Fotobiografia
FERNANDO RABELO - EDITOR
terça-feira, 22 de junho de 2010
Fotobiografia retraça a trajetória de Pagu, a musa dos modernistas
Pagu na Casa das Rosas
sexta-feira, 25 de junho de 2010
O jornalismo de Pagu na Casa das Rosas
Um amplo painel da atuação de Patrícia na imprensa será apresentado por Geraldo Galvão desde quando ela iniciou no Brás Jornal. Mais tarde, criaria com Oswald de Andrade o jornal O Homem do Povo e colaboraria com a Revista da Antropofagia. Foram décadas de atuação na imprensa até o seu falecimento, em 1962.
Geraldo Galvão é co-autor, junto com Lúcia Furlani, da obra VIVA PAGU – Fotobiografia de Patrícia Galvão, a ser lançada no dia primeiro de julho, na Casa das Rosas. Além de escritor, Geraldo atua como crítico literário e tradutor. Trabalhou nas revistas Veja, Isto É, Playboy, Cult, e nos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, entre outros. É autor de A empolgante história do romance policial. Recebeu dois prêmios Jabuti e atualmente coordena o Centro de Estudos Pagu Unisanta.
Márcia Costa abordará a atuação de Patrícia como jornalista e agitadora cultural em Santos, cidade onde viveu entre 1954 e 1962, ano de sua morte. Junto com Geraldo Ferraz, o companheiro também jornalista, Patrícia modernizou o jornalismo cultural atuando em A Tribuna, um dos mais antigos jornais do País. Ele, como editor do jornal; ela autora de várias colunas sobre teatro, televisão, literatura e crônicas sobre a cidade.
Patrícia Galvão atuando como jornalista em Santos, em A Tribuna (arquivo Lúcia Teixeira Furlani)
No curso de mestrado que finalizou em Comunicação Social na Universidade Metodista de São Paulo, em 2008, Márcia Costa pesquisou a atuação desta intelectual, que extrapola as páginas do jornal e se expande por Santos, São Paulo, Rio de Janeiro, Paris… Para a pesquisa acadêmica aprofundou-se principalmente na coluna Literatura, e entrevistou cerca de 15 contemporâneos de Patrícia com atuação nas artes e no jornalismo local.
Nos últimos dois anos, Márcia, que vive em Santos, ampliou a pesquisa para a atuação de Patrícia no âmbito do teatro e no cotidiano da intelectual na cidade, abordando seu contato com os artistas locais, nacionais e internacionais e sua participação na política cultural do País. Este material, resultado da interpretação de mais de 300 textos de Patrícia em A Tribuna e da produção de cerca de 30 entrevistas, integrará o livro De Pagu a Patrícia, a ser lançado pela pesquisadora no dia 12 de dezembro, data de morte de Patrícia, por meio do Instituto Artefato Cultural. A ideia é que a obra contribua com informações sobre a cultura de Santos, São Paulo e do País na década de 50.
A partir do acompanhamento da trajetória intelectual e da participação de Patrícia em A Tribuna e em outros jornais, a pesquisa identificou as características definidoras de sua produção (tanto como jornalista como quanto agitadora cultural) ao longo de quase quatro décadas: a busca constante pela divulgação da vanguarda, a preocupação didática, a autonomia intelectual, a defesa da literatura e do teatro como forma de emancipação do indivíduo o diálogo com os escritores e intelectuais locais, nacionais e internacionais.
O estudo situou Patrícia Galvão em uma geração que contribuiu para modernizar o debate de idéias e a própria linguagem dos periódicos. A produção destes intelectuais reforçou o papel do jornal como instrumento de análise e de crítica frente às discussões sobre cultura e sociedade, o que permite entender a imprensa como um território que abriga produções simbólicas diversas.
David Jackson
A produção de Patrícia ao longo de 30 anos na imprensa (artigos, reportagens, crônicas e críticas) está sendo reunida em quatro volumes de um livro, na Universidade de Yale, sob a coordenação do professor K. David Jackson, desde 2006. O trabalho conta com o apoio do Centro Unisanta de Estudos Pagu (Santos). Jackson falará sobre o jornalismo de Pagu em São Paulo e Santos no dia 1º de agosto, às 20h, também na Casa das Rosas.
Para conhecer a programação completa da Casa das Rosas no centenário de Pagu, clique aqui. Informações sobre a Pagu jornalista aqui. Site do centenário de Pagu: http://www.pagu.com.br.
Fotobiografia
FERNANDO RABELO - EDITOR
terça-feira, 22 de junho de 2010
Fotobiografia retraça a trajetória de Pagu, a musa dos modernistas
Historia Vermelha
domingo, 27 de junho de 2010
100 ANOS DE PAGU
Patrícia Galvão PAGU (1910-1962).
Em 1931 Pagu e Oswald fundaram O Pasquim, no qual ela triunfava numa coluna feminista: A mulher do povo, onde criticava o machismo, tachado por ela de provincianismo pequeno-burguês. A experiência d'O Pasquim durou apenas 8 edições, fechado por estudantes de direito do Largo do São Francisco.
Ainda nesse ano, Pagu foi a primeira presa política da história brasileira após protesto de comunistas proletários na greve de estivadores em Santos.
Dois anos depois, Pagu escreveu Parque Industrial e saiu do Brasil. Chegou a morar nos EEUU, na França, na Alemanha, na China e na União Soviética. Sendo correspondente do jornais: Correio da Manhã, Diário de Notícias e A Notícia.
Em 1935, Pagu é presa novamente pela polícia política de Vargas. Liberta em 1940, rompe com o PCB e entra numa crise existêncial (chegando a tentar o suicídio em 1950), ao afirmar que não iria sair da luta. Quando em 1945 se reune com Mário Pedrosa na edição do jornal Vanguarda Socialista, de linha trotskista.
Nos anos 1950, Pagu tenta, sem sucesso, ser deputada estadual pelo PSB no estado de São Paulo, mas sem sucesso. Transtornada pelo câncer, Pagu vai à França e quando percebe a irreversibilidade do quadro, tenta novamente o suicídio.
Pagu morre em 1962, num momento em que sua contribuição cultural nos forneceu a bossa nova, o cinema novo, o teatro de revista, Guimarães Rosa. Tempos de Brasília se iniciaram.
Nossa singela homenagem a Pagu que aniversaria seu centenário no dia 14 de julho, e a tantas outras que revolucionam os nossos tempos.
OBRAS:
Parque industrial(romance proletário, sob o pseudônimo de Mara Lobo). São Paulo: Edição da autora, 1933.
A famosa revista(romance). Rio de Janeiro: Americ-Edit., 1945. (Escrito em parceria com Geraldo Ferraz).
