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ABNT flexibiliza regras de apresentação de trabalhos acadêmicos
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Caros,
A Associação Brasileira de Normas Técnicas finalmente permitiu a impressão frente e verso e o uso de papel reciclado. Quem quiser conferir, o link está abaixo:
Acho que é de interesse geral: http://www.abnt.org.br/m5.asp?cod_noticia=624&cod_pagina=965.
Documentário sobre crise de 1929
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Carta O Berro.........................................................repassem
Abaixo vão os links das 2 partes de um excelente documentário sobre os anos 20 e a crise de 1929 nos EUA. Eu assisti há três dias atrás na Rede Brasil, e gostei muito. Não é um documentário econômico, mas sim histórico, que ajuda a dar o contexto da crise econômica de 1929 nos EUA. É bem didático, mesmo para uma pessoa que não tenha referência alguma sobre o assunto. Recomendo ver.
Os links do documentário são:
http://www.youtube.com/watch?v=6hldit2b1do&feature=related 1ª parte, dura 25 minutos
http://www.youtube.com/watch?v=8LohT82uBPg&feature=related 2ª parte, dura 25 minutos
O título é Relembrando 1929.
RIO DE JANEIRO - CAIS DO VALONGO: PASSADO RESGATADO
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Cais do Valongo: Porto Maravilha resgata passado do Rio
Descobertos restos de cais onde escravos desembarcavam.
Por Nelza Oliveira para Infosurhoy.com—19/05/2011
RIO DE JANEIRO – Enterrado há mais de um século, parte do passado do Rio de Janeiro – e da história do Brasil – começa a emergir.
Graças às escavações para as obras de revitalização de áreas da cidade pelo projeto Porto Maravilha, foram descobertas estruturas soterradas do chamado Cais do Valongo.
Os vestígios do passado brasileiro foram encontrados ao longo da Avenida Barão de Tefé, onde ficava o cais. Foi por esse cais que milhares de homens, mulheres e crianças capturados na África para trabalhar como escravos chegaram ao Brasil de 1818 a 1830. O complexo tinha mercados, depósitos, uma área para quarentena, cemitério e diversos outros estabelecimentos ligados ao comércio de escravos.
A partir de 1843, começou a ser construído o Cais da Imperatriz sobre o Cais do Valongo. As obras tinham por objetivo recepcionar a futura imperatriz Teresa Cristina, que veio da Itália para se casar com Dom Pedro II, o então imperador do país.
Diversas reformas urbanas nos séculos seguintes também seguiram apagando os vestígios do envolvimento do Brasil com a escravidão, agora sendo redescobertos. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, pediu que o projeto Porto Maravilha fosse refeito para preservar os achados arqueológicos do cais, que devem virar um memorial.
Esses desenhos são prévia da modernização em execução no porto do Rio - o projeto "Porto Maravilha"
"Pretendo fazer uma praça como em Roma", disse Paes. "Estas são as nossas ruínas romanas. Além disso, construiremos um museu para colocar as peças e objetos encontrados nos dois antigos ancoradouros."
A equipe de 12 profissionais do Departamento de Antropologia do Museu Nacional que acompanha as obras sabia da existência do cais, mas tinha dúvidas se as estruturas haviam sido preservadas ou destruídas, diz a arqueóloga Tânia Andrade Lima, professora associada do dito departamento.
"Nosso principal interesse era encontrar o Valongo", contou Tânia. "Parece-nos bastante importante denunciar todas as situações de apagamento, de amnésia social, de esquecimento, que a dinâmica social imprime a determinados segmentos, principalmente o do [então] negro escravizado."
Entre os materiais encontrados e que estão sendo catalogados, estão partes de calçados, jogos de búzios para prática religiosa dos escravos e botões feitos com ossos pelos cativos. O que mais impressionou a arqueóloga foram as joias confeccionadas pelas escravas com piaçavas (espécie de fibra de palmeira). Os adornos eram usados nas cordas que as mantinham presas em um esforço para preservar sua feminilidade.
"[As joias] são de uma delicadeza que não parecem feitas de piaçavas", afirmou Tânia. "É comovente saber que, mesmo naquela situação degradante, elas buscavam formas de se enfeitar."
Passado do Rio emerge
Em 1996, durante obras de reforma em sua casa, na Rua Pedro Ernesto, Ana Maria Merced, 54 anos, se deparou com ossadas aparecendo entre o entulho retirado das escavações. Ana Maria reconheceu que eram ossadas humanas. Assustada, pensou que se tratava dos vestígios de uma chacina.
"Até que conversei com um senhor da associação de moradores da região que lembrou da história do cemitério", contou. "Procurei o Centro Cultural José Bonifácio, que fica aqui perto e é ligado à cultura afro-brasileira, e eles avisaram a prefeitura."
As ossadas sob a casa de Ana Maria eram restos mortais de escravos enterrados no Cemitério dos Pretos Novos.
No livro "À Flor da Terra: o cemitério dos pretos novos no Rio de Janeiro", o historiador Júlio César Medeiros da Silva Pereira conta que os escravos eram humilhados até depois da morte. Isso porque os enterros eram feitos em cova rasa, a um palmo de profundidade, com os corpos nus, envoltos e amarrados em esteiras, sem nenhum direito aos preceitos das culturas tradicionais africanas ou qualquer tipo de sacramento, explicou Pereira.
Os mortos eram jogados uns sobre os outros e queimados uma vez por semana, continuou Pereira. O Cemitério dos Pretos Novos funcionou de 1772 a 1830, dizem historiadores.
Para obter reconhecimento como nação independente de Portugal, em 1830 o Brasil firmou com a Inglaterra o compromisso de abolir o tráfico negreiro.
No registro de óbitos da Igreja de Santa Rita, entidade católica responsável pela administração do cemitério, constam 6.119 sepultamentos apenas nos últimos seis anos de existência do local, afirmou Pereira em seu livro.
