Viriato Corrêa inovou modo de ensinar História para crianças
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Viriato Corrêa inovou modo de ensinar História para crianças
O escritor maranhense Viriato Corrêa (1884-1967) inovou ao ensinar História do Brasil de maneira lúdica, utilizando imagens e ilustrações para prender a atenção das crianças. Na Faculdade de Educação (FE) da USP, uma pesquisa analisou como as obras do escritor serviram como referencial e mudaram o modo de ensinar História para crianças entre 6 e 12 anos, a partir de 1930.
Uma desses livros é História do Brasil Para Crianças, publicado em 1934 pela Companhia Editora Nacional (CEN) e que permaneceu 50 anos no mercado: sua última edição (28ª) foi em 1984. “Quando foi lançado, já existiam obras didáticas de História para o público infantil, mas que tinham como principal característica dar importância a datas, nomes e personagens históricos: eram os tradicionais questionários de perguntas e respostas”, conta historiador Ricardo Oriá, autor da tese de doutorado O Brasil contado às crianças: Viriato Corrêa e a literatura escolar para o ensino de História (1934-1961), apresentada em 2009 na FE, sob orientação da professora Circe Bittencourt. O trabalho será lançado como livro pela AnnaBlume Editora no próximo mês de abril, em data que ainda será definida.
Segundo o pesquisador, “Viriato Corrêa inovou a maneira de ensinar História ao escrever livros escolares que se preocupavam em contar os fatos históricos de uma maneira lúdica e atraente, utilizando principalmente uma rica iconografia, sem se preocupar muito com datas e nomes”. Oriá comenta que, em alguns livros, o escritor faz advertências ao professor, como ‘criança somente se interessa por aquilo que é vistoso’. “Ele ajudou a vulgarizar a história, no sentido de torná-la popular. Considerava que o ensino dessa disciplina tinha de ser agradável e entendido por todos. O historiador deveria ser, antes de tudo, um contador de histórias.”
ABL
Além de escrever livros para crianças, Viriato Corrêa foi jornalista, dramaturgo, romancista e político, tendo sido o primeiro autor brasileiro de livros infantis a tomar posse na Academia Brasileira de Letras, em 1938.
Ricardo Oriá explica que, em sua pesquisa, considerou como livro escolar (ou didático) a obra que, embora não tenha sido escrita especificamente para este fim, acaba sendo utilizada em sala de aula. O pesquisador analisou 9 livros: Contos da História do Brasil (1921), A Descoberta do Brasil (1930), História do Brasil para crianças (1934), História de Caramuru (1939), Bandeira das Esmeraldas (1945), As Belas Histórias da História do Brasil (1948), Curiosidades da História Brasileira (1952) e História da Liberdade no Brasil (1962), além do romance infanto-juvenil Cazuza (1938).
“História da Liberdade no Brasil serviu de base para o samba-enredo da escola de samba carioca Salgueiro no carnaval de 1967, o que demonstra o caráter de divulgação e o alcance popular dos livros dele”, informa Oriá.
"Cazuza" traz o cotidiano de um garoto numa escola do Maranhão
História do cotidiano
De acordo com o historiador, desde 1920 até meados de 1940, a literatura escolar brasileira enaltecia determinados valores cívicos e patrióticos, como a moral, os bons costumes, o amor à pátria, com o objetivo de formar cidadãos republicanos.As obras de Viriato Corrêa enfatizavam a ‘pequena história’, ligada aos aspectos da vida cotidiana das pessoas: os transportes, como vivem os avós, etc”, relata. Outra característica é a tentativa de exaltar determinadas figuras históricas, como os bandeirantes e Tiradentes, por meio das ilustrações. Segundo o pesquisador, isso já podia ser observado anteriormente, nos primeiros anos da República, mas foi reforçado nas obras do escritor.
Além dos livros, Ricardo Oriá também analisou os discursos do escritor maranhense na Academia Brasileira de Letras e a correspondência que manteve com Ribeiro Couto (poeta, acadêmico e escritor brasileiro). Livros de memorialistas, como Ariano Suassuna, também fizeram parte da análise. “Em um desses livros, Suassuna conta que aprendeu história do Brasil lendo Viriato Corrêa”, comenta.
Viriato Correa em sessão de autógrafos do livro "História da Liberdade do Brasil", rodeado de crianças
Segundo o pesquisador, atualmente apenas os livros Cazuza, Bandeira das Esmeraldas e Curiosidades da História Brasileira estão reeditados como literatura paradidática pela Companhia Editora Nacional. “Por veicularem uma concepção de História tradicional e em grande parte pela renovação da historiografia escolar que rompe com esse modelo tradicional, os livros de Viriato, com exceção de Cazuza, não são mais adotados na escola brasileira de hoje. Mas isso não tira o valor historiográfico de sua produção voltada para atingir o grande público, sobretudo com suas crônicas históricas”, finaliza.
Imagens cedidas pelo pesquisador
Mais informações: (61) 9289-9472 ou email groof@uol.com.br, com o historiador Ricardo Oriá
Duque de Caxias: herói ou vilão da História ?
|
DUQUE DE CAXIAS ALVO DA MANIPULAÇÃO DA HISTÓRIA
Inserido por: ClaudioBento
Em: 07-03-2006 @ 10:01 pm
Fonte: www.militar.com.br/modules.php?name=Historia&file=display&jid=38
Especial: 120 anos de Antônio Gramsci
Especial: 120 anos de Antônio Gramsci
Fonte: Carta O Berro- Construir ou tomar o poder? A estratégia socialista de Marx a Gramsci
Qual o papel da coerção e do consentimento na dominação de classes nos Estados modernos? Marx, Lênin, Mao e Gramsci enfrentaram essa questão na busca dos caminhos da revolução.
Por Lincoln Secco
Publicado em 22.01.2011 - Crise e revolução em Marx e Gramsci
O pensamento revolucionário deve apropriar-se criticamente do legado marxista de Antonio Gramsci e retomar as leituras reformistas “A política não pode deixar de ter primazia sobre a economia. Pensar o contrário é esquecer o abc do marxismo” (Lênin).