Verdade e liberdade(panfleto político). Edição do Comitê Pró-Candidatura Patrícia Galvão. São Paulo, 1950.
A famosa revista. 2ª ed., São Paulo: Livraria José Olympio Editora, 1959. (Publicado em conjunto comDoramundo, de Geraldo Ferraz, sob o título geral deDois romances.)
O "álbum de Pagu"ouPagu - Nascimento, vida, paixão e morte(1929). Publicado nas revistasCódigonº 2, Salvador, 1975 eAtravésnº 2, Duas Cidades; São Paulo, 1978.
Parque industrial. Reeditado em fac-símile, salvo a capa, com apresentação de Geraldo Galvão Ferraz. Editora Alternativa: São Paulo, 1981.
Parque industrial. 3ª ed., Porto Alegre: Mercado Aberto; São Paulo: EDUFSCar, 1994. (Novelas Exemplares).
Safra macabra. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998.
Historia Vermelha
domingo, 27 de junho de 2010
100 ANOS DE PAGU
Patrícia Galvão PAGU (1910-1962).
Em 1931 Pagu e Oswald fundaram O Pasquim, no qual ela triunfava numa coluna feminista: A mulher do povo, onde criticava o machismo, tachado por ela de provincianismo pequeno-burguês. A experiência d'O Pasquim durou apenas 8 edições, fechado por estudantes de direito do Largo do São Francisco.
Ainda nesse ano, Pagu foi a primeira presa política da história brasileira após protesto de comunistas proletários na greve de estivadores em Santos.
Dois anos depois, Pagu escreveu Parque Industrial e saiu do Brasil. Chegou a morar nos EEUU, na França, na Alemanha, na China e na União Soviética. Sendo correspondente do jornais: Correio da Manhã, Diário de Notícias e A Notícia.
Em 1935, Pagu é presa novamente pela polícia política de Vargas. Liberta em 1940, rompe com o PCB e entra numa crise existêncial (chegando a tentar o suicídio em 1950), ao afirmar que não iria sair da luta. Quando em 1945 se reune com Mário Pedrosa na edição do jornal Vanguarda Socialista, de linha trotskista.
Nos anos 1950, Pagu tenta, sem sucesso, ser deputada estadual pelo PSB no estado de São Paulo, mas sem sucesso. Transtornada pelo câncer, Pagu vai à França e quando percebe a irreversibilidade do quadro, tenta novamente o suicídio.
Pagu morre em 1962, num momento em que sua contribuição cultural nos forneceu a bossa nova, o cinema novo, o teatro de revista, Guimarães Rosa. Tempos de Brasília se iniciaram.
Nossa singela homenagem a Pagu que aniversaria seu centenário no dia 14 de julho, e a tantas outras que revolucionam os nossos tempos.
OBRAS:
Parque industrial (romance proletário, sob o pseudônimo de Mara Lobo). São Paulo: Edição da autora, 1933.
A famosa revista (romance). Rio de Janeiro: Americ-Edit., 1945. (Escrito em parceria com Geraldo Ferraz).
Verdade e liberdade (panfleto político). Edição do Comitê Pró-Candidatura Patrícia Galvão. São Paulo, 1950.
A famosa revista. 2ª ed., São Paulo: Livraria José Olympio Editora, 1959. (Publicado em conjunto com Doramundo, de Geraldo Ferraz, sob o título geral de Dois romances.)
O "álbum de Pagu" ou Pagu - Nascimento, vida, paixão e morte (1929). Publicado nas revistas Código nº 2, Salvador, 1975 e Através nº 2, Duas Cidades; São Paulo, 1978.
Parque industrial. Reeditado em fac-símile, salvo a capa, com apresentação de Geraldo Galvão Ferraz. Editora Alternativa: São Paulo, 1981.
Parque industrial. 3ª ed., Porto Alegre: Mercado Aberto; São Paulo: EDUFSCar, 1994. (Novelas Exemplares).
Safra macabra. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998.
Nothing
terça-feira, 15 de junho de 2010
NOTHING (Patrícia Galvão - Pagu 1910-1962)
Nada mais do que nada
Porque vocês querem que exista apenas o nada
Pois existe o só nada
Um pára-brisa partido uma perna quebrada
O nada
Fisionomias massacradas
Tipóias em meus amigos
Portas arrombadas
Abertas para o nada
Um choro de criança
Uma lágrima de mulher à-toa
Que quer dizer nada
Um quarto meio escuro
Com um abajur quebrado
Meninas que dançavam
Que conversavam
Nada
Um copo de conhaque
Um teatro
Um precipício
Talvez o precipício queira dizer nada
Uma carteirinha de travel's check
Uma partida for two nada
Trouxeram-me camélias brancas e vermelhas
Uma linda criança sorriu-me quando eu a abraçava
Um cão rosnava na minha estrada
Um papagaio falava coisas tão engraçadas
Pastorinhas entraram em meu caminho
Num samba morenamente cadenciado
Abri o meu abraço aos amigos de sempre
Poetas compareceram
Alguns escritores
Gente de teatro
Birutas no aeroporto
E nada
Os contos policiais de King Shelter
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Centenário de Pagu: os contos policiais de King Shelter
Publiquei em em março de 2007 no PortoGente um artigo sobre os contos policiais de King Shelter. Agora que estão abertas as comemorações do centenário de Patrícia Galvão, volto a publicá-lo na Revista Pausa. O motivo? Leia abaixo:
Um conto policial da década de 40 assinado por King Shelter reúne no mesmo espaço narrativo formado por uma viagem entre dois portos duas matrizes narrativas típicas do século passado: a resolução de crimes e a história de amor com o par romântico formado por casal rica-pobre/rico-pobre.
É O mistério do navio perdido, publicado originalmente na revista Detetive, pulp fiction de origem nacional, isto é, ficção em papel barato, de polpa da madeira, cujos exemplos ainda estão nas bancas que vendem as histórias de Sabrina ou outros nomes de mulher e as histórias de cowboys e vaqueiros do velho oeste.
A citação do primeiro parágrafo é necessária para a apresentação das tramas relacionadas pelo enredo:
Todos os passageiros que estavam na sala de festas no navio ouviram o grito de angústia e terror que vinha do tombadilho. Quase todos, a um tempo, se precipitaram naquela direção. Estendida numa cadeira de lona, a cabeça quase que mergulhada no colo, coberta de sangue, estava uma mulher morta. Um objeto qualquer muito pesado ou manejado com muita força tinha lhe esfarelado o crânio. Contudo, o objeto usado pelo assassino (pois só um homem seria capaz de tal proeza) não fora encontrado.