A partir dos 5.563 fragmentos encontrados na casa de Ana Maria, a análise antropológica e biológica dos ossos permitiu identificar 28 corpos, com idades entre 3 e 25 anos e de ambos os sexos.
Rio terá passeio arqueológico
" Salve o navegante negro, que tem por monumento as pedras pisadas do cais"
Mas, em 1996, Ana Maria não obteve da então administração municipal qualquer incentivo para recuperar e preservar a história. Assim, ela resolveu preservar a história por conta própria.
Em 2005, sua família comprou dois imóveis do lado de sua casa e montou o Instituto dos Pretos Novos (IPN), atualmente um centro de referência sobre a cultura afro-brasileira. No ano passado, o IPN recebeu o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
O IPHAN também está patrocinando uma pesquisa para que o IPN possa delimitar a área original do cemitério. Todo o material encontrado na casa de Ana Maria está guardado no Instituto de Arqueologia Brasileiro (IAB).
Mas o IPN não será esquecido dessa vez, garantiu o arquiteto Washington Fajardo, subsecretário municipal de Patrimônio Cultural, responsável pelo novo projeto na área do Cais do Valongo e do Cais da Imperatriz.
"No plano está previsto uma atenção ao cemitério, por se tratar de outra ligação com a escravidão na área. Queremos fazer a integração dos dois locais como roteiro arqueológico", afirmou o subsecretário.
Vídeo relacionado: http://www.youtube.com/watch?v=czguVPF_FAA
Dois filmes para assistir online.
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Carta O Berro.........................................................repassem
Dois filmes para assistir online.
Camponeses do Araguaia: A Guerrilha vista por dentro Documentário Completo.
e
Cabra marcado para Morrer.
Coletânea A Ditadura de Segurança Nacional no Rio Grande do Sul.1964-História e Memória-1985
domingo, 22 de janeiro de 2012
Carta O Berro.........................................................repassem
Coletânea A Ditadura de Segurança Nacional no Rio Grande do Sul.1964-História e Memória-1985, publicada pela Assembléia Legislativa do RS.
Disponível em formato digital:
vol 1 - http://www.portalmemoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/media/VOLUME%201%20-%20GOLPE%20revista%20e%20ampliada.pdf
vol 2 - http://www.portalmemoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/media/volume%202%20-%20chumbo%202%C2%AA%20edi%C3%A7%C3%A3o.pdf
vol 3 - http://www.portalmemoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/media/VOLUME3_revista_e_ampliada.pdf
vol 4 - http://www.portalmemoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/media/volume4_abertura_revista_e_ampliada.pdf
‘Estado’ celebra 137 anos com acervo digitalizado
José Maria Mayrink, de O Estado de S.Paulo
Fundado em 4 de janeiro de 1875 com o nome de A Província de São Paulo, o jornal O Estado de S. Paulo, que passou a se chamar assim em 1890, após a proclamação da República, está digitalizando a sua história ao completar 137 anos de existência. A partir deste ano, o público terá acesso a todas as páginas do diário, mais de 2,4 milhões, pelo computador. O lançamento ocorrerá no primeiro semestre, em data a ser brevemente anunciada.
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,estado-celebra-137-anos-com-acervo-digitalizado,818217,0.htm
Fundado em 4 de janeiro de 1875 com o nome de A Província de São Paulo, o jornal O Estado de S. Paulo, que passou a se chamar assim em 1890, após a proclamação da República, está digitalizando a sua história ao completar 137 anos de existência. A partir deste ano, o público terá acesso a todas as páginas do diário, mais de 2,4 milhões, pelo computador. O lançamento ocorrerá no primeiro semestre, em data a ser brevemente anunciada.
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,estado-celebra-137-anos-com-acervo-digitalizado,818217,0.htm
A origem da Cidade de São Paulo
sábado, 14 de janeiro de 2012
Muito interessante. Vale a pena ver.
--
Site Documentos Revelados.
Vikings, os verdadeiros descobridores da América
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
|
Manual de boas práticas científicas da Fapesp
domingo, 18 de dezembro de 2011
http://www.fapesp.br/boaspraticas/codigo_050911.pdf
Pesquisa mapeia publicidade e cotidiano feminino dos anos 1920
Fonte AGÊNCIA USP Por Mariana Soares - nanacsoares@gmail.com
Publicado em 16/dezembro/2011 | |
Exemplo de anúncio analisado por Xenia em seu estudo: a mulher ideal
Se a publicidade paulista dos anos 1920 divulgava um ideal de mulher urbana materna, afetiva, zelosa pelo bem-estar alheio e da família, não era isso que mostravam as trabalhadoras pobres. É o que revela uma tese de doutorado defendida na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, que analisou o cotidiano vivido por essas mulheres e como se dava sua presença no espaço público. O estudo, de autoria da historiadora Xenia Miranda Salvetti, também analisou como essa mulheres se apercebiam da moda e da publicidade.
Ao abordar o cotidiano das mulheres pobres e seus movimentos pelo perímetro central e cercanias na cidade de São Paulo, a pesquisadora realizou uma operação cartográfica do comércio e das moradias das mulheres trabalhadoras pobres no centro. Em um primeiro momento, a historiadora pesquisou anúncios de estabelecimentos com endereços comerciais no centro da cidade, veiculados em periódicos de grande circulação na época, o que resultou em um mapa do comércio e de outros serviços daquela região.