Por Lincoln Secco
Publicado em 22.01.2011 - Gramsci e a Escrita da História
Gramsci utilizou a literatura como documento histórico. Mesmo no cárcere, isolado da luta política, contrubuiu com a teoria marxista, analisando a história a partir dos elementos que lhe eram possíveis Nenhum teórico marxista estabeleceu um diálogo mais fecundo da modernidade com a tradição ocidental antiga e medieval do que Antonio Gramsci.
Por Lincoln Secco
Publicado em 22.01.2011 - Gramsci, Lênin e a questão da hegemonia
Criou-se um hábito – um mau hábito – de se separar um autor das bases teóricas que lhes serviram de suporte; separá-lo de seus pressupostos teóricos e históricos imediatos. Esta separação levou alguns a conferirem os louros de pensamento original, no sentido de exclusividade, a autores cujo grande mérito foi justamente desenvolver teses elaboradas por outros, ainda que as enriquecendo. Nos trabalhos acadêmicos sobre Gramsci parece ser bastante comum este procedimento. Estudou-se, e escreveu-se, sobre o pensamento de Gramsci desvinculando-o de seus pressupostos teóricos e políticos imediatos, que foram o pensamento e a ação política de Lênin. E Gramsci foi, em minha opinião, acima de tudo um leninista.
Por Augusto C. Buonicore
Publicado em 21.01.2011 - Ideologia e intelectuais na obra de Antônio Gramsci
Ele concebe a ideologia como “uma concepção de mundo que se manifesta implicitamente na arte, no direito, nas atividades econômicas e em todas as manifestações da vida intelectual e coletiva”. (1) Portanto, para Gramsci, a ideologia estaria presente em todas as atividades humanas, não se traduziria apenas no campo da produção de ideias.
Por Augusto C. Buonicore
Publicado em 21.01.2011 - A vida e a obra de Antônio Gramsci
O autor, através deste artigo, pretende mostrar em grandes traços alguns momentos da vida e da elaboração teórica do dirigente comunista italiano Antônio Gramsci. Apesar de sua importância para o movimento comunista nas décadas de 1920 e 1930, sua vida e obra são ainda pouco conhecidas pelo conjunto da militância socialista no Brasil.
Por Augusto C. Buonicore
Publicado em 21.01.2011 - Torino Rossa: os Conselhos de Fábrica na Itália
Com o impacto da Revolução Russa de 1917 e a crise econômica e social do pós-guerra, o movimento operário italiano adquiriu uma dimensão até então nunca vista. Isso fez com que a burguesia, amedrontada, lhe concedesse alguns direitos sociais. Nesse mesmo período começou a se desenvolver um novo instrumento de organização e de luta dos trabalhadores: as comissões internas de fábrica.
Por Augusto César Buonicore
Publicado em 21.01.2011 - Antônio Gramsci: chefe da classe operária italiana
Quando Antônio Gramsci, deputado ao Parlamento Italiano e portanto protegido pelas imunidades asseguradas na Constituição, acusado de crimes que não havia cometido, foi arrastado ao Tribunal Especial de Roma, em 1928, o procurador fascista não se deu ao trabalho de demonstrar que as acusações, lançadas contra ele, se baseavam cm fatos.
Por Palmiro Togliatti
Publicado em 20.01.2011 - Dossiê: Gramsci e a política
É inegável a influência do pensamento de Antonio Gramsci nas Ciências Sociais brasileiras1. Desde que Florestan Fernandes levou a cabo o complexo e sofisticado projeto intelectual de fusão do método funcionalista de Émile Durkheim com o método compreensivo de Max Weber e o método dialético de Karl Marx, este último havia recebido a legitimidade que lhe permitia integrar a matriz do pensamento social brasileiro. E mesmo aceito a contragosto por uma ciência em via de institucionalização, ele lá permaneceu como dos clássicos das Ciências Sociais, ou pelo menos dessa forma particular que as Ciências Sociais assumiram em nosso país. Mas Gramsci? O que ele está fazendo nessa matriz?
Por Álvaro Bianchi
Publicado em 20.01.2011 - O pensamento de Gramsci na época da mundialização
O ano de 1997, sexagésimo aniversário da morte de Gramsci, foi um ano de celebrações em todo o mundo, aberto pelo seminário ocorrido no mês de fevereiro em Havana, que pela primeira vez sediava um encontro internacional inteiramente dedicado ao pensamento gramsciano; e continuado em seguida com encontros internacionais de estudo na Itália – Cagliari, Nápoles e Turim – mas também no Japão, em Kyoto, e no Brasil, em Juiz de Fora e outras universidades; e ainda em muitos outros países e lugares.
Por Guido Liguori
Publicado em 20.01.2011 - A economia política de Gramsci
Giorgio Lunghini, em sua introdução à coletânea antológica dos Escritos de economia política de Gramsci, recentemente publicada por Bollati Boringhieri, quase sentiu a necessidade de “justificar” a atribuição de um título como este aos textos nela incluídos, que vão desde os escritos anteriores à prisão até algumas das notas dos Cadernos. “A teoria econômica de Gramsci – escreve – é a crítica marxiana da economia política (verdadeiro título de O capital)”.
Por Luigi Cavallaro
Publicado em 20.01.2011 - Gramsci e o americanismo
À primeira vista pode parecer surpreendente que um pensador como Gramsci, inteiramente comprometido com a práxis marxista, tenha se dedicado ao tema do americanismo, território distante das análises clássicas desta vertente, e mesmo resistente à organização operária de tipo comunista. Num exame mais detido, entretanto, a surpresa se desfaz.
Por Felipe Maia Guimarães da Silva (1)
Publicado em 20.01.2011 - Togliatti, Gramsci e o fascismo
O primeiro elemento teórico de destaque no pensamento de Togliatti (ainda em fase de maturação, no segundo lustro dos anos vinte) foi, sem sombra de dúvida, o uso, originado pela sua adesão juvenil ao historicismo, da categoria de “análise diferenciada”.