I
A mulher morta é a srta. Blade. A resolução de seu assassinato está nas mãos do detetive particular Hope Hone, que viajava sob o disfarce de Roberts Own, um proprietário irlandês, para caçar o ladrão internacional Viollet, que deixava a Europa depois de ter resolvido "transportar o seu campo de ação para outro lado do mundo". Viollet saíra do porto de Liverpool, Inglaterra, embarcado no transatlântico Vampire (nome adequado a uma história de mistério) e em posse das jóias de lorde Tornhill. A missão de Hope Hone era encontrá-lo antes do desembarque no porto de Nova York, nos Estados Unidos. O assassinato da srta Blade detona o enredo de tramas intercaladas.
A história ocorre durante a Segunda Guerra Mundial e, para evitar ataque de submarinos, o capitão do navio determina à tripulação traçar uma rota mais longa, porém mais segura. Devido a esta medida, a vítima seria sepultada no mar, já que para o transatlântico "era impossível atingir qualquer porto naquelas circunstâncias". Por necessidade de camuflagem apenas as luzes de emergência e orientação eram acesas com o anoitecer:
Intenso nevoeiro envolvia o Vampire que cortava com extrema cautela as águas. Contudo não fazia muito frio. Ao contrário. A atmosfera parecia conter uma transcendência morna, o navio emitia estalidos sinistros, e navegava às escuras no mar atormentado pela guerra. Apenas as lâmpadas internas estavam acesas/, assim mesmo diminuídas, deixando passar através dos vidros enfumados das vigias uma tênue e fantasmal reverberação azulada que a própria neblina disfarçava. A que altura estaria o Vampire? Ninguém saberia dizer, ninguém tinha como certa a informação oficial que o capitão Chardin mandar fixar no quadro-negro. Para evitar o pânico, o jornal de bordo fora suspenso apesar das reclamações dos passageiros ávidos por notícias. Essas passavam algumas vezes de ouvido a ouvido, às vezes reais, às vezes deturpadas.
A impossibilidade de se atingir qualquer outro porto e a cena do nevoeiro provocam o clima de suspense – a imagem é bem de um filme noir – em que se movem os personagens; e também pactuam com o leitor do conto que o sucesso das investigações (o assassinato e o roubo das jóias) depende destas serem concluídas até a chegada a Nova York, prevista para dali a 24 horas, talvez 36.
II
Já a história do par romântico tem como protagonistas o irmão da srta Blade, Maurice, recém saído do "aristocrático" Saint-Cyr, e Germaine, passageira da terceira classe. Ele viajava a passeio "antes de se integrar na vida militar"; para ela, Nova York era uma escala até Nova Orleans, onde seu pai, que havia emigrado para lá anos antes, a esperava.
Os obstáculos interclassistas de Maurice Blade e Germaine estão em segundo plano. Assim como em Titanic, mas escrito cerca de 50 anos antes, o conflito de classes é menos importante para a provação do casal que o desastre – o impacto com um iceberg num caso e, no outro, o assassinato da irmã de um dos componentes do par, que deixou Maurice sem qualquer parente com vida. Na trama romântica, o assassinato não é o objeto da narrativa, sua função narrativa é aproximar o casal. Tanto que Germaine – moça de terceira classe (financeiramente falando) acostumada com as investidas dos rapazes da primeira (também apenas financeiramente) – só acredita na promessa de casamento de Maurice quando ele a mantém mesmo após a notícia da morte da irmã.
III
Não há como ter certeza sobre as intenções do autor, mas o narrador parece se divertir e nos divertir ao relatar uma cena em que as duas tramas – a policial e a amorosa – se misturam, levando o detetive a um revés na investigação: o local em que Hope Hone seguia uma pista dos criminosos era o mesmo em que o par romântico havia combinado para o encontro que definiria o futuro do casal, a plataforma dos botes salva-vidas, onde os ladrões haviam escondido o fruto de um crime oportunista, as jóias que a srta Blade usava quando fora atingida no tombadilho.
Ao perceber uma presença feminina no deck, o detetive salta de um dos botes e surpreende Germaine; com a chegada de Maurice, ele se dá conta da confusão ("Hope Hone verificou claramente que tinha sido logrado mais uma vez").
A cena apresenta um obstáculo a mais na corrida do detetive contra o tempo, mas o que só ela mostra é o que pode ocorrer quando tramas de gêneros diferentes se encontram no mesmo espaço narrativo.
Se brincarmos de Umberto Eco, a cena pode ser caracterizada como uma autoironia literária, em que o narrador comenta o próprio ofício de escrever, mecanismo que mais tarde seria classificado como um dos elementos definidores da literatura pós-moderna, ao lado da fragmentação da narrativa e da influência da e na cultura popular (o próprio Eco lembra que esses elementos podem ser encontrados por toda a história da literatura, sendo que a configuração deles a partir da segunda metade do século XX daria na explosão da pensamento pós-moderno nos anos 60 e 70).
IV
King Shelter surge para os leitores brasileiros no número 196 da revista Detetive com o conto A esmeralda azul do gato do Tibet, publicado em junho de 1944. Até dezembro do mesmo ano o autor escreveria para a revista, que era dirigida por Nelson Rodrigues. O conto aqui analisado está na coletânea Safra Macabra: contos policiais.
Esses sete meses formam todo o período de existência do autor, que nada mais era do que um dos muitos pseudônimos usados por Patrícia Galvão – o mais famoso deles, Pagu, acabou até sendo mais conhecido que o nome próprio da intelectual, escritora e militante, principalmente quando ela é tomada e reduzida a ícone feminista ou musa do modernismo. Patrícia Galvão (1910-1962) utilizava também os pseudônimos de Zazá, Pat, Pt, Patsy, Mara Lobo, Solange Sohl, Ariel, Gim, Léonie, entre outros, na lista que o crítico Geraldo Galvão Ferraz – filho de Patrícia – traça na apresentação dos contos de Safra Macabra.
King Shelter era publicado ao lado de nomes consagrados das histórias de crime e mistério como Sax Pohmer (criador do Fu Manchu), Maxwell Grant (O Sombra), H.G. Wells (Guerra dos mundos), além de G.K. Chesterton, Dashiel Hammett, Agatha Christie e Edgar Alan Poe, o criador do gênero. Essa convivência talvez tenha feito com que Patrícia Galvão ambientasse suas histórias na Inglaterra e na França com o objetivo de que os leitores brasileiros de histórias policiais, acostumados às convenções do gênero (como o nevoeiro e o crime na alta sociedade), não estranhassem a presença de elementos nacionais que poderiam tirar-lhes o foco da resolução da história – mas isso é só hipótese.