Na pesquisa Imprensa e publicidade na São Paulo dos anos 20: quotidiano das mulheres pobres também foram analisados os atendimentos prestados a essas mulheres pelos postos de saúde pública, que, como descreve a pesquisadora, eram registrados na forma de Boletim de Ocorrência, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública. Foram analisados boletins dos anos 1920, 1925, 1929 e 1931. Como os boletins contêm dados de nome, endereço, idade, profissão, local e motivo do atendimento, Xênia pôde montar um banco de dados inédito com registros de 876 mulheres, localizando-as espacialmente. Nesse mapeamento, a historiadora observou que havia um grande número de mulheres nas cercanias da região central da cidade. E por terem que cruzar o centro para ir ao trabalho ou para casa, essas mulheres carregavam muitas informações, onde o que era veiculado na publicidade se inclui. O estudo espacial do comércio, serviços e das moradias das mulheres pobres, evidenciou a tensão gerada pela presença não desejadas destas mulheres pelo grupo dirigente.
Para o estudo, que foi orientado por Maria Odila Leite da Silva Dias, Xenia analisou a publicidade da revista Cigarra (feita para a elite e classe média), do jornal A Capital (mais popular) e Fanfulla (com notícias de moradores de regiões como Brás e Bom Retiro). A pesquisadora entende que “a publicidade propagava um discurso de um grupo dirigente sobre a cidade e sujeitos desejados”. A pesquisadora estudou ainda quem era o grupo que fazia a publicidade e as intenções por trás do uso da imagem feminina nos anúncios.
A historiadora destaca que as mulheres pobres da época viviam um cotidiano tenso, pois tinham expressiva presença nos espaços públicos onde não eram desejadas [o centro]. “São Paulo passou por um boom nas duas últimas décadas do século 19. O número de empresas, de investidores e de estabelecimentos comerciais cresceu, e as mulheres que moravam no centro foram para a periferia, pois a cidade passou por mudanças urbanísticas que arrastaram essas pessoas para áreas mais periféricas. Isso não significa, entretanto, que o centro foi esvaziado. Essa mulheres eram muito corajosas, pois mesmo com os esforços do Estado para tirá-las de lá, elas insistiam”, explica.
Publicidade relacionava comportamento social da mulher à sua biologia
Mulheres de papel versus mulheres de verdade
A propaganda da época amarrava as mulheres à biologia. Isto é, todos seus problemas tinham origem fisiológica, vinham do útero, havendo uma relação entre seu comportamento social e seu aparelho reprodutor. Elas deveriam ainda ser honestas, honradas e era sua responsabilidade a formação da nação (em associação com uma gestação). Segundo o pensamento da época, o resguardo de sua energia para as funções reprodutoras evitaria disfunções biológicas e psicológicas, bem como futuras alterações na evolução da espécie humana.
E se a mulher na sociedade deve se restringir às funções maternais e domésticas, os anúncios ainda ensinavam como: há registros de campanhas para instruí-las a cuidar da casa, da família e da saúde. Xenia acrescenta que há longos textos didáticos e que os trabalhos direcionados à elas se relacionavam às características culturalmente ligadas às mulheres. É o caso da indústria têxtil e de outros trabalhos manuais. “E é importante notar que mesmo que elas fossem maioria em um tipo de indústria, elas ainda ganhavam menos do que um homem exercendo a mesma função”, observa.
O estudo também observou que se estimulava um cuidado com anatomia estética, com grande número de anúncios de produtos de beleza, como cremes modeladores para o corpo. “A anatomia era o testemunho da honra, por isso a necessidade do cuidado com ela”, diz a historiadora. Mas as mulheres pobres não tinham acesso a esses produtos, e por isso não tinham o corpo padrão para a época. Nas palavras da pesquisadora, era uma “anatomia da exclusão”.
Xenia procura atentar para o fato de que a imagem feminina foi construída, ao longo do período estudado, por mãos masculinas, e destaca a dificuldade da historiografia das mulheres pobres. “Muitas não liam ou escreviam, o que sabemos são registros de outros ou memórias, por exemplo”.
Intelectuais e artistas na publicidade
Para a pesquisadora, a imagem feminina participava de uma ideologia biopolítica de construção da nação. “Para compreendê-la, é necessário conhecer as preocupações que cercaram a geração de intelectuais que atravessou as duas primeiras décadas do século 20 e os princípios cientificistas que influenciavam os grupos dirigentes”, diz ela.
A pesquisa aponta que, no período estudado, aqueles que faziam propaganda eram, em sua maioria, intelectuais escritores, poetas, literatos e artistas envolvidos na construção da imagem nacional. Entre eles, Olavo Bilac, Menotti Del Picchia e Monteiro Lobato. Estes intelectuais viam na alfabetização o meio para o país se desenvolver, mostravam descontentamento com a república e criavam grupos dirigentes autônomos e ligas para discutir política. Eles, influenciados pela corrente positivista, depositavam sobre a mulher a responsabilidade de fazer uma nação crescer.
Pioneirismo
Ao mapear o comércio e seus serviços no centro da cidade e a presença de mulheres pobres trabalhadoras principalmente nas cercanias do centro, o estudo de Xenia Salvetti se constitui ainda em um trabalho cartográfico que permite estudar o cotidiano dessas mulheres frente à imagem da mulher nacional e dos sujeitos desejados no perímetro central. Nas palavras da pesquisadora, “essas mulheres eram valentes ao viver o enfrentamento corpo-a-corpo, travado cotidianamente nas esferas dos trabalhos exaustivos e mal remunerados, nos espaços públicos destinados às mulheres da boa sociedade”.
Mais informações: xsalvetti@gmail.com
Publicado em 16/dezembro/2011 | |
Exemplo de anúncio analisado por Xenia em seu estudo: a mulher ideal
Se a publicidade paulista dos anos 1920 divulgava um ideal de mulher urbana materna, afetiva, zelosa pelo bem-estar alheio e da família, não era isso que mostravam as trabalhadoras pobres. É o que revela uma tese de doutorado defendida na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, que analisou o cotidiano vivido por essas mulheres e como se dava sua presença no espaço público. O estudo, de autoria da historiadora Xenia Miranda Salvetti, também analisou como essa mulheres se apercebiam da moda e da publicidade.