Por Marco Mondaini - 2003
Publicado em 20.01.2011 - Americanismo e direito
A visível e crescente expansão do direito, dos seus procedimentos e instituições sobre a política e a sociabilidade da vida contemporânea tem sido objeto de uma vasta produção que não mais se contém no seu campo específico de conhecimento, tornando-se matéria corrente da reflexão de vanguarda da teoria social e da filosofia política.
Por Luiz Werneck Vianna - Novembro 2005
Publicado em 20.01.2011 - Atualidade de Gramsci
Coube-me, como tema de abertura deste seminário [Franca, 1997], falar sobre a atualidade de Gramsci. Irei me deter aqui em algumas das razões pelas quais, em minha opinião, Gramsci continua atual, talvez mais atual do que nunca. Digo "algumas" porque, decerto, são muitíssimas as razões que asseguram essa atualidade.
Por Carlos Nelson Coutinho - 1997
Publicado em 20.01.2011 - ntônio Gramsci
- A questão da ideologia em Gramsci
O italiano Antonio Gramsci desenvolveu uma interpretação bastante original da filosofia de Marx. Para ele, a perspectiva do pensador alemão era a de um "historicismo absoluto". No essencial, o pensamento de Marx nos desafia - sempre! - a pensar historicamente. E esse desafio nos põe diante tanto de possibilidades magníficas como de dificuldades colossais.
Por Leandro Konder - 2002
Publicado em 20.01.2011 - A biblioteca gramsciana na prisão
A história do livro e da leitura constitui um campo de estudo de muitas possibilidades analíticas. Numa zona intermediária que une a história social e a história econômica, ela tem inspirado estudos sobre livrarias, livreiros, editoras, bibliotecas [1]. É também um ramo fecundo para iluminar novas facetas da Revolução Francesa (por exemplo, os estudos de Robert Darnton), da história cultural (Roger Chartier), da História Antiga (Luciano Canfora e Guglielmo Cavallo). Desde o clássico de Daniel Mornet (As origens intelectuais da Revolução Francesa), foi possível ampliar muito o conhecimento das relações (nem sempre tão diretas) entre as luzes e a Revolução.
Por Lincoln Secco - Dezembro 2005
Publicado em 20.01.2011 - Gramsci: uma introdução
Tradução: Luiz Sérgio Henriques
Por Valentino Gerratana - 1997
Publicado em 20.01.2011 - Cronologia da vida de Antonio Gramsci
Da edição brasileira dos Cadernos - 1999
Por Tradução: Carlos Nelson Coutinho
Publicado em 20.01.2011
Documentário reúne filhos de nazistas e de sobreviventes do Holocausto
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Gudrun Burwitz e seu pai, Heinrich Himmler, em 1938 |
"Crianças de Hitler" debate legado de gerações pós-guerra
09/02/2011 - 11:00
Bettina Göring e seu irmão não quiseram passar adiante os genes da família. Fizeram uma cirurgia para não perpetuar o DNA dos antepassados, mais precisamente do tio-avô, o ex-militar do partido nazista Hermann Göring. Com um olhar distante, ela conta para a câmera que se sentia responsável pelo Holocausto, mesmo que tenha nascido depois da guerra, por causa do importante papel que a família teve na matança.
O depoimento de Bettina é seguido pelos de outros descendentes de nazistas, compilados pelo cineasta israelense Chanoch Zeevi num documentário previsto para ser lançado no final deste ano. Em Hitler's Children ('Crianças de Hitler' - veja o site, em inglês), eles falam sobre vergonha e contam como descobriram a verdade sobre o Holocausto e sobre o trabalho de seus familiares.
Mas não para por aí. Depois de ouvir o lado dos filhos, netos e sobrinhos de atores do regime de Hitler, o espectador é confrontado com o outro lado, o dos sobreviventes. O confronto é mútuo e, pela primeira vez publicamente, as gerações pós-guerra se encontram. Em Auschwitz.
"Quando tive a ideia do filme, não dormi de noite. Me sentia como uma criança que apanhou: primeiro colocamos algo para acalmar a dor, mas depois vemos que precisamos ir atrás de quem bateu. Acho que devemos tentar entender o outro lado. Os sobreviventes não têm forças para fazê-lo, mas os descendentes têm. E esses encontros podem nos ajudar a seguir em frente", explica o cineasta, que teve avós mortos no Holocausto.
O depoimento de Bettina é seguido pelos de outros descendentes de nazistas, compilados pelo cineasta israelense Chanoch Zeevi num documentário previsto para ser lançado no final deste ano. Em Hitler's Children ('Crianças de Hitler' - veja o site, em inglês), eles falam sobre vergonha e contam como descobriram a verdade sobre o Holocausto e sobre o trabalho de seus familiares.
Mas não para por aí. Depois de ouvir o lado dos filhos, netos e sobrinhos de atores do regime de Hitler, o espectador é confrontado com o outro lado, o dos sobreviventes. O confronto é mútuo e, pela primeira vez publicamente, as gerações pós-guerra se encontram. Em Auschwitz.
"Quando tive a ideia do filme, não dormi de noite. Me sentia como uma criança que apanhou: primeiro colocamos algo para acalmar a dor, mas depois vemos que precisamos ir atrás de quem bateu. Acho que devemos tentar entender o outro lado. Os sobreviventes não têm forças para fazê-lo, mas os descendentes têm. E esses encontros podem nos ajudar a seguir em frente", explica o cineasta, que teve avós mortos no Holocausto.
Histórias de família
"Perguntei para a minha mãe: quantos judeus o papai matou? Ela disse: alguns. Eu perguntei: alguns quantos: 2, 3, 4? Nenhuma resposta. Minha mãe disse que ameaçou largar meu pai se ele matasse mais judeus. Ele parou de fazer, pelo menos na frente dela. O que ele fazia nos campos era outra coisa", conta no filme Monika Hertwig, filha de Amon Göth, chefe do campo Plaszów, imortalizado no filme 'A lista de Schindler'. Ele foi julgado em 1946 e sentenciado à forca. Ela acreditava que o pai era um soldado comum, que morreu no front russo.
