquia |
2011 | Estônia |
O euro e a União Econômica e Monetária (UEM)
Todos os Estados-Membros da União Europeia fazem parte da União Econômica e Monetária (UEM), que pode definir-se como uma fase avançada de integração econômica com base num mercado único. A UEM implica uma estreita coordenação das políticas econômicas e orçamentais e, no caso dos países que preenchem certas condições, uma política monetária única e uma moeda única – o euro.
O processo de integração econômica e monetária tem acompanhado a evolução da União Europeia ao longo do tempo. Quando a União Europeia foi fundada, em 1957, os Estados-Membros concentraram-se na criação do mercado comum. Contudo, com o tempo, tornou-se clara a necessidade de uma cooperação econômica e monetária mais estreita para conseguir um maior desenvolvimento e florescimento do mercado interno. O objetivo da plena realização da União Econômica e Monetária e da adoção de uma moeda única só foi consagrado, em 1992, no Tratado de Maastricht (Tratado da União Europeia), que estabelece as normas para a introdução da moeda única, determina os objetivos da União Econômica Monetária e as responsabilidades de cada protagonista, bem como as condições que os Estados-Membros devem preencher para poderem adotar o euro. Estas condições são conhecidas como "critérios de convergência" (ou «critérios de Maastricht») e incluem a estabilidade de preços, com um nível de inflação baixo, a estabilidade das taxas de câmbio e a solidez das finanças públicas.
Quem gere o euro?
Quando o euro se tornou realidade, a política monetária passou a ser da responsabilidade do Banco Central Europeu (BCE), entidade independente criada para esse efeito, e dos bancos centrais nacionais dos Estados-Membros que tinham adoptado o euro. Em conjunto, constituem o Eurossistema.
A política orçamental (impostos e despesas) continua a ser da competência dos governos nacionais, embora estes possam aderir a normas comuns de finanças públicas contempladas no Pacto de Estabilidade e Crescimento. Os governos nacionais também conservam a plena responsabilidade das suas políticas estruturais (emprego, pensões e mercado de capitais), embora tenham concordado em coordená-las a fim de alcançarem objetivos comuns de estabilidade, crescimento e emprego.
Países da UE que utilizam o euro: Áustria, Bélgica, Chipre, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Portugal, Eslováquia, Eslovênia e Espanha.
Países da UE que não utilizam o euro: Bulgária, Dinamarca, Hungria, Letônia, Lituânia, Polônia, República Checa, Roménia, Suécia e Reino Unido.
Ossadas de inconfidentes são identificadas
sábado, 7 de maio de 2011
Ossadas de inconfidentes são identificadas
Mais de 200 anos após suas mortes no degredo, na África, três inconfidentes – José de Resende Costa, Domingos Vidal Barbosa e João Dias da Mota – ganharão lugar no Panteão do Museu da Inconfidência/Ibram, em Ouro Preto (MG), juntando-se aos outros 13 inconfidentes já sepultados no monumento.
O sepultamento será feito em 21 de abril, Dia de Tiradentes, às 9h30min, com a presença da presidenta Dilma Roussef, da ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e do presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/Ministério da Cultura), José do Nascimento Junior, além do governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, e do diretor do museu, Rui Mourão.
A identificação das ossadas exigiu anos de estudos e uma parceria entre história e ciência. Com o trabalho de especialistas em odontologia legal da Unicamp, o Museu da Inconfidência – que desde 1980 realizava pesquisas históricas sobre o caso – pôde comprovar que os ossos, repatriados da África para o Brasil nos anos 1930, são mesmo dos três inconfidentes.
Os estudos foram realizados por equipe da Unicamp chefiada pelo professor Eduardo Daruge, doutor em odontogia legal. “Através de todas as informações obtidas e por exames técnicos posso dizer que temos de 98% a 100% de certeza de que as ossadas são dos três inconfidentes”, afirmou Eduardo Daruge, em coletiva à imprensa realizada no auditório do Ibram, nesta sexta-feira (15/4).