Ao abordar o cotidiano das mulheres pobres e seus movimentos pelo perímetro central e cercanias na cidade de São Paulo, a pesquisadora realizou uma operação cartográfica do comércio e das moradias das mulheres trabalhadoras pobres no centro. Em um primeiro momento, a historiadora pesquisou anúncios de estabelecimentos com endereços comerciais no centro da cidade, veiculados em periódicos de grande circulação na época, o que resultou em um mapa do comércio e de outros serviços daquela região.
Na pesquisa Imprensa e publicidade na São Paulo dos anos 20: quotidiano das mulheres pobres também foram analisados os atendimentos prestados a essas mulheres pelos postos de saúde pública, que, como descreve a pesquisadora, eram registrados na forma de Boletim de Ocorrência, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública. Foram analisados boletins dos anos 1920, 1925, 1929 e 1931. Como os boletins contêm dados de nome, endereço, idade, profissão, local e motivo do atendimento, Xênia pôde montar um banco de dados inédito com registros de 876 mulheres, localizando-as espacialmente. Nesse mapeamento, a historiadora observou que havia um grande número de mulheres nas cercanias da região central da cidade. E por terem que cruzar o centro para ir ao trabalho ou para casa, essas mulheres carregavam muitas informações, onde o que era veiculado na publicidade se inclui. O estudo espacial do comércio, serviços e das moradias das mulheres pobres, evidenciou a tensão gerada pela presença não desejadas destas mulheres pelo grupo dirigente.
Para o estudo, que foi orientado por Maria Odila Leite da Silva Dias, Xenia analisou a publicidade da revista Cigarra (feita para a elite e classe média), do jornal A Capital (mais popular) e Fanfulla (com notícias de moradores de regiões como Brás e Bom Retiro). A pesquisadora entende que “a publicidade propagava um discurso de um grupo dirigente sobre a cidade e sujeitos desejados”. A pesquisadora estudou ainda quem era o grupo que fazia a publicidade e as intenções por trás do uso da imagem feminina nos anúncios.
A historiadora destaca que as mulheres pobres da época viviam um cotidiano tenso, pois tinham expressiva presença nos espaços públicos onde não eram desejadas [o centro]. “São Paulo passou por um boom nas duas últimas décadas do século 19. O número de empresas, de investidores e de estabelecimentos comerciais cresceu, e as mulheres que moravam no centro foram para a periferia, pois a cidade passou por mudanças urbanísticas que arrastaram essas pessoas para áreas mais periféricas. Isso não significa, entretanto, que o centro foi esvaziado. Essa mulheres eram muito corajosas, pois mesmo com os esforços do Estado para tirá-las de lá, elas insistiam”, explica.
Publicidade relacionava comportamento social da mulher à sua biologia
Mulheres de papel versus mulheres de verdade
A propaganda da época amarrava as mulheres à biologia. Isto é, todos seus problemas tinham origem fisiológica, vinham do útero, havendo uma relação entre seu comportamento social e seu aparelho reprodutor. Elas deveriam ainda ser honestas, honradas e era sua responsabilidade a formação da nação (em associação com uma gestação). Segundo o pensamento da época, o resguardo de sua energia para as funções reprodutoras evitaria disfunções biológicas e psicológicas, bem como futuras alterações na evolução da espécie humana.
E se a mulher na sociedade deve se restringir às funções maternais e domésticas, os anúncios ainda ensinavam como: há registros de campanhas para instruí-las a cuidar da casa, da família e da saúde. Xenia acrescenta que há longos textos didáticos e que os trabalhos direcionados à elas se relacionavam às características culturalmente ligadas às mulheres. É o caso da indústria têxtil e de outros trabalhos manuais. “E é importante notar que mesmo que elas fossem maioria em um tipo de indústria, elas ainda ganhavam menos do que um homem exercendo a mesma função”, observa.
O estudo também observou que se estimulava um cuidado com anatomia estética, com grande número de anúncios de produtos de beleza, como cremes modeladores para o corpo. “A anatomia era o testemunho da honra, por isso a necessidade do cuidado com ela”, diz a historiadora. Mas as mulheres pobres não tinham acesso a esses produtos, e por isso não tinham o corpo padrão para a época. Nas palavras da pesquisadora, era uma “anatomia da exclusão”.
Xenia procura atentar para o fato de que a imagem feminina foi construída, ao longo do período estudado, por mãos masculinas, e destaca a dificuldade da historiografia das mulheres pobres. “Muitas não liam ou escreviam, o que sabemos são registros de outros ou memórias, por exemplo”.
Intelectuais e artistas na publicidade
Para a pesquisadora, a imagem feminina participava de uma ideologia biopolítica de construção da nação. “Para compreendê-la, é necessário conhecer as preocupações que cercaram a geração de intelectuais que atravessou as duas primeiras décadas do século 20 e os princípios cientificistas que influenciavam os grupos dirigentes”, diz ela.
A pesquisa aponta que, no período estudado, aqueles que faziam propaganda eram, em sua maioria, intelectuais escritores, poetas, literatos e artistas envolvidos na construção da imagem nacional. Entre eles, Olavo Bilac, Menotti Del Picchia e Monteiro Lobato. Estes intelectuais viam na alfabetização o meio para o país se desenvolver, mostravam descontentamento com a república e criavam grupos dirigentes autônomos e ligas para discutir política. Eles, influenciados pela corrente positivista, depositavam sobre a mulher a responsabilidade de fazer uma nação crescer.