No filme, Monika conta como conheceu o primeiro judeu de sua vida, aos 13 anos. Ela estava em um café que sempre frequentava e conhecia o dono, Manfred. "Ele arregaçou as mangas para lavar os pratos e eu vi um número tatuado. Nunca tinha visto aquilo, mas sabia o que significava: ele tinha estado em um campo. Perguntei se ele era judeu. Ele disse que sim. Perguntei onde ele esteve e ele falou que na Cracóvia. Falei que meu pai também tinha estado lá e perguntei se ele o conhecia. Ele disse: você é filha de Göth? Eu disse que sim, com um sorriso no rosto, maravilha que alguém finalmente poderia me contar o que aquilo significava. Mas Manfred apenas apontou a porta e me mandou sair."
Outras histórias de encontros mostradas no filme são mais profundas. Katrin Himmler, sobrinha-neta de Heinrich Himmler, o segundo na lista abaixo de Hitler no Terceiro Reich, se casou com um judeu israelense filho de sobreviventes da Polônia. "As pessoas me dizem: você vem de uma família Himmler, como o pai de seu filho é um judeu filho de sobreviventes? E eu digo: mas qual é o problema?"
O passado também dominou a vida de Niklas Frank, filho de Hans Frank, indicado por Hitler para ser o chefe do governo-geral polonês e responsável pelos campos de extermínio do país. Ele passou boa parte da vida pesquisando e escrevendo sobre o pai, e hoje dá conferências e palestras sobre o tema para jovens alemães. "Sim, eu me sinto responsável pelas ações do meu pai e me envergonho delas. Não posso amar um pai que deixou fornos cheios de corpos. Existem dois modos de sobreviver como um filho de criminoso de guerra: defendê-lo até o fim como meus irmãos mais velhos, ou confrontar suas ações e admitir: sim, nosso pai foi um assassino", diz ele no filme.
"Perguntei para a minha mãe: quantos judeus o papai matou? Ela disse: alguns. Eu perguntei: alguns quantos: 2, 3, 4? Nenhuma resposta. Minha mãe disse que ameaçou largar meu pai se ele matasse mais judeus. Ele parou de fazer, pelo menos na frente dela. O que ele fazia nos campos era outra coisa", conta no filme Monika Hertwig, filha de Amon Göth, chefe do campo Plaszów, imortalizado no filme 'A lista de Schindler'. Ele foi julgado em 1946 e sentenciado à forca. Ela acreditava que o pai era um soldado comum, que morreu no front russo.
No filme, Monika conta como conheceu o primeiro judeu de sua vida, aos 13 anos. Ela estava em um café que sempre frequentava e conhecia o dono, Manfred. "Ele arregaçou as mangas para lavar os pratos e eu vi um número tatuado. Nunca tinha visto aquilo, mas sabia o que significava: ele tinha estado em um campo. Perguntei se ele era judeu. Ele disse que sim. Perguntei onde ele esteve e ele falou que na Cracóvia. Falei que meu pai também tinha estado lá e perguntei se ele o conhecia. Ele disse: você é filha de Göth? Eu disse que sim, com um sorriso no rosto, maravilha que alguém finalmente poderia me contar o que aquilo significava. Mas Manfred apenas apontou a porta e me mandou sair."
Outras histórias de encontros mostradas no filme são mais profundas. Katrin Himmler, sobrinha-neta de Heinrich Himmler, o segundo na lista abaixo de Hitler no Terceiro Reich, se casou com um judeu israelense filho de sobreviventes da Polônia. "As pessoas me dizem: você vem de uma família Himmler, como o pai de seu filho é um judeu filho de sobreviventes? E eu digo: mas qual é o problema?"
O passado também dominou a vida de Niklas Frank, filho de Hans Frank, indicado por Hitler para ser o chefe do governo-geral polonês e responsável pelos campos de extermínio do país. Ele passou boa parte da vida pesquisando e escrevendo sobre o pai, e hoje dá conferências e palestras sobre o tema para jovens alemães. "Sim, eu me sinto responsável pelas ações do meu pai e me envergonho delas. Não posso amar um pai que deixou fornos cheios de corpos. Existem dois modos de sobreviver como um filho de criminoso de guerra: defendê-lo até o fim como meus irmãos mais velhos, ou confrontar suas ações e admitir: sim, nosso pai foi um assassino", diz ele no filme.
Encontros
O diretor Chanoch Zeevi prevê que seu filme será duramente criticado em Israel. "Muitas pessoas acham que temos que nos concentrar apenas nas vítimas. Eu quase nunca ouvi nenhuma história do lado nazista, qual era seu papel exato, qual eram suas responsabilidades e quanta influência Hitler tinha sobre eles. Na minha cabeça, não é possível entender o Holocausto sem tentar ver de onde vieram as raízes do mal e como elas cresceram."
Ele conta, no entanto, que não foi fácil achar os personagens dispostos ao encontro. Muitas pessoas simplesmente desligaram o telefone na minha cara. Ainda há pessoas que se orgulham desse passado e defendem a ideia nazista."
O diretor Chanoch Zeevi prevê que seu filme será duramente criticado em Israel. "Muitas pessoas acham que temos que nos concentrar apenas nas vítimas. Eu quase nunca ouvi nenhuma história do lado nazista, qual era seu papel exato, qual eram suas responsabilidades e quanta influência Hitler tinha sobre eles. Na minha cabeça, não é possível entender o Holocausto sem tentar ver de onde vieram as raízes do mal e como elas cresceram."
Ele conta, no entanto, que não foi fácil achar os personagens dispostos ao encontro. Muitas pessoas simplesmente desligaram o telefone na minha cara. Ainda há pessoas que se orgulham desse passado e defendem a ideia nazista."
New Scientist.
Entrando na onda de compartilhar links de publicações gratuítas, alguém aqui conhece uma excelente revista científica americana chamada "New Scientist"?
No link a seguir pode-se pegar gratuitamente todas as edições de 2010! Vale a pena, para quem domina razoavelmente o idioma inglês, e quer se manter bastante informado sobre as pesquisas científicas de ponta no mundo.