A imagem talvez seja forçada, mas acredito que vale pelo teor geral aqui do PortoGente: os contos de Safra Macabra, e até mesmo algumas considerações da introdução – nos levam a pensar que Patrícia Galvão escrevia histórias de crimes como um porto-indústria faz com seus produtos: importa seus elementos criados fora do país e os monta em território nacional. Outros elementos reforçam a caracterização da atividade intelectual de Patrícia Galvão como a de importadora de literatura.
Epílogo – a importadora de literatura
O termo – e em última instância, todo este texto – nasceu das conversas com Márcia Rodrigues da Costa, minha companheira, que fez sua dissertação de mestrado sobre o período em que a escritora trabalhou no jornal diário A Tribuna, em Santos, fazendo jornalismo cultural. As informações abaixo são de indicações ou leituras feitas por Márcia; já as besteiras, são minhas mesmo.
O papel de Patrícia Galvão no intercâmbio político e cultural entre o Brasil e a Europa, sobretudo a França, ia muito além da importação do gênero policial. De sua temporada na França, em 1934, devemos a tradução do primeiro trecho de Ulysses (1922), a primeira tradução do romance do irlandês James Joyce para o português, apesar de ter sido feita a partir da versão francesa – o que não é pecado algum: até pouco tempo atrás líamos o russo Dostoievski a partir das traduções para o francês.
Sua atuação como importadora e literatura continua produtiva em seus anos finais de vida, entre 1954 e 1962, ano de sua morte, quando escrevia para as seções de literatura, TV e cultura de A Tribuna. Lá, ela divulga a obra de autores como Fernando Pessoa (ainda pouco conhecido no País naquela década); traduz em 1954 A cantora careca, de Ionesco; em 1959 dirige, ao lado de Paulo Lara, Fando e Lis, de Fernando Arrabal; e, em 1960, traduz e dirige A filha de Rappaccini, do mexicano Octavio Paz.
Suas viagens como jornalista e ativista política fizeram com que mantivesse contato com uma série de figuras dos meios literário e intelectual da América do Sul e Europa. Em 1928, conhece Jorge Luis Borges e Victoria Ocampo em Buenos Aires. Em 1940, na carta-testamento que escreveria ao marido Geraldo Ferraz, ela lembraria do momento em que travou contato com a vanguarda literária Argentina e a compara com a vanguarda nacional:
Dois dias depois, já estava em contato com o grupo intelectual de vanguarda. Pouca gente, pois a estação já começava em Mar del Plata. Mallea, um dos elementos de maior destaque, que me tinha sido apresentado por Alfonso Reyes, logo que recebeu meu telefonema, procurou-me para introduzir-me no círculo da revista Sur [uma das mais importantes revistas culturais da América Latina], que acabava de se formar.
Aquelas assembléias literárias, como eram enfadonhas. O ambiente idêntico ao que conhecia cercando os intelectuais modernistas do Brasil. As mesmas polemicazinhas chochas, a mesma imposição da Inteligência, as mesmas comédias sexuais, o mesmo prefácio exibicionista para tudo.
Uma década depois, em suas viagens como repórter dos cariocas Diário de Notícias e Correio da Manhã e do paulistano Diário da Noite, ela viaja pela Califórnia, nos Estados Unidos, Japão, China, União Soviética, Polônia, Alemanha e França e mantém encontros com nomes como Raul Bopp, Sigmund Freud e Pu-Yi, o último imperador chinês, de quem recebe sementes de soja que mais tarde dariam início à cultura no Brasil (e, posteriormente, muitas toneladas de grãos à balança comercial do porto de Santos). No período em Paris, trabalha no jornal La Avant-Garde e traduz filmes.
Mais tarde, em 1960, iria ainda se encontrar no Brasil com Ionesco – que havia traduzido em 1954 – e Jean Paul Sartre. Símbolo de seu cosmopolitismo é o último texto, um poema cujo título é escrito em inglês, Nothing, publicado em A Tribuna em 1962.
Referências:
Patrícia Galvão (Pagu) como King Shelter. Safra Macabra: contos policiais. Introdução de Geraldo Galvão Ferraz. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998.
Patrícia Galvão. Paixão Pagu: uma autobiografia precoce de Patrícia Galvão. Organização de Geraldo Galvão Ferraz. Rio de Janeiro: Agir, 2005.
http://revistapausa.blogspot.com/2010/06/centenario-de-pagu-os-contos-policiais.html
Nothing
terça-feira, 15 de junho de 2010
NOTHING (Patrícia Galvão - Pagu 1910-1962)
Nada mais do que nada
Porque vocês querem que exista apenas o nada
Pois existe o só nada
Um pára-brisa partido uma perna quebrada
O nada
Fisionomias massacradas
Tipóias em meus amigos
Portas arrombadas
Abertas para o nada
Um choro de criança
Uma lágrima de mulher à-toa
Que quer dizer nada
Um quarto meio escuro
Com um abajur quebrado
Meninas que dançavam
Que conversavam
Nada
Um copo de conhaque
Um teatro
Um precipício
Talvez o precipício queira dizer nada
Uma carteirinha de travel's check
Uma partida for two nada
Trouxeram-me camélias brancas e vermelhas
Uma linda criança sorriu-me quando eu a abraçava
Um cão rosnava na minha estrada
Um papagaio falava coisas tão engraçadas
Pastorinhas entraram em meu caminho
Num samba morenamente cadenciado
Abri o meu abraço aos amigos de sempre
Poetas compareceram
Alguns escritores
Gente de teatro
Birutas no aeroporto
E nada
Os contos policiais de King Shelter
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Centenário de Pagu: os contos policiais de King Shelter
Publiquei em em março de 2007 no PortoGente um artigo sobre os contos policiais de King Shelter. Agora que estão abertas as comemorações do centenário de Patrícia Galvão, volto a publicá-lo na Revista Pausa. O motivo? Leia abaixo:
Um conto policial da década de 40 assinado por King Shelter reúne no mesmo espaço narrativo formado por uma viagem entre dois portos duas matrizes narrativas típicas do século passado: a resolução de crimes e a história de amor com o par romântico formado por casal rica-pobre/rico-pobre.
É O mistério do navio perdido, publicado originalmente na revista Detetive, pulp fiction de origem nacional, isto é, ficção em papel barato, de polpa da madeira, cujos exemplos ainda estão nas bancas que vendem as histórias de Sabrina ou outros nomes de mulher e as histórias de cowboys e vaqueiros do velho oeste.