Pioneirismo
Ao mapear o comércio e seus serviços no centro da cidade e a presença de mulheres pobres trabalhadoras principalmente nas cercanias do centro, o estudo de Xenia Salvetti se constitui ainda em um trabalho cartográfico que permite estudar o cotidiano dessas mulheres frente à imagem da mulher nacional e dos sujeitos desejados no perímetro central. Nas palavras da pesquisadora, “essas mulheres eram valentes ao viver o enfrentamento corpo-a-corpo, travado cotidianamente nas esferas dos trabalhos exaustivos e mal remunerados, nos espaços públicos destinados às mulheres da boa sociedade”.
Mais informações: xsalvetti@gmail.com
História, Cinema e música
A revista Tempos Históricos, da UNIOESTE, está online, com o dossiê História, Cinema e Música.
http://e-revista.unioeste.br/index.php/temposhistoricos/issue/current
Abraço a todos
Geni Rosa Duarte
http://e-revista.unioeste.br/index.php/temposhistoricos/issue/current
Abraço a todos
Geni Rosa Duarte
Cantinflas - 100 anos
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Cantinflas chega às telas do cinema mexicano em 1936 no longa-metragem No te engañes corazón, dirigido por Miguel Contreras Torres, depois de um curta, “Cantinflas” Boxeador, dirigido por Fernando A. Rivero, nesse mesmo ano. Sua marca registrada era a maneira absolutamente desregrada ao falar que, aliada ao seu gestual característico, ao seu bigodinho ralo e falho e ao seu figurino - calças caídas amarradas por uma corda na cintura e um trapo nos ombros - fazia um enorme sucesso junto a um determinado público. Mario Moreno criou esse personagem para o teatro de variedades e para espetáculos circenses. Seu público era o da periferia da Cidade do México. Esses espetáculos, conhecidos como “teatro de carpa”, foram muito populares nas primeiras décadas do século XX, nos arrabaldes da cidade, e apresentavam uma encenação com base na improvisação e no contato direto com o público que, muitas vezes, ao desaprovar determinado número, atirava objetos nos artistas. Essa foi a escola de Cantinflas durante muitos anos, onde ele aprendeu a se comunicar com a plateia, de forma direta e imediata. Cantinflas é um personagem burlesco e irreverente que, através de um falar grosseiro e popularesco, dribla, com malícia e engenhosidade, as adversidades de um cotidiano difícil na periferia de uma grande cidade latino-americana. Ele é, seguramente, um produto do cinema falado. Seu maior recurso se concentra numa verborragia frenética baseada num jogo de palavras que roçam o nonsense. A “cantinflada”, termo que define esse palavrório acelerado do personagem, constitui-se num fenômeno frequente nos filmes de Cantinflas. Aquilo que, numa primeira mirada, mostra-se sem sentido e vazio, pode conter um significado bastante contundente se analisado a partir das condições em que essa fala foi elaborada. É importante pensarmos que Cantinflas criou sua verborragia numa época em que discursos demagógicos travestiam os espetáculos populares, tentando dar conta da ressignificação de um novo projeto de identidade nacional no México. Nesse contexto de oratória desenfreada, onde políticos e intelectuais promoviam um debate sem fim, o texto aparentemente desconexo de Cantinflas denunciava o vazio dos discursos oficiais. A resposta cantinflesca representava a fala daqueles que não se sentiam, de fato, inseridos naquele contexto de nação. A “cantinflada” açoitava a linguagem culta, trazendo a público um falar das ruas maculado de incertezas gramaticais. Cantinflas ia do nada pra lugar nenhum, rindo de si mesmo, confundindo seu interlocutor num jogo nauseante de palavras que percorriam tresloucadas um labirinto de oralidade. Essa foi sua marca em mais de cinquenta filmes durante quase meio século de permanência nas telas de cinema. Cantinflas conquistou não só o México mas toda a América Latina e chegou ao cinema dos Estados Unidos em 1956 no filme A volta ao mundo em 80 dias, dirigido por Michael Anderson, Kevin McClory e Sidney Smith. Porém, seu público era, definitivamente, o latino-americano, que reconhecia nessa espécie de malandro mexicano as marcas do subdesenvolvimento, da transgressão bem-humorada e dos rituais de sobrevivência necessários para driblar as dificuldades do dia a dia numa grande cidade deste subcontinente. Mario Moreno, o intérprete de Cantinflas, completaria 100 anos em 2011. Essa é uma grande oportunidade para revermos seus filmes e relembrarmos Cantinflas como um grande personagem da comédia cinematográfica latino-americana.
Fonte: O Cineclube Sala Escura é uma atividade de extensão da Plataforma de Reflexão sobre o Audiovisual Latino-Americano (PRALA), vinculada ao Laboratório de Investigação Audiovisual (LIA) da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Fonte: O Cineclube Sala Escura é uma atividade de extensão da Plataforma de Reflexão sobre o Audiovisual Latino-Americano (PRALA), vinculada ao Laboratório de Investigação Audiovisual (LIA) da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Orientação: Bibliografia Guerra do Paraguai
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Fonte: Alberto Moby
AMARAL, Raúl. Escritos paraguayos: primera parte: introducción a la cultura
nacional. Asunción: Mediterráneo, 1984.
AQUINO, Ricardo Caballero. La segunda república paraguaya. Asunción: Arte
Nuevo, 1985.
ARDISSONE, Carlos José. Reflexiones sobre el Paraguay. Asunción:
Intercontinental, 1994.
ASI, Fernando. “Contribución al estudio de la evolución socio-económica del
Paraguay”. Revista Paraguaya de Sociología. Asunción: Centro de Estudios
Sociológicos, v. 19, n. 53, 1992, p. 33-64.
BÁEZ, Cecilio. El Paraguay moderno. Asunción: Talleres Nacionales de H.
Krauss, 1915.
BARRETT, Rafael. Obras completas I: El dolor paraguayo: mirando vivir.
Asunción: RP/Instituto de Cooperación Iberoamericana, 1988.