Aqui:
Abraços a todos,
Magazine Archive Yahoo Group - Part VII
Here is the companion book to Science-Fiction: The Gernsbeck Years (which I have scanned previously – ask if you need it).
What can I say about such a reference book?...I’ll leave that to a couple of reviews at the end of this email, for those of you who haven’t heard of it.
It is fully searchable and bookmarked.
Enjoy J
[320mb, siPDF in Rar with 5% error thingamybob]
Bleiler, Everett F. - [NF] Science-Fiction - The Early Years [v1.0] [siPDF].part4.rar (38.37 MB)
Bleiler, Everett F. - [NF] Science-Fiction - The Early Years [v1.0] [siPDF].part3.rar (95.78 MB)
Bleiler, Everett F. - [NF] Science-Fiction - The Early Years [v1.0] [siPDF].part2.rar (95.78 MB)
Bleiler, Everett F. - [NF] Science-Fiction - The Early Years [v1.0] [siPDF].part1.rar (95.78 MB)
It’s a humbling experience to sit down with these weighty tomes, leaf through them, and ponder the dedication and literary skill of their creators. You literally have a lifetime of hard work at your fingertips. These two volumes are a guide, and much more, to science fiction stories; from the earliest (Plato’s Atlantis myth) through 1936, when SF publisher Hugo Gernsback stopped publishing Wonder Stories. Mr. Bleiler and coworkers did not rely on secondary sources, but read each story as it was originally published. The main part of the books is organized by author, with extensive biographic information for each, with each of their stories listed, referencing the source, describing the story in detail, and critiqued (e.g., “Routine, but readable.” and “I’m surprised even ––– would publish this.”). In addition to the main section, there are Motif and Theme, Date, Magazine, and Title indices. There are also detailed histories of the pulp magazines, such as Amazing, Astounding, andWonder, tables of contents, discussions of the art work, poetry and letter indices. I had fun looking up random subjects, and I spent far too much time reading story descriptions of monsters, ray guns, invaders from Mercury, and the like.
I make no claim to be a scholar, but I remembered a book I had read when I was young, a sequel of sorts to The War of the Worlds, where Thomas A. Edison produces spaceships and weapons to allow Earthmen to take the fight to Mars. (I recall that it was a s imply dreadful read.) I looked up the nine entries for Edison and tracked down the listing for the book (Edison’s Conquest of Mars, Garrett P. Serviss, serialized in The New York Evening Journal, 12 January – 10 February 1898). The story description matched what I remembered, and the critique was “Obviously hastily written, with loose ends and crudities, but historically interesting for the early use of many motives, later common in space opera.” I should perhaps locate a copy and re-read it. . . .
It is interesting to note the mini-reviews did not repeat themselves, or at least not that I noticed. It is yet another example of the care and dedication taken that each story -- good, bad, or indifferent -- had its own unique review, which verges on the impossible, as there are 2475 stories listed in The Early Years and 1835 inThe Gernsback Years.
Thes e two books are a necessity for any serious student of early SF, and entertaining for anyone else who enjoys the genre. Be warned though: Bleiler’s descriptions and commentaries are additive, and I found myself spending more hours enjoying the books than I would have thought possible.
In this volume the author describes more than 3000 short stories, novels, and plays with science fiction elements, from earliest times to 1930. He includes imaginary voyages, utopias, Victorian boys' books, dime novels, pulp magazine stories, British scientific romances and mainstream work with science fiction elements. Many of these publications are extremely rare, surviving in only a handful of copies, and most of them have never been described before. Each of the entries is exhaustive, with bibliography, including previous periodical publications, and a full summary of the story, with historical and critical comments. Author biographical data, where available, accompanies each item. An appendix surveys ideas and systems that have proved important in early science fiction, such as Atlantis, Fourierism, the single tax, Theosophy, the hollow earth, the open polar seas and similar concepts. The text also includes title, author, date and magazine indexes as well as a 65-page motif and thematic index. The author's introduction aims to provide a fresh understanding of the nature of science fiction and its origins, and contains an exhaustive analytical table of science fiction motifs as they fit into the conceptual scheme of the scienc es. In addition to its obvious value to the field of science fiction, the book covers many powerful issues in American cultural history - feminism, racial and ethnic prejudices, crank scientific theories, extreme social and economic systems, occult ideas, and descriptions of varying attitudes toward science and advanced technology.
Cheers!
Mark
-----
Here are the last 5 of these Aussie mags that I have...enjoy J
World's News - 1955.07.16 - (madmaxau) (Aus).cbr (50.59 MB)
World's News - 1955.07.30 - (madmaxau) (Aus).cbr (49.9 MB)
World's News - 1955.06.18 - (madmaxau) (Aus).cbr (48.73 MB)
World's News - 1955.03.19 - (madmaxau) (Aus).cbr (56.49 MB)
World's News - 1955.02.26 - (madmaxau) (Aus).cbr (56.88 MB)
http://www.megaupload.com/?d=GH5NGTK0
Cheers!
Mark
----
Here are 6 more Issues of this Aussie weekly magazine...I have another 5 from 1955 to do next. Enjoy J
World's News - 1954.12.11 - (madmaxau) (Aus).cbr (50.7 MB)
World's News - 1954.12.04 - (madmaxau) (Aus).cbr (52.64 MB)
World's News - 1954.11.06 - (madmaxau) (Aus).cbr (60.88 MB)
World's News - 1954.10.16 - (madmaxau) (Aus).cbr (59.88 MB)
World's News - 1954.01.23 - (madmaxau) (Aus).cbr (55.4 MB)
World's News - 1954.01.16 - (madmaxau) (Aus).cbr (56.12 MB)
Cheers!
Mark
-----
Here is Issue 15 of this popular fanzine !! Enjoy J
Cheers!
Mark
----
Here are 6 Issue of this Newsmagazine....a la Locus...enjoy J
Science Fiction Chronicle - 1994.05 (madmaxau).cbr (86.92 MB)
Science Fiction Chronicle - 1994.02 (madmaxau).cbr (65.53 MB)
Science Fiction Chronicle - 1994.01 (madmaxau).cbr (70.81 MB)
Science Fiction Chronicle - 1993.12 (madmaxau).cbr (80.03 MB)
Science Fiction Chronicle - 1993.09 (madmaxau).cbr (68.51 MB)
Science Fiction Chronicle - 1993.08 (madmaxau).cbr (71.66 MB)
Cheers!