Ao todo, 26 nomes estão associados à Inconfidência Mineira e têm seus nomes registrados no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto. Destes, 13 tiveram seus despojos identificados e estão sepultados no Panteão da Inconfidência. Com os despojos de José de Resende Costa, Domingos Vidal Barbosa e João Dias da Mota serão 16 inconfidentes identificados, os outros 10 têm paradeiro desconhecido. “Tudo o que pudermos acrescentar à história da Inconfidência Mineira é importante, até porque esses personagens (José de Resende Costa, Domingos Vidal Barbosa e João Dias da Mota) deram contribuição efetiva ao movimento”, explicou Rui Mourão.
Os inconfidentes identificados
José de Resende Costa, pai (1728-1798) – Era capitão do Regimento de Cavalaria Auxiliar da Vila de S. João e fazendeiro em Arraial da Laje, hoje chamado Resende Costa (MG). José de Resende Costa, pai, foi preso em 1789, junto com seu filho de mesmo nome, e condenado à morte com outros inconfidentes. No degredo, foi contador e distribuidor forense até 1798, quando morreu. Seu filho voltou ao Brasil em 1803.
João Dias da Mota (1744 – 1793) – Nasceu em Vila Rica. Foi capitão do Regimento da Cavalaria Auxiliar da Vila de S. João e fazendeiro. Era amigo de Tiradentes. Morreu em setembro de 1793, nove meses após chegar a Cacheu, de uma epidemia que assolou a região.
Domingos Vidal de Barbosa (1761-1793) – Nasceu em Capenduva, de família abastada. Estudou medicina em Bordeaux, na França. Participou de forma discreta na conspiração. Encontrou-se com Thomas Jefferson (então embaixador na França e depois presidente americano) na Europa, quando teria obtido apoio à causa dos inconfidentes.
Os 13 inconfidentes já sepultados no Panteão do Museu da Inconfidência:
Inácio José de Alvarenga Peixoto
Tomaz Antônio Gonzaga
João da Costa Rodrigues
Francisco Antônio de Oliveira Lopes
Salvador Carvalho do Amaral Gurgel
Vitoriano Gonçalves Veloso
Vicente Vieira da Mota
Antônio Oliveira Lopes
José Aires Gomes
Luiz Vaz de Toledo Pisa
Domingos de Abreu Vieira
Francisco de Paula Freire de Andrada
José Álvares Maciel
(Ibram/ MinC)
Fonte: www.bancodeprojetosmi.com.br
À sombra da praça Haymarket
Boca no Trombone
À sombra da praça Haymarket
Albert Persons, August Spies, Sam Fielden, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Schwab, Louis Lingg e Georg Engel. Não, não é uma lista de roqueiros. Tampouco de participantes de algum reality show, membros de uma banca de doutorado ou reservas de um time de rugby. São personagens do episódio sangrento que deu origem, em 1886, ao 1º de Maio, o Dia Internacional dos Trabalhadores.
No início da década de 1880, a jornada média de trabalho nos Estados Unidos era de 16 horas diárias. Os salários mal davam para a sobrevivência. O movimento operário, até então dividido e frágil, começa a se robustecer com as levas migratórias, sobretudo de irlandeses, alemães e escandinavos (a população norte-americana salta de 9,6 milhões em 1820 para 31,3 milhões em 1860). A mídia era implacável sobre os direitos dos trabalhadores. Eis o que opinou o Chicago Times, em abril de 1886: “O único jeito de curar os trabalhadores do orgulho é reduzi-los a máquinas humanas, e o melhor alimento que os grevistas podem ter é chumbo”.
Em 1881, nasce a Federação Americana do Trabalho (American Federation of Labor – AFL). Num congresso realizado em Chicago em novembro de 1884, as entidades sindicais congregadas na AFL unificam suas reivindicações em torno de uma palavra de ordem: “Oito horas de trabalho, oito horas de descanso, oito horas de educação”. O prazo para que os patrões atendessem a reivindicação seria 1º de maio de 1886.