BENÍTEZ, Justo Pastor. El solar guaraní: panorama de la cultura paraguaya en
el siglo XX. 2. ed. Asunción/Buenos Aires: Nizza, 1959.
BENÍTEZ, Luis G. Historia de la educación paraguaya. Asunción: Comuneros,
1981.
BETHELL, Leslie (org.). Historia de América Latina. V. 8: América Latina:
cultura y sociedad, 1830-1930. Barcelona: Crí¬ti¬ca, 1991.
BRAY, Arturo (Cnel.). Armas y letras (memorias). Asunción: NAPA, 1981.
[Colección Libro Paraguayo del mes, año 1, n. 8]
BRAY, Arturo (Cnel.). Hombres y épocas del Paraguay. 4. ed. Asunción: El
Lector, 1983. 2 v.
CARDOZO, Efraim. Apuntes de historia cultural del Paraguay. 3. ed. Asunción:
Universidad Católica “Nuestra Señora de la Asunción”, s.d. [Colección
Biblioteca de Estudios Paraguayos, 11; 1ª. ed.: 1963]
CARDOZO, Efraim. Breve historia del Paraguay. Asunción: El Lector, 1996.
CARDOZO, Ramón Indalecio. Mi vida de ciudadano y maestro. Asunción: El
Lector, 1991.
CENTURIÓN, Carlos Rodríguez. Historia de la cultura paraguaya. Asunción:
Biblioteca “Ortiz Guerrero”, 1961. 2. v.
CENTURIÓN, Juan Crisostomo. Memórias: reminiscencias históricas sobre la
Guerra del Paraguay. Asunción: El Lector, 1987, 4 v.
CHIAVENATTO, Julio José. A guerra contra o Paraguai. São Paulo: Brasiliense,
1990. [Coleção Tudo é história, 131]
CHIAVENATTO, Julio José. Genocídio americano: a Guerra do Paraguai. São
Paulo: Brasiliense, 1979.
COSTA, Wilma Peres. A espada de Dâmocles: o exército, a Guerra do Paraguai e
a crise do Império. São Paulo: Hucitec/Editora da Unicamp, 1996.
CUARTEROLO, Miguel Angel. Soldados de la memoria: imágenes y hombres de la
Guerra del Paraguay. Buenos Aires: Planeta, 2000.
DECOUD, Arsenio López. Álbum gráfico de la República del Paraguay 1811-1911.
Buenos Aires: Talleres Gráficos de la Compañía General de Fósforos, 1911.
DECOUD, Héctor Francisco. Los emigrados paraguayaos en la Guerra de la
Triple Alianza. Buenos Aires: Talleres Gráficos. 1930.
DORATIOTO, Francisco Fernando Monteoliva. “A ocupação político-militar
brasileira do Paraguai (1869-1876)”. In: CASTRO, Celso; IZECKSOHN, Vitor &
KRAAY, Hendrik. Nova história militar brasileira. Rio de Janeiro: Ed. FGV,
2004.
DORATIOTO, Francisco Fernando Monteoliva. A Guerra do Paraguai. São Paulo:
Brasiliense, 1991. [Coleção Tudo é história, 138]
DORATIOTO, Francisco Fernando Monteoliva. Guerra e regeneração: três estudos
sobre o Paraguai. In: Diálogos, DHI/PPH/UEM, v. 9, n. 2, 2005, p. 79-87.
DORATIOTO, Francisco Fernando Monteoliva. Maldita guerra: nova história da
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sept.-dic. 1998, p.147-159.
http://ufftube.uff.br/user/Labhoi
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Amigos,
Com satisfação, divulgo a abertura do CANAL LABHOI, no UFFTube. Os três filmes historiográficos desenvolvidos a partir dos arquivos audiovisuais Memórias do Cativeiro e Petrobras Cultural Memória e Múscica Negra (www.historia.uff.br/labhoi/acervo) podem ser acessados na íntegra. Confiram e divulguem os links:
CANAL LABHOI
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MEMORIAS DO CATIVEIRO
http://ufftube.uff.br/video/M2GWDYGDBYU7/Mem%C3%B3rias-do-Cativeiro
JONGOS, CALANGOS E FOLIAS
http://ufftube.uff.br/video/9RBAHO8O6474/Jongos-Calangos-e-Folias-M%C3%BAsica-Negra-Mem%C3%B3ria-e-Poesia
VERSOS E CACETES
http://ufftube.uff.br/video/G2SY2DSB1KSS/Versos-e-Cacetes-O-jogo-do-pau-na-cultura-afro-fluminense
As versões com legendas em inglês estarão disponíveis em breve.
Abraço, Hebe.
--
Hebe Mattos
Professora Titular
Laboratório de História Oral e Imagem
Departamento de História
Universidade Federal Fluminense
LABHOI/UFF www.historia.uff.br/labhoi
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Hebe Mattos
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À sombra da praça Haymarket
sábado, 7 de maio de 2011
Boca no Trombone
À sombra da praça Haymarket
Albert Persons, August Spies, Sam Fielden, Oscar Neeb, Adolph Fischer, Michel Schwab, Louis Lingg e Georg Engel. Não, não é uma lista de roqueiros. Tampouco de participantes de algum reality show, membros de uma banca de doutorado ou reservas de um time de rugby. São personagens do episódio sangrento que deu origem, em 1886, ao 1º de Maio, o Dia Internacional dos Trabalhadores.
No início da década de 1880, a jornada média de trabalho nos Estados Unidos era de 16 horas diárias. Os salários mal davam para a sobrevivência. O movimento operário, até então dividido e frágil, começa a se robustecer com as levas migratórias, sobretudo de irlandeses, alemães e escandinavos (a população norte-americana salta de 9,6 milhões em 1820 para 31,3 milhões em 1860). A mídia era implacável sobre os direitos dos trabalhadores. Eis o que opinou o Chicago Times, em abril de 1886: “O único jeito de curar os trabalhadores do orgulho é reduzi-los a máquinas humanas, e o melhor alimento que os grevistas podem ter é chumbo”.