----
COLLECTING PULPS: A MEMOIR
PART FOUR — DETECTIVE STORY MAGAZINE
by Walker Martin
PART FOUR — DETECTIVE STORY MAGAZINE
by Walker Martin
We have so far discussed and covered the so called Big Three: Black Mask, Dime Detective, and Detective Fiction Weekly. However there was a fourth magazine that has not received the proper attention that is due especially when you consider influence and the number of issues published. Detective Story Magazine with the October 5, 1915 issue became the very first pulp magazine to be devoted entirely to detective, mystery and crime fiction.
In fact it just about started the trend for pulps to be devoted to one genre. Earlier examples are Railroad Man’s Magazine in October 1906 and The Ocean in March 1907. But with Detective Story the publisher, Street & Smith, got the idea to develop a line of magazines such as Western Story, Sport Story, Sea Stories,Outdoor Stories, and Love Story. The title showed the reader exactly what type of story he could expect to read.
Not only was this the first of many detective and crime magazines, but it lasted longer than any other detective pulp magazine, 1057 issues during 1915 through 1949. The 1057 issues are even more than 929 issues of Detective Fiction Weekly.
Not too many collectors bother with Detective Story and it certainly is not on the same level as Black Mask, Dime Detective, and Detective Fiction Weekly, but it did publish a lot of interesting stories. In fact if you read and collect hero pulp fiction then Detective Story should be of interest to you because the magazine dealt with heroes and villains, some of which wore costumes and fought crime figures before the first hero pulp titles started in the early 1930′s.
The early issues still showed the dime novel origins (Nick Carter), but soon the fiction moved away from the teenage boy market and started to appeal to the adult mystery and detective fan. Even in 1916 it was possible to read such writers as Johnston McCulley, Sax Rohmer, Caroline Wells and H. Bedford-Jones.
With the February 20, 1917 issue the crude covers improved, showing more color, the price was increased to 15 cents, and 30 extra pages were added for a total of 160. Frank Blackwell was editor, though Nick Carter was first credited, and he remained editor for at least 20 years. Since he also would edit Western Story starting in 1919, he must of had a staff of assistant editors to help with these weekly magazines.
Another man who also lasted 20 years was the cover artist, John A. Coughlin. I know it is hard to believe but he did every cover each week for around 20 years, 1915-1935. As I was recently looking through my set I was watching for some other artist but I never noticed anyone else but Coughlin.
That’s 52 cover paintings each year or over 1,000 for the 20 years. Plus he was doing covers off and on for just about all the other Street & Smith pulps.
During the years I’ve owned several of his cover paintings from Detective Story and at present I still have two. It’s very interesting to see the development of Coughlin as an artist, from the crude early paintings in 1915 and 1916 to his excellent symbolic later work.
I don’t know of any other pulp cover artist who dominated one magazine so thoroughly for a thousand issues. I guess the closest would be Nick Eggenhofer but his work was mainly interior drawings in Western Story and other pulps.
From just about the very beginning the magazine specialized in series characters and in fact there were so many series that I sometimes mistakenly refer to the pulp as Detective Series Magazine. There are perhaps close to a hundred different series, too many to list in this article but I’d like to point out a few of the more interesting ones.
Johnston McCulley was the leader by far and was an expert at developing all types of series. In fact he is responsible for one of the most well known and recognized figures in literature and film, the series character Zorro.
The first series he developed for Detective Story was Black Star, followed by such characters as Terry Trimble, The Spider (no relation to the Norvell Page Spider), Thubway Tham, The Thunderbolt, The Man in Purple, The Avenging Twins, and the Crimson Clown. There may be others that I missed.
Probably the most outrageous character was the Crimson Clown who appeared in around 20 stories in the 1920′s. He’s a crime fighter but for some strange reason he dresses up as a clown in the full clown costume and makeup. I would think this would make him very noticable to the police and criminals.
The Spider appeared in about a dozen long novelettes in the teens and starred John Warwick as the gentleman crook who works for the criminal mastermind, The Spider. Thubway Tham appeared in over a hundred short stories mainly in the twenties and was a lisping pickpocket who worked the subways. The stories have a comedy element but I find them almost unreadable due to the lisping dialog whenever Thubway Tham opens his mouth. However the readers loved his adventures.
A favorite of mine stars John Flatchley, alias The Thunderbolt and his stupid sidekick, Saggs. It is the usual theme of the bored, rich young man robbing from the rich and giving to the poor, etc. He robs from six rich men who legally ripped off investors and he returns the money to the original owners. All this is done without bloodshed.
Erle Stanley Gardner’s Lester Leith was patterned after this type of character as were so many others. The hero wears a hood with a thunderbolt on it and is such a nice, good guy that he carries a gun, but it is empty with no bullets.
Street & Smith had a hardcover line called Chelsea House and many of the stories in these series were eventually published as books. All six stories about The Thunderbolt were collected into two Chelsea House hardcovers.
But there were plenty of other writers also dealing with series characters. Herman Landon, for instance, wrote about The Philanthropist who eventually developed into The Picaroon. Both heroes are gentlemen crooks but they are very strange indeed because after stealing money or jewels, they leave cards stating that the stolen items will be returned if the victim gives 10% of the value to charity.
The charity of choice is usually the Society of Prevention of Cruelty to Animals (SPCA). I find these novelettes absurd, but I love the insane character! Landon had another long running series starring a crime fighter and crook named The Gray Phantom.
One of the most fascinating series was by Arthur Hankins and starred an ex-cop and museum guard named Israel Pocket. The series appeared in 1918 and the hero works undercover in the stomach of a fake whale on exhibit. There he can spy on the museum visitors and prevent crime. His co-workers call him “Jonah.” Even as early as 1918 these six stories show that it was possible for quality fiction to exist in the pulps.