Na data marcada, os Estados Unidos são sacudidos por grandes manifestações operárias e muitas fábricas são paralisadas. Em Chicago, a praça Haymarket concentra, pacificamente, comícios e passeatas. A mobilização continua por vários dias. No dia 3 de maio, a polícia abre fogo contra operários da fábrica McCormick Harvester, matando seis deles e ferindo dezenas. Centenas são presos. Em protesto, é convocado para o dia seguinte um ato na Haymarket.
Durante o ato, pacífico como os anteriores, a polícia reprime brutalmente os manifestantes. De repente, uma bomba é lançada contra os policiais (nunca se soube de onde ela veio). Foi a senha para uma violência ensandecida. Trabalhadores foram abatidos como moscas, presos aos milhares. Sedes de sindicatos são incendiadas e casas são invadidas a esmo por facínoras contratados pelos patrões. A imprensa exige a punição dos “terroristas vermelhos”. Sem qualquer prova, oito líderes sindicais (Persons, Spies, Fielden, Neeb, Fischer, Schwab, Lingg e Engel) são presos. Eram os “suspeitos de sempre”.
Numa farsa que envergonha até hoje o sistema judicial norte-americano, os juízes condenam os oito sindicalistas. A sentença para Parsons, Engel, Fischer, Lingg e Spies foi a morte por enforcamento. Com isso, o Estado assassina trabalhadores “inconvenientes”, na expectativa de desmobilizar a massa operária.
Em 1890, o 1º de Maio passa a ser o Dia Internacional dos Trabalhadores, dedicado a manifestações por melhores condições de trabalho e, em muitos casos, pela extinção das sociedades divididas entre exploradores e explorados. Nos últimos anos, esse caráter combativo, herança dos Mártires de Chicago, anda, não raro, substituído por festinhas patrocinadas por governos e empresários, piqueniques e confraternizações suspeitas com políticos oportunistas. Sindicatos chapa branca e centrais sindicais domesticadas chancelam a desidratação da história das lutas operárias. No Brasil e no mundo, felizmente, há honrosas e importantes exceções.
A participação de judeus nas grandes lutas dos trabalhadores é conhecida. Emma Goldman, Rosa Luxemburgo, Lev Bronstein, Emmanuel Ringelblum, Hersh Smolar, Salomão Malina, Jacob Gorender, Joe Slovo, Iara Iavelberg, Mário Schenberg, Nathan Weinstock, Vladimir Herzog, a lista nunca seria completa. Cada um deles, no trabalho intelectual ou na militância política, ajudou a engravidar o mundo com justiça e igualdade. É pensando neles que saudamos todos os trabalhadores neste 1º de Maio.
Diretoria da ASA – Associação Scholem Aleichem de Cultura e Recreação
Tour São Francisco
sexta-feira, 6 de maio de 2011
Acesse o link abaixo e veja que interessante!
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Resultado Censo 2010
sábado, 30 de abril de 2011
Brasileiro ficou mais velho e menos branco; população teve menor crescimento da série histórica
Fabiana Uchinaka
Do UOL Notícias
Em São Paulo
A população brasileira cresceu, ficou menos branca, um pouco mais masculina eenvelheceu. Nos últimos dez anos, houve um aumento vertiginoso do número de moradias, dos consumidores com energia elétrica e das casas com distribuição de água. Evoluímos, embora 730 mil pessoas ainda precisem de acesso a luz e 4 milhões de casas não tenham água tratada. Os dados fazem parte do Censo Demográfico 2010 e foram apresentados nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
População brasileira:
190,7 milhões
é o tamanho da população brasileira em 2010
600 mil
é o número de crianças sem certidão de nascimento
A educação também melhorou, mas não o que era esperado. O nível de analfabetismo do brasileiro passou de 12% em 2000 para 9,6% agora, mas opaís não conseguirá cumprir a meta de Dakar, estabelecida dez anos atrás no Fórum Mundial de Educação, que pretendia baixar para 6,5% o percentual de pessoas que não sabem ler ou escrever.