A citação do primeiro parágrafo é necessária para a apresentação das tramas relacionadas pelo enredo:
Todos os passageiros que estavam na sala de festas no navio ouviram o grito de angústia e terror que vinha do tombadilho. Quase todos, a um tempo, se precipitaram naquela direção. Estendida numa cadeira de lona, a cabeça quase que mergulhada no colo, coberta de sangue, estava uma mulher morta. Um objeto qualquer muito pesado ou manejado com muita força tinha lhe esfarelado o crânio. Contudo, o objeto usado pelo assassino (pois só um homem seria capaz de tal proeza) não fora encontrado.
I
A mulher morta é a srta. Blade. A resolução de seu assassinato está nas mãos do detetive particular Hope Hone, que viajava sob o disfarce de Roberts Own, um proprietário irlandês, para caçar o ladrão internacional Viollet, que deixava a Europa depois de ter resolvido "transportar o seu campo de ação para outro lado do mundo". Viollet saíra do porto de Liverpool, Inglaterra, embarcado no transatlântico Vampire (nome adequado a uma história de mistério) e em posse das jóias de lorde Tornhill. A missão de Hope Hone era encontrá-lo antes do desembarque no porto de Nova York, nos Estados Unidos. O assassinato da srta Blade detona o enredo de tramas intercaladas.
A história ocorre durante a Segunda Guerra Mundial e, para evitar ataque de submarinos, o capitão do navio determina à tripulação traçar uma rota mais longa, porém mais segura. Devido a esta medida, a vítima seria sepultada no mar, já que para o transatlântico "era impossível atingir qualquer porto naquelas circunstâncias". Por necessidade de camuflagem apenas as luzes de emergência e orientação eram acesas com o anoitecer:
Intenso nevoeiro envolvia o Vampire que cortava com extrema cautela as águas. Contudo não fazia muito frio. Ao contrário. A atmosfera parecia conter uma transcendência morna, o navio emitia estalidos sinistros, e navegava às escuras no mar atormentado pela guerra. Apenas as lâmpadas internas estavam acesas/, assim mesmo diminuídas, deixando passar através dos vidros enfumados das vigias uma tênue e fantasmal reverberação azulada que a própria neblina disfarçava. A que altura estaria o Vampire? Ninguém saberia dizer, ninguém tinha como certa a informação oficial que o capitão Chardin mandar fixar no quadro-negro. Para evitar o pânico, o jornal de bordo fora suspenso apesar das reclamações dos passageiros ávidos por notícias. Essas passavam algumas vezes de ouvido a ouvido, às vezes reais, às vezes deturpadas.
A impossibilidade de se atingir qualquer outro porto e a cena do nevoeiro provocam o clima de suspense – a imagem é bem de um filme noir – em que se movem os personagens; e também pactuam com o leitor do conto que o sucesso das investigações (o assassinato e o roubo das jóias) depende destas serem concluídas até a chegada a Nova York, prevista para dali a 24 horas, talvez 36.
II
Já a história do par romântico tem como protagonistas o irmão da srta Blade, Maurice, recém saído do "aristocrático" Saint-Cyr, e Germaine, passageira da terceira classe. Ele viajava a passeio "antes de se integrar na vida militar"; para ela, Nova York era uma escala até Nova Orleans, onde seu pai, que havia emigrado para lá anos antes, a esperava.
Os obstáculos interclassistas de Maurice Blade e Germaine estão em segundo plano. Assim como em Titanic, mas escrito cerca de 50 anos antes, o conflito de classes é menos importante para a provação do casal que o desastre – o impacto com um iceberg num caso e, no outro, o assassinato da irmã de um dos componentes do par, que deixou Maurice sem qualquer parente com vida. Na trama romântica, o assassinato não é o objeto da narrativa, sua função narrativa é aproximar o casal. Tanto que Germaine – moça de terceira classe (financeiramente falando) acostumada com as investidas dos rapazes da primeira (também apenas financeiramente) – só acredita na promessa de casamento de Maurice quando ele a mantém mesmo após a notícia da morte da irmã.
III
Não há como ter certeza sobre as intenções do autor, mas o narrador parece se divertir e nos divertir ao relatar uma cena em que as duas tramas – a policial e a amorosa – se misturam, levando o detetive a um revés na investigação: o local em que Hope Hone seguia uma pista dos criminosos era o mesmo em que o par romântico havia combinado para o encontro que definiria o futuro do casal, a plataforma dos botes salva-vidas, onde os ladrões haviam escondido o fruto de um crime oportunista, as jóias que a srta Blade usava quando fora atingida no tombadilho.
Ao perceber uma presença feminina no deck, o detetive salta de um dos botes e surpreende Germaine; com a chegada de Maurice, ele se dá conta da confusão ("Hope Hone verificou claramente que tinha sido logrado mais uma vez").
A cena apresenta um obstáculo a mais na corrida do detetive contra o tempo, mas o que só ela mostra é o que pode ocorrer quando tramas de gêneros diferentes se encontram no mesmo espaço narrativo.
Se brincarmos de Umberto Eco, a cena pode ser caracterizada como uma autoironia literária, em que o narrador comenta o próprio ofício de escrever, mecanismo que mais tarde seria classificado como um dos elementos definidores da literatura pós-moderna, ao lado da fragmentação da narrativa e da influência da e na cultura popular (o próprio Eco lembra que esses elementos podem ser encontrados por toda a história da literatura, sendo que a configuração deles a partir da segunda metade do século XX daria na explosão da pensamento pós-moderno nos anos 60 e 70).
IV
King Shelter surge para os leitores brasileiros no número 196 da revista Detetive com o conto A esmeralda azul do gato do Tibet, publicado em junho de 1944. Até dezembro do mesmo ano o autor escreveria para a revista, que era dirigida por Nelson Rodrigues. O conto aqui analisado está na coletânea Safra Macabra: contos policiais.
Esses sete meses formam todo o período de existência do autor, que nada mais era do que um dos muitos pseudônimos usados por Patrícia Galvão – o mais famoso deles, Pagu, acabou até sendo mais conhecido que o nome próprio da intelectual, escritora e militante, principalmente quando ela é tomada e reduzida a ícone feminista ou musa do modernismo. Patrícia Galvão (1910-1962) utilizava também os pseudônimos de Zazá, Pat, Pt, Patsy, Mara Lobo, Solange Sohl, Ariel, Gim, Léonie, entre outros, na lista que o crítico Geraldo Galvão Ferraz – filho de Patrícia – traça na apresentação dos contos de Safra Macabra.