Another interesting series that ran for a long time in the 1920′s was by Roy Hinds and dealt with an elderly Jewish pawnbroker who aids criminals. The Simon Trapp series was humorous, and he was not your typical pulp hero. There is no redeeming Robin Hood morality in many of the stories, and often I finished a story thinking that Simon was crook and that was that.
The Doctor Bentiron stories written by Ernest Poate was another long-running series. Poate has been unjustly forgotten. Dr Bentiron is an interesting and strange character who lies around in his bathrobe, dribbling ashes and chain smoking. He is often bored but manages to solve crimes and has the habit of often grunting for some reason.
Amos Clackworthy by Christopher Booth was a major character whose adventures were reprinted in the Chelsea House hardcovers. Clackworthy is a sophisticated conman who with his sidekick, The Early Bird, gyps suckers and steals their money. Possibly this character had an influence on Erle Stanley Gardner’s Lester Leith character.
Ruth Aughiltree had one of the stranger characters called “Old Windmills”, who was a busy body, senile, old man who solved crimes. A strange detective who I found enjoyable and unintentionally funny.
Mother Hansen, like many of the series characters mentioned above, ran for many stories — another odd series. Written by Paul Ellsworth Triem, she was an old lady who by day sat behind a cash register in a seedy restaurant but in the night she helped reform criminals. The one I just read had a burglar breaking into her house but by the end of the story she has saved the crook from the police and helped him escape.
Edgar Wallace was one of the biggest stars of Detective Story in the twenties and in addition to the interesting “Ringer” series, he had over 20 serials. Only his early death silenced him.
There were many other series, too many to discuss in detail. One of the best of the early writers was Hugh Kahler, who has been just about completely forgotten today. For four years, 1918-1921, he wrote around 35 long novelettes all 40 to 50 pages in length. Just about all of them are well done, some starring series characters named The White Rook, The Joker, The Justice Syndicate.
The stories had elements in them that you usually do not see in pulp fiction from around 1918: love interest handled in an adult manner, well done characterization, a private detective acting in a believable way, and plots that are slowly and carefully developed, leading to a surprise ending.
There is not a lot of violence in these stories, and sometimes the crimes do not even involve murder. One of the more impressive villains is named “The Wiremaster,” who has killed 10 men by some means of electric shock. The ten were unconvicted murderers who had beat the system and the law.
The Wiremaster acts as a vigilante and like many of the heroes and villains likes to send weird letters and threats signed The Wiremaster, The Third Hand, The Picaroon, The Gray Phantom, or The Scarlet Scourge. One story even has a letter signed by “The Green Pansy”.
Kahler eventually graduated to The Saturday Evening Post in 1920 and wrote slick fiction for 20 years. He became a close friend of George Lorimer, The Post’s editor, and was part of the antique collecting circle.
Other writers of note were Agatha Christie with short stories, Dorothy Sayers with a serial, Raymond Chandler with one novelette in 1941, and Carroll John Daly. The format for each issue usually consisted of one or two serial installments, a long novelette, short stories, a true crime article, and several departments.
The following departments ran for most of the magazine’s life: “What Handwriting Reveals,” “Expert Legal Advice,” “The How, When, and Where of Success.” There was also “Under the Lamp,” which dealt with ciphers and puzzles, “Missing,” which listed friends and relatives who had disappeared, and “Headquarters’ Chat,” which printed letters from the readers and announced coming attractions.
On occasion “Popular Detective Story Writers,” written by D.C. Hubbard, gave informal and perhaps incorrect biographical details about the writers. It printed over two dozen bios during 1928 to 1932.
Sometimes collectors have wondered how I managed to amass over 1,000 issues. It’s mainly because of what probably is the biggest windfall and deal during my 50 years of pulp collecting.
In the 1970′s there was one collector who also was collecting Detective Story and we were always bumping heads at the the annual Pulpcons. In fact, he managed to compile a bigger set of the magazine and ended up with 800 issues compared to my 500 issues. But in the early 1980′s the video revolution killed his interest in pulp collecting and instead of attending Pulpcon, he started to collect video tapes. At one point he told me he had several Betamax recorders taping movies.
I then started a campaign of calling and writing him letters every few months and this continued for a few years. The subject was always about him selling me hisDetective Story collection.
Finally in 1985, during a telephone call, he told me if I would stop harassing him he would ship me the 800 issues absolutely free. All I would have to pay would be the freight charge on delivery. Sure enough a couple weeks later, a big truck dumped 500 pounds of Detective Story Magazines’s on my porch.
Of the 800 issues, I needed 239 and many others for upgrades. For several years after, I had so many duplicates, that I was willing to trade four Detective Story’s to get one of my pulp wants. Many collectors found the four to one ratio to be irresistible.
However, at one Pulpcon I was reminded that not many people cared about Detective Story. Since I had so many duplicates, I took 200 of the issues in the best condition to a show in the late 1980′s. I priced them all low at $5.00 each, except for the Crimson Clown and Mr Chang issues which I priced at $10.00.
Not a single issue priced at $5 sold. All the Clown and Chang issues sold because they were listed as hero characters in a pulp index. Even today there probably is not much interest in collecting the magazine.
While I was collecting Detective Story, I carried on a 25 year correspondence with Bob Sampson, from 1969 to his death in the early 1990′s. All our letters dealt with pulp matters, especially the Detective Story series.
You can read the results of many of our letters in Sampson’s excellent six volume survey of the pulps, Yesterday’s Faces. This is a set of books that every reader and collector of the pulps should own.
Starting in 1932 a series of changes occurred that indicated the magazine might be having problems. They dropped the price to 10 cents, then announced a monthly schedule which lasted for one issue, and then decided on twice a month.
The price eventually went back to 15 and 20 cents and the schedule to monthly. The cover was redesigned, serials were dropped, and in 1935 the departments were gone. The pages varied between 128, 144 and 160.
Long time veteran and Love Story editor, Daisy Bacon became the new editor in the early forties. In 1943 the entire Street & Smith line of pulps either went digest or discontinued publication, like Wild West Weekly and Unknown Worlds.