Em 1881, nasce a Federação Americana do Trabalho (American Federation of Labor – AFL). Num congresso realizado em Chicago em novembro de 1884, as entidades sindicais congregadas na AFL unificam suas reivindicações em torno de uma palavra de ordem: “Oito horas de trabalho, oito horas de descanso, oito horas de educação”. O prazo para que os patrões atendessem a reivindicação seria 1º de maio de 1886.
Na data marcada, os Estados Unidos são sacudidos por grandes manifestações operárias e muitas fábricas são paralisadas. Em Chicago, a praça Haymarket concentra, pacificamente, comícios e passeatas. A mobilização continua por vários dias. No dia 3 de maio, a polícia abre fogo contra operários da fábrica McCormick Harvester, matando seis deles e ferindo dezenas. Centenas são presos. Em protesto, é convocado para o dia seguinte um ato na Haymarket.
Durante o ato, pacífico como os anteriores, a polícia reprime brutalmente os manifestantes. De repente, uma bomba é lançada contra os policiais (nunca se soube de onde ela veio). Foi a senha para uma violência ensandecida. Trabalhadores foram abatidos como moscas, presos aos milhares. Sedes de sindicatos são incendiadas e casas são invadidas a esmo por facínoras contratados pelos patrões. A imprensa exige a punição dos “terroristas vermelhos”. Sem qualquer prova, oito líderes sindicais (Persons, Spies, Fielden, Neeb, Fischer, Schwab, Lingg e Engel) são presos. Eram os “suspeitos de sempre”.
Numa farsa que envergonha até hoje o sistema judicial norte-americano, os juízes condenam os oito sindicalistas. A sentença para Parsons, Engel, Fischer, Lingg e Spies foi a morte por enforcamento. Com isso, o Estado assassina trabalhadores “inconvenientes”, na expectativa de desmobilizar a massa operária.
Em 1890, o 1º de Maio passa a ser o Dia Internacional dos Trabalhadores, dedicado a manifestações por melhores condições de trabalho e, em muitos casos, pela extinção das sociedades divididas entre exploradores e explorados. Nos últimos anos, esse caráter combativo, herança dos Mártires de Chicago, anda, não raro, substituído por festinhas patrocinadas por governos e empresários, piqueniques e confraternizações suspeitas com políticos oportunistas. Sindicatos chapa branca e centrais sindicais domesticadas chancelam a desidratação da história das lutas operárias. No Brasil e no mundo, felizmente, há honrosas e importantes exceções.
A participação de judeus nas grandes lutas dos trabalhadores é conhecida. Emma Goldman, Rosa Luxemburgo, Lev Bronstein, Emmanuel Ringelblum, Hersh Smolar, Salomão Malina, Jacob Gorender, Joe Slovo, Iara Iavelberg, Mário Schenberg, Nathan Weinstock, Vladimir Herzog, a lista nunca seria completa. Cada um deles, no trabalho intelectual ou na militância política, ajudou a engravidar o mundo com justiça e igualdade. É pensando neles que saudamos todos os trabalhadores neste 1º de Maio.
Diretoria da ASA – Associação Scholem Aleichem de Cultura e Recreação
Portal Guarani
sexta-feira, 4 de março de 2011
Encaminho link do "Portal Guarani", site sobre cultura paraguaia. Há informações sobre os principais arquivos, bibliotecas e museus do país:
Destaco, particularmente, o link da "Biblioteca Virtual del Paraguay":
Grato,
Prof. Paulo Renato da Silva
Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) - Foz do Iguaçu.Biblioteca Digital Mundial da UNESCO
NOTÍCIA DO LANÇAMENTO NA INTERNET DA WDL, A BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL DA UNESCO.
Já está disponível na Internet, através do site www.wdl.org
Reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos e explica em sete idiomas as jóias e relíquias culturais de todas as bibliotecas do planeta.
Tem, sobretudo, caráter patrimonial" , antecipou em LA NACION Abdelaziz Abid, coordenador do projecto impulsionado pela UNESCO e outras 32 instituições. A BDM não oferecerá documentos correntes, a não ser "com valor de patrimônio, que permitirão apreciar e conhecer melhor as culturas do mundo em idiomas diferentes:árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português. Mas há documentos em linha em mais de 50 idiomas".
Entre os documentos mais antigos há alguns códices precolombianos, graças à contribuição do México, e os primeiros mapas da América, desenhados por Diego Gutiérrez para o rei de Espanha em 1562", explicou Abid.
Os tesouros incluem o Hyakumanto darani , um documento em japonês publicado no ano 764 e considerado o primeiro texto impresso da história; um relato dos azetecas que constitui a primeira menção do Menino Jesus no Novo Mundo; trabalhos de cientistas árabes desvelando o mistério da álgebra; ossos utilizados como oráculos e esteiras chinesas; a Bíblia de Gutenberg; antigas fotos latino-americanas da Biblioteca Nacional do Brasil e a célebre Bíblia do Diabo, do século XIII, da Biblioteca Nacional da Suécia.
Fácil de navegar:
Cada jóia da cultura universal aparece acompanhada de uma breve explicação do seu conteúdo e seu significado. Os documentos foram passados por scanners e incorporados no seu idioma original, mas as explicações aparecem em sete línguas, entre elas O PORTUGUÊS. A biblioteca começa com 1200 documentos, mas foi pensada para receber um número ilimitado de textos, gravados, mapas, fotografias e ilustrações.
Como se acede ao sítio global?