King Shelter era publicado ao lado de nomes consagrados das histórias de crime e mistério como Sax Pohmer (criador do Fu Manchu), Maxwell Grant (O Sombra), H.G. Wells (Guerra dos mundos), além de G.K. Chesterton, Dashiel Hammett, Agatha Christie e Edgar Alan Poe, o criador do gênero. Essa convivência talvez tenha feito com que Patrícia Galvão ambientasse suas histórias na Inglaterra e na França com o objetivo de que os leitores brasileiros de histórias policiais, acostumados às convenções do gênero (como o nevoeiro e o crime na alta sociedade), não estranhassem a presença de elementos nacionais que poderiam tirar-lhes o foco da resolução da história – mas isso é só hipótese.
A imagem talvez seja forçada, mas acredito que vale pelo teor geral aqui do PortoGente: os contos de Safra Macabra, e até mesmo algumas considerações da introdução – nos levam a pensar que Patrícia Galvão escrevia histórias de crimes como um porto-indústria faz com seus produtos: importa seus elementos criados fora do país e os monta em território nacional. Outros elementos reforçam a caracterização da atividade intelectual de Patrícia Galvão como a de importadora de literatura.
Epílogo – a importadora de literatura
O termo – e em última instância, todo este texto – nasceu das conversas com Márcia Rodrigues da Costa, minha companheira, que fez sua dissertação de mestrado sobre o período em que a escritora trabalhou no jornal diário A Tribuna, em Santos, fazendo jornalismo cultural. As informações abaixo são de indicações ou leituras feitas por Márcia; já as besteiras, são minhas mesmo.
O papel de Patrícia Galvão no intercâmbio político e cultural entre o Brasil e a Europa, sobretudo a França, ia muito além da importação do gênero policial. De sua temporada na França, em 1934, devemos a tradução do primeiro trecho de Ulysses (1922), a primeira tradução do romance do irlandês James Joyce para o português, apesar de ter sido feita a partir da versão francesa – o que não é pecado algum: até pouco tempo atrás líamos o russo Dostoievski a partir das traduções para o francês.
Sua atuação como importadora e literatura continua produtiva em seus anos finais de vida, entre 1954 e 1962, ano de sua morte, quando escrevia para as seções de literatura, TV e cultura de A Tribuna. Lá, ela divulga a obra de autores como Fernando Pessoa (ainda pouco conhecido no País naquela década); traduz em 1954 A cantora careca, de Ionesco; em 1959 dirige, ao lado de Paulo Lara, Fando e Lis, de Fernando Arrabal; e, em 1960, traduz e dirige A filha de Rappaccini, do mexicano Octavio Paz.
Suas viagens como jornalista e ativista política fizeram com que mantivesse contato com uma série de figuras dos meios literário e intelectual da América do Sul e Europa. Em 1928, conhece Jorge Luis Borges e Victoria Ocampo em Buenos Aires. Em 1940, na carta-testamento que escreveria ao marido Geraldo Ferraz, ela lembraria do momento em que travou contato com a vanguarda literária Argentina e a compara com a vanguarda nacional:
Dois dias depois, já estava em contato com o grupo intelectual de vanguarda. Pouca gente, pois a estação já começava em Mar del Plata. Mallea, um dos elementos de maior destaque, que me tinha sido apresentado por Alfonso Reyes, logo que recebeu meu telefonema, procurou-me para introduzir-me no círculo da revista Sur [uma das mais importantes revistas culturais da América Latina], que acabava de se formar.
Aquelas assembléias literárias, como eram enfadonhas. O ambiente idêntico ao que conhecia cercando os intelectuais modernistas do Brasil. As mesmas polemicazinhas chochas, a mesma imposição da Inteligência, as mesmas comédias sexuais, o mesmo prefácio exibicionista para tudo.
Uma década depois, em suas viagens como repórter dos cariocas Diário de Notícias e Correio da Manhã e do paulistano Diário da Noite, ela viaja pela Califórnia, nos Estados Unidos, Japão, China, União Soviética, Polônia, Alemanha e França e mantém encontros com nomes como Raul Bopp, Sigmund Freud e Pu-Yi, o último imperador chinês, de quem recebe sementes de soja que mais tarde dariam início à cultura no Brasil (e, posteriormente, muitas toneladas de grãos à balança comercial do porto de Santos). No período em Paris, trabalha no jornal La Avant-Garde e traduz filmes.
Mais tarde, em 1960, iria ainda se encontrar no Brasil com Ionesco – que havia traduzido em 1954 – e Jean Paul Sartre. Símbolo de seu cosmopolitismo é o último texto, um poema cujo título é escrito em inglês, Nothing, publicado em A Tribuna em 1962.
Referências:
Patrícia Galvão (Pagu) como King Shelter. Safra Macabra: contos policiais. Introdução de Geraldo Galvão Ferraz. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998.
Patrícia Galvão. Paixão Pagu: uma autobiografia precoce de Patrícia Galvão. Organização de Geraldo Galvão Ferraz. Rio de Janeiro: Agir, 2005.
http://revistapausa.blogspot.com/2010/06/centenario-de-pagu-os-contos-policiais.html
Ainda sobre...
domingo, 27 de junho de 2010
Pagu/ Patrícia Galvão
http://lizandradossantos-liz.blogspot.com/2010/06/pagu-patricia-galvao.html
Ainda sobre...
domingo, 27 de junho de 2010
Pagu/ Patrícia Galvão
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Pagú na Casa das Rosas
O jornalismo de Patrícia Galvão, a Pagu, será tema de uma mesa redonda na Casa das Rosas (Av. Paulista, 37, Bela Vista, São Paulo), no dia 29 (terça-feira), das 20h às 21h30, conduzida pelos jornalistas Geraldo Galvão Ferraz, filho de Patrícia, e por Márcia Costa, cujo mestrado focou-se no jornalismo cultural praticado por Patrícia nos seus últimos anos de vida. O evento integra a programação que celebra o centenário de nascimento de Patrícia (1910-1962) durante os meses de junho e julho, organizada por Lúcia Teixeira Furlani, pesquisadora de Pagu, o historiador Rudá K. Andrade, neto de Pagu, e pela equipe da Casa das Rosas.
Um amplo painel da atuação de Patrícia na imprensa será apresentado por Geraldo Galvão desde quando ela iniciou no Brás Jornal. Mais tarde, criaria com Oswald de Andrade o jornal O Homem do Povo e colaboraria com a Revista da Antropofagia. Foram décadas de atuação na imprensa até o seu falecimento, em 1962.
Geraldo Galvão é co-autor, junto com Lúcia Furlani, da obra VIVA PAGU – Fotobiografia de Patrícia Galvão, a ser lançada no dia primeiro de julho, na Casa das Rosas. Além de escritor, Geraldo atua como crítico literário e tradutor. Trabalhou nas revistas Veja, Isto É, Playboy, Cult, e nos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, entre outros. É autor de A empolgante história do romance policial. Recebeu dois prêmios Jabuti e atualmente coordena o Centro de Estudos Pagu Unisanta.