Daisy Bacon attempted to improve matters by encouraging some of the Black Mask and Dime Detective authors to write for her. Norbert Davis, John K. Butler, Fred Brown, all had good stories. She published over a dozen excellent stories by Roger Torrey, all novelettes starring detectives with Irish names. Only an early death because of alcoholism silenced him around 1945. William Campbell Gault was another fine writer who had around a dozen novelettes.
But there were still some bad signs. The digest covers were really poorly done and unattractive. Circulation must have been dropping because in 1949 they even tried going back to pulp size for three issues.
Nothing worked, however, and the pulp era was ending. Daisy Bacon would soon be out of a job and by the middle fifties the pulps were dead except for a couple holdouts. Street & Smith killed all their pulps except for Astounding. The digest boom was around the corner and there would be many new SF and mystery digests. Ironically Detective Story, the longest surviving detective pulp, would not be one of them.
Previously on Mystery*File: Part Three — Collecting Detective Fiction Weekly.
Coming next: Part Five — Collecting the other Popular Publications pulps.
Cheers!
Mark
-----
Um caso de corrupção acadêmica
sábado, 12 de fevereiro de 2011
O homem que me contou este caso não é nenhum corrupto. Ainda que não haja contradição entre ser um cientista e um senhor corrupto, ele é um mestre, um cientista. Para melhor situá-lo, direi que é biólogo de uma escola superior do sul do Brasil. No entanto, a sua pessoa poderá ser vista em qualquer cidade. Com a palavra, o mestre K:
“A coisa está pior do que se pode imaginar. O senhor se julga um escritor, um sujeito dotado de fantasia? Então acompanhe o que lhe vou contar, porque a sua imaginação vai aprender muito.
Eu fui nomeado para ser relator de uma dissertação de mestrado. Tudo bem, isso faz parte do meu trabalho. Por experiência eu sei que não devo esperar teses que revolucionem o mundo da ciência. Revolução? Menos, para que exagerar? A realidade já é um exagero. Para dizer a verdade, eu não devo esperar a mínima contribuição para qualquer coisa. Como eu sou um homem honesto, eu lhe digo que se esse fosse o critério, eu não estaria no lugar onde estou. Mas não ter esperança é diferente da mais completa desesperança. Acompanhe.
Quando eu havia corrigido cerca de 2/3 da tese, eu tinha contado cerca de 150 erros de português. Preste bem atenção. Eu não sou exatamente um cultor do português, a minha especialidade é outra. Mas havia erros crassos, gritantes até para mim. Agora olhe como as coisas andam na maior concordância orgânica. O que o trabalho não sabia de português, melhor ainda não sabia da ciência biológica. Que maravilhosa coerência, não é? Havia antagonismos, buracos, saltos, o diabo. Então chamei o aluno, contei-lhe o estado deplorável da sua tese.
O aluno, muito vivo, me respondeu então, na minha cara, pois a que cara ele haveria de falar, não é?... na minha cara ele me disse que não tinha tempo de fazer as correções antes da defesa, que já estava marcada para o dia 13 de abril, e que viria um outro doutor de Brasília para a banca examinadora, etc. Então eu disse a ele: ‘Escute, você me fez perder um tempo grande na correção. Mas se a data da defesa já está marcada e seu orientador acha que o trabalho está apresentável, não vou criar problema. Mas tem uma coisa: retire o meu nome de relator, certo?’
Não sei por que cargas d`água o futuro ‘cientista’ achou que a comissão examinadora poderia criar problemas se ele não recebesse ‘o apto a ser julgado’ do relator, no caso, eu. Por conta dessa dúvida, ele apareceu em minha casa acompanhado dos seguintes fundamentos teóricos e experiências de laboratório: o seu poderoso pai com mostras de riqueza nas roupas, nos sapatos, mencionando de passagem o carro importado, junto às mais importantes citações científicas, todas de nomes de políticos e de pessoas influentes da sociedade. Claro, como a visita era de amizade, como era uma política de boa vizinhança, trouxeram um litro de uísque antigo, cujo preço é o meu salário.... Eu não só dispensei o ‘presente’ como voltei a explicar tudo de novo: ‘O problema é seu e de seu orientador. O que vocês acordarem, pra mim está ótimo. Agora, não coloque o meu nome nessa história. Só isso’.
Bem, o ‘cientista’ defendeu o indefensável, não fez as modificações sugeridas por mim e pela banca examinadora, mas foi aprovado. Quando imprimiu os seis volumes da dissertação, deixou o meu nome como relator. Eu só não chamei o cara de santo. Então, fiz uma reclamação por escrito ao coordenador da pós-graduação e lhe disse que já era a segunda vez que me faziam de palhaço. E numa atitude radical, consegui apagar o meu nome em quatro dos seis volumes impressos, com corretivo. O pai do aluno, quando soube de minha atitude, o que fez? Imagine, o pai do farsante me ameaçou com um processo. Eu era o delinquente! Ainda bem que para a minha sorte, para que o pai indignado não levasse adiante o processo, não havia prova de que eu cometera o crime de apagar o meu nome. E para maior atenuante, ainda havia dois exemplares com o meu nome de relator.
Agora, vem a melhor parte: contando isso aos colegas em uma reunião do Departamento de Biologia, em vez de receber apoio integral pela minha atitude, eu fui acusado de estar com excesso de ‘preciosismo’ nas minhas correções. Os professores mais corruptos disseram que eu fui idiota, metido a Robespierre em não ter aceitado o litro de uísque do cara. Em nome até da boa convivência, eu nada respondi a quem me chamou de Robespierre. Minha cabeça podia ir para a guilhotina”.
E aqui termina a fala do mestre K. Acreditem os leitores, o narrado não é ficção. Acontece em muitos lugares do Brasil.
Sobre o autor deste artigoUrariano Motta - RecifeÉ pernambucano, jornalista e autor de "Soledad no Recife", recriação dos últimos dias de Soledad Barret, mulher do cabo Anselmo, executada pela equipe do Delegado Fleury com o auxílio de Anselmo. www.diretodaredação.com
- Publicado em 02/02/2011
Assinar:
Postagens (Atom)