Um dado que chamou a atenção foi o de que menos da metade da população se declarar branca. É a primeira vez que isso acontece no Brasil. Ao todo, 91.051.646 habitantes se dizem brancos, enquanto outros 99.697.545 se declaram pretos, pardos, amarelos ou indígenas. Os brancos ainda são a maioria (47,33%) da população, mas a quantidade de pessoas que se declaram assim caiu em relação a 2000. Em números absolutos, foi também a única categoria que diminuiu de tamanho.
Já as mudanças na estrutura etária foram substantivas ao longo dos anos. Segundo o levantamento, de 1990 para cá, por conta da queda da mortalidade e dos níveis de fecundidade, houve um aumento constante no número de idosos e uma diminuição significativa da população com até 25 anos.
Até a década de 1940, predominavam os altos níveis de fecundidade e mortalidade. Dez anos depois, o Brasil viu sua população aumentar quase 35%, com um crescimento de cerca de 3% ao ano, maior aceleração já registrada. Na década de 1960, o nível de fecundidade começou a cair e, desde então, a população vem crescendo mais lentamente.
Na comparação com o censo passado, feito em 2000, a população brasileira cresceu 12,3%, uma média de 1,17% ao ano, a menor taxa da série histórica. Hoje, somos 190.755.799 brasileiros.
O crescimento, porém, não foi uniforme. No Amapá, a população quadruplicou nos últimos 30 anos, enquanto o Rio Grande do Sul, Estado que teve menor crescimento do país, vê sua população praticamente estagnar. Os menores municípios foram os que perderam mais moradores e os maiores foram os que mais ganharam --mais de 60% daqueles com menos de 2.000 habitantes em 2010 apresentaram taxa de crescimento negativa.
Nas zonas urbanas, o Brasil acumulou mais 23 milhões de habitantes, duas vezes a população da cidade de São Paulo, o que desperta temores de um saturamento das estruturas.
São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador continuam sendo os municípios mais populosos.Belo Horizonte, que era o quarto mais populoso em 2000, passou para o sexto lugar,Manaus pulou do nono lugar para sétimo, enquanto Brasília subiu do sexto para quarto posto no ranking. Porto Alegre foi o que teve menor crescimento.
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Amapá, Roraima, Acre, Amazonas e Pará, todos naregião Norte, foram os que tiveram maior expansão no número de habitantes. Surge um movimento migratório importante, de ocupação de um território historicamente esvaziado, a partir da expansão das indústrias madeireira, pecuária, de mineração e extrativa.
Não por acaso, Norte e Centro-Oeste foram as duas únicas regiões onde as populações rurais aumentaram. Em âmbito nacional, 2 milhões de pessoas deixaram o campo entre 2000 e 2010, mas na última década o êxodo rural caiu pela metade.
E, apesar de ainda ter a menor densidade populacional, o Norte possui a maior média de moradores por domicílio: em média, quatro pessoas por casa. Dos 57,3 milhões domicílios existentes no Brasil, apenas 6,9% ficam na região, contra 44% do Sudeste e 26% do Nordeste. Mesmo assim, houve um aumento de mais de 41% no número de habitações dos Estados do Norte entre 2000 e 2010.
A expansão das moradias é um fenômeno importante que foi revelado pelo último Censo. Houve um aumento de quase 28% nos domicílios na década, mais que o dobro do crescimento da população brasileira no mesmo período.
O Censo 2010 registrou 9% dos domicílios particulares vagos, sendo que as regiões Nordeste (10,8%) e Centro-Oeste (9,1%) apresentam os maiores percentuais.
COMPARE O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA 1872-2010
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