Márcia Costa abordará a atuação de Patrícia como jornalista e agitadora cultural em Santos, cidade onde viveu entre 1954 e 1962, ano de sua morte. Junto com Geraldo Ferraz, o companheiro também jornalista, Patrícia modernizou o jornalismo cultural atuando em A Tribuna, um dos mais antigos jornais do País. Ele, como editor do jornal; ela autora de várias colunas sobre teatro, televisão, literatura e crônicas sobre a cidade.
No curso de mestrado que finalizou em Comunicação Social na Universidade Metodista de São Paulo, em 2008, Márcia Costa pesquisou sobre a atuação desta intelectual, que extrapola as páginas do jornal e se expande por Santos, São Paulo, Rio de Janeiro, Paris... Para a pesquisa acadêmica aprofundou-se principalmente na coluna Literatura, e entrevistou cerca de 15 contemporâneos de Patrícia com atuação nas artes e no jornalismo local.
Nos últimos dois anos, Márcia, que vive em Santos, ampliou a pesquisa para a atuação de Patrícia no âmbito do teatro e no cotidiano da intelectual na cidade, abordando seu contato com os artistas locais, nacionais e internacionais e sua participação na política cultural do País. Este material, resultado da interpretação de mais de 300 textos de Patrícia em A Tribuna e da produção de cerca de 30 entrevistas, integrará o livro De Pagu a Patrícia, a ser lançado pela pesquisadora no dia 12 de dezembro, data de morte de Patrícia, por meio do Instituto Artefato Cultural (www.artefatocultural.com.br). A ideia é que a obra contribua com informações sobre a cultura de Santos, São Paulo e do País na década de 50.
A partir do acompanhamento da trajetória intelectual e da participação de Patrícia em A Tribuna e em outros jornais, a pesquisa identificou as características definidoras de sua produção (tanto como jornalista como quanto agitadora cultural) ao longo de quase quatro décadas: a busca constante pela divulgação da vanguarda, a preocupação didática, a autonomia intelectual, a defesa da literatura e do teatro como forma de emancipação do indivíduo o diálogo com os escritores e intelectuais locais, nacionais e internacionais.
O estudo situou Patrícia Galvão em uma geração que contribuiu para modernizar o debate de idéias e a própria linguagem dos periódicos. A produção destes intelectuais reforçou o papel do jornal como instrumento de análise e de crítica frente às discussões sobre cultura e sociedade, o que permite entender a imprensa como um território que abriga produções simbólicas diversas.
David Jackson - A produção de Patrícia ao longo de 30 anos na imprensa (artigos, reportagens, crônicas e críticas) está sendo reunida em quatro volumes de um livro, na Universidade de Yale, sob a coordenação do professor K. David Jackson, desde 2006. O trabalho conta com o apoio do Centro Unisanta de Estudos Pagu (Santos). Jackson falará sobre o jornalismo de Pagu em São Paulo e Santos no dia 1º de agosto, às 20h, também na Casadas Rosas.
Para conhecer a programação completa da Casa das Rosas no centenário de Pagu, clique aqui. Mais informações sobre o Centenário de Pagu em http://www.pagu.com.br/blog/home/
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Atendimento à imprensa (Mesa Redonda Pagu no Jornalismo)
Márcia Costa
Contatos: (13) 3227-6663 // 9126-7219
caisdasletras@terra.com.br
Pagú na Casa das Rosas
O jornalismo de Patrícia Galvão, a Pagu, será tema de uma mesa redonda na Casa das Rosas (Av. Paulista, 37, Bela Vista, São Paulo), no dia 29 (terça-feira), das 20h às 21h30, conduzida pelos jornalistas Geraldo Galvão Ferraz, filho de Patrícia, e por Márcia Costa, cujo mestrado focou-se no jornalismo cultural praticado por Patrícia nos seus últimos anos de vida. O evento integra a programação que celebra o centenário de nascimento de Patrícia (1910-1962) durante os meses de junho e julho, organizada por Lúcia Teixeira Furlani, pesquisadora de Pagu, o historiador Rudá K. Andrade, neto de Pagu, e pela equipe da Casa das Rosas.
Um amplo painel da atuação de Patrícia na imprensa será apresentado por Geraldo Galvão desde quando ela iniciou no Brás Jornal. Mais tarde, criaria com Oswald de Andrade o jornal O Homem do Povo e colaboraria com a Revista da Antropofagia. Foram décadas de atuação na imprensa até o seu falecimento, em 1962.
Geraldo Galvão é co-autor, junto com Lúcia Furlani, da obra VIVA PAGU – Fotobiografia de Patrícia Galvão, a ser lançada no dia primeiro de julho, na Casa das Rosas. Além de escritor, Geraldo atua como crítico literário e tradutor. Trabalhou nas revistas Veja, Isto É, Playboy, Cult, e nos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, entre outros. É autor de A empolgante história do romance policial. Recebeu dois prêmios Jabuti e atualmente coordena o Centro de Estudos Pagu Unisanta.
Márcia Costa abordará a atuação de Patrícia como jornalista e agitadora cultural em Santos, cidade onde viveu entre 1954 e 1962, ano de sua morte. Junto com Geraldo Ferraz, o companheiro também jornalista, Patrícia modernizou o jornalismo cultural atuando em A Tribuna, um dos mais antigos jornais do País. Ele, como editor do jornal; ela autora de várias colunas sobre teatro, televisão, literatura e crônicas sobre a cidade.
No curso de mestrado que finalizou em Comunicação Social na Universidade Metodista de São Paulo, em 2008, Márcia Costa pesquisou sobre a atuação desta intelectual, que extrapola as páginas do jornal e se expande por Santos, São Paulo, Rio de Janeiro, Paris... Para a pesquisa acadêmica aprofundou-se principalmente na coluna Literatura, e entrevistou cerca de 15 contemporâneos de Patrícia com atuação nas artes e no jornalismo local.
Nos últimos dois anos, Márcia, que vive em Santos, ampliou a pesquisa para a atuação de Patrícia no âmbito do teatro e no cotidiano da intelectual na cidade, abordando seu contato com os artistas locais, nacionais e internacionais e sua participação na política cultural do País. Este material, resultado da interpretação de mais de 300 textos de Patrícia em A Tribuna e da produção de cerca de 30 entrevistas, integrará o livro De Pagu a Patrícia, a ser lançado pela pesquisadora no dia 12 de dezembro, data de morte de Patrícia, por meio do Instituto Artefato Cultural (www.artefatocultural.com.br). A ideia é que a obra contribua com informações sobre a cultura de Santos, São Paulo e do País na década de 50.