Embora seja apresentado oficialmente na sede da UNESCO, em Paris, a Biblioteca Digital Mundial já está disponível na Internet, através do sítio:
www.wdl.org
O acesso é gratuito e os usuários podem ingressar directamente pela Web , sem necessidade de se registrarem.
Permite ao internauta orientar a sua busca por épocas, zonas geográficas, tipo de documento e instituição. O sistema propõe as explicações em sete idiomas (árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português), embora os originas existam na sua língua original.
Desse modo, é possível, por exemplo, estudar em detalhe o Evangelho de São Mateus traduzido em aleutiano pelo missionário russo Ioann Veniamiov, em 1840. Com um simples clique, podem-se passar as páginas um livro, aproximar ou afastar os textos e movê-los em todos os sentidos. A excelente definição das imagens permite uma leitura cômoda e minuciosa.
Entre as jóias que contem no momento a BDM está a Declaração de Independência dos Estados Unidos, assim como as Constituições de numerosos países; um texto japonês do século XVI considerado a primeira impressão da história; o jornal de um estudioso veneziano que acompanhou Fernão de Magalhães na sua viagem ao redor do mundo; o original das "Fábulas" de La Fontaine, o primeiro livro publicado nas Filipinas em espanhol e tagalog, a Bíblia de Gutemberg, e umas pinturas rupestres africanas que datam de 8.000 A.C.
Duas regiões do mundo estão particularmente bem representadas:
América Latina e Médio Oriente. Isso deve-se à activa participação da Biblioteca Nacional do Brasil, à biblioteca de Alexandria no Egipto e à Universidade Rei Abdulá da Arábia Saudita.
A estrutura da BDM foi decalcada do projecto de digitalização da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, que começou em 1991 e atualmente contém 11 milhões de documentos em linha.
Os seus responsáveis afirmam que a BDM está sobretudo destinada a investigadores, professores e alunos. Mas a importância que reveste esse sítio vai muito além da incitação ao estudo das novas gerações que vivem num mundo audio-visual.
Já está disponível na Internet, através do site www.wdl.org
Reúne mapas, textos, fotos, gravações e filmes de todos os tempos e explica em sete idiomas as jóias e relíquias culturais de todas as bibliotecas do planeta.
Tem, sobretudo, caráter patrimonial" , antecipou em LA NACION Abdelaziz Abid, coordenador do projecto impulsionado pela UNESCO e outras 32 instituições. A BDM não oferecerá documentos correntes, a não ser "com valor de patrimônio, que permitirão apreciar e conhecer melhor as culturas do mundo em idiomas diferentes:árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português. Mas há documentos em linha em mais de 50 idiomas".
Entre os documentos mais antigos há alguns códices precolombianos, graças à contribuição do México, e os primeiros mapas da América, desenhados por Diego Gutiérrez para o rei de Espanha em 1562", explicou Abid.
Os tesouros incluem o Hyakumanto darani , um documento em japonês publicado no ano 764 e considerado o primeiro texto impresso da história; um relato dos azetecas que constitui a primeira menção do Menino Jesus no Novo Mundo; trabalhos de cientistas árabes desvelando o mistério da álgebra; ossos utilizados como oráculos e esteiras chinesas; a Bíblia de Gutenberg; antigas fotos latino-americanas da Biblioteca Nacional do Brasil e a célebre Bíblia do Diabo, do século XIII, da Biblioteca Nacional da Suécia.
Fácil de navegar:
Cada jóia da cultura universal aparece acompanhada de uma breve explicação do seu conteúdo e seu significado. Os documentos foram passados por scanners e incorporados no seu idioma original, mas as explicações aparecem em sete línguas, entre elas O PORTUGUÊS. A biblioteca começa com 1200 documentos, mas foi pensada para receber um número ilimitado de textos, gravados, mapas, fotografias e ilustrações.
Como se acede ao sítio global?
Embora seja apresentado oficialmente na sede da UNESCO, em Paris, a Biblioteca Digital Mundial já está disponível na Internet, através do sítio:
www.wdl.org
O acesso é gratuito e os usuários podem ingressar directamente pela Web , sem necessidade de se registrarem.
Permite ao internauta orientar a sua busca por épocas, zonas geográficas, tipo de documento e instituição. O sistema propõe as explicações em sete idiomas (árabe, chinês, inglês, francês, russo, espanhol e português), embora os originas existam na sua língua original.
Desse modo, é possível, por exemplo, estudar em detalhe o Evangelho de São Mateus traduzido em aleutiano pelo missionário russo Ioann Veniamiov, em 1840. Com um simples clique, podem-se passar as páginas um livro, aproximar ou afastar os textos e movê-los em todos os sentidos. A excelente definição das imagens permite uma leitura cômoda e minuciosa.
Entre as jóias que contem no momento a BDM está a Declaração de Independência dos Estados Unidos, assim como as Constituições de numerosos países; um texto japonês do século XVI considerado a primeira impressão da história; o jornal de um estudioso veneziano que acompanhou Fernão de Magalhães na sua viagem ao redor do mundo; o original das "Fábulas" de La Fontaine, o primeiro livro publicado nas Filipinas em espanhol e tagalog, a Bíblia de Gutemberg, e umas pinturas rupestres africanas que datam de 8.000 A.C.
Duas regiões do mundo estão particularmente bem representadas:
América Latina e Médio Oriente. Isso deve-se à activa participação da Biblioteca Nacional do Brasil, à biblioteca de Alexandria no Egipto e à Universidade Rei Abdulá da Arábia Saudita.
A estrutura da BDM foi decalcada do projecto de digitalização da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, que começou em 1991 e atualmente contém 11 milhões de documentos em linha.
Os seus responsáveis afirmam que a BDM está sobretudo destinada a investigadores, professores e alunos. Mas a importância que reveste esse sítio vai muito além da incitação ao estudo das novas gerações que vivem num mundo audio-visual.
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