A partir do acompanhamento da trajetória intelectual e da participação de Patrícia em A Tribuna e em outros jornais, a pesquisa identificou as características definidoras de sua produção (tanto como jornalista como quanto agitadora cultural) ao longo de quase quatro décadas: a busca constante pela divulgação da vanguarda, a preocupação didática, a autonomia intelectual, a defesa da literatura e do teatro como forma de emancipação do indivíduo o diálogo com os escritores e intelectuais locais, nacionais e internacionais.
O estudo situou Patrícia Galvão em uma geração que contribuiu para modernizar o debate de idéias e a própria linguagem dos periódicos. A produção destes intelectuais reforçou o papel do jornal como instrumento de análise e de crítica frente às discussões sobre cultura e sociedade, o que permite entender a imprensa como um território que abriga produções simbólicas diversas.
David Jackson - A produção de Patrícia ao longo de 30 anos na imprensa (artigos, reportagens, crônicas e críticas) está sendo reunida em quatro volumes de um livro, na Universidade de Yale, sob a coordenação do professor K. David Jackson, desde 2006. O trabalho conta com o apoio do Centro Unisanta de Estudos Pagu (Santos). Jackson falará sobre o jornalismo de Pagu em São Paulo e Santos no dia 1º de agosto, às 20h, também na Casadas Rosas.
Para conhecer a programação completa da Casa das Rosas no centenário de Pagu, clique aqui. Mais informações sobre o Centenário de Pagu em http://www.pagu.com.br/blog/home/
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Atendimento à imprensa (Mesa Redonda Pagu no Jornalismo)
Márcia Costa
Contatos: (13) 3227-6663 // 9126-7219
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Garimpando midia: Pagu
sexta-feira, 18 de junho de 2010
http://garimpandomidia.blogspot.com/2010/06/pagu.html
PAGÚ
Garimpando midia: Pagu
sexta-feira, 18 de junho de 2010
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PAGÚ
Os trabalhadores que participam de suas lutas
Os trabalhadores e aqueles que participam de suas lutas
Por blogdonpc
No dia 9 de junho completou-se o centenário do nascimento, em São João da Boa Vista, no Interior de São Paulo, de Patrícia Galvão. Jornalista, escritora, ativista política, a revolucionária Pagu participou da Semana de Arte Moderna, em 1922, e foi militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) por longos anos. Feminista, assinava a coluna A Mulher do Povo, na qual defendia direitos iguais para mulheres e homens.
Uma coluna como Debate Sindical, neste PortoGente, não poderia deixar de registrar que esta mulher fascinante foi presa, em Santos, pela primeira vez, em 15 de abril de 1931, por apoiar a greve dos estivadores. Na ocasião, colocou-se ao lado dos trabalhadores e foi ela quem, na Praça da República, amparou o corpo do estivador Herculano de Souza, morto pela polícia. Por apoiar a greve, Pagu foi colocada no Cárcere 3 da Casa de Câmara e Cadeia, na Praça dos Andradas, também em Santos. Foi a primeira mulher presa política no Brasil. Em 1933, publicou o romance Parque Industrial, que trata da vida das operárias da cidade de São Paulo.
Depois de um tempo na França, volta ao Brasil e participa da tentativa de Levante Comunista de 1935. Novamente é presa e torturada. Na prisão, conhece e se liga a Geraldo Ferraz, com quem atuará no grupo a Vanguarda Socialista. Na década de 1940 se desliga conflituosamente do PCB. Vive com Geraldo até sua morte, em 12 de dezembro de 1962, vítima de câncer.
No texto "Pagu: vida-obra, obravida, vida", Antonio Risério afirma ser insuportável que uma nuvem de fumaça envolva a figura de Patrícia Galvão, uma mulher que se recusou a limitar-se à rotina dos chamados serviços domésticos. "…Sabendo que este silêncio repressor é culturalmente desastroso, é hora de fazer uma algazarra e espantar os urubus. Mas nada de homenagens póstumas…O que conta é a homenagem viva. Pagu foi revolucionária na arte, na política e na prática da vida." E além disto tudo, foi uma mulher lutadora, sempre ligada ao mundo dos trabalhadores.
Fontes
http://sites.unisanta.br/pagu/navegador.htm
http://www.aleitamento.org.br/meninas/pagu.htm
http://www.oficinapagu.sp.gov.br/conteudo.php?cod=3
A coluna Debate Sindical, de Claudia Santiago, é publicada às segundas-feiras no site Porto Gente.
Tags: Pagu, Patrícia Galvão, revolucionária
http://blogdonpc.wordpress.com/2010/06/15/os-trabalhadores-e-aqueles-que-participam-de-suas-lutas/
Livro celebra o centenário de Pagu
Livro celebra o centenário de Pagu
Escritora, jornalista e uma das musas do movimento modernista, a polêmica Pagu comemoraria neste ano seu centenário e, para lembrar a data, será lançado hoje o livro Viva Pagu – Fotobiografia de Patrícia Galvão (ed. Unisanta, 348 págs., R$ 90).
A publicação foi escrita por Lúcia Maria Teixeira Furlani, que desde 1998 pesquisa sobre a vida da personagem, em parceria com o filho de Pagu, Geraldo Galvão Ferraz.
No livro, a vida de Pagu é dividida em três blocos. O primeiro vai até os 18 anos. O segundo começa no relacionamento dela com o modernista Oswald de Andrade, terminando com sua libertação em 1940, após passar quatro anos e meio em presídios políticos. Por fim, são relatados os últimos 22 anos de sua vida, nos quais Pagu se dedicou à militância cultural.
Apesar da ênfase nas imagens, o livro também contém desenhos e textos da artista.
Com documentos inéditos, fotobiografia retraça trajetória de Pagu
18/06/2010 - 17:59 - POR LU FERNANDES COMUNICAÇÃO | |||
Com documentos inéditos, fotobiografia retraça trajetória de Pagu | |||
"Viva Pagu Fotobiografia de Patrícia Galvão", de Lúcia Maria Teixeira Furlani e Geraldo Galvão Ferraz, será lançada dia 1º de julho, na Casa das Rosas, em São Paulo. A edição é da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e Editora Unisanta. No dia também será inaugurada a exposição com o mesmo nome, reproduzindo fotos e documentos do livro. É a obra mais completa realizada até agora sobre a musa modernista | |||
Escritora, jornalista, militante política e mulher de teatro, Patrícia Galvão (1910-1962) lutou com paixão em muitas trincheiras. "Viva Pagu Fotobiografia de Patrícia Galvão", de Lúcia Maria Teixeira Furlani e Geraldo Galvão Ferraz, coedição da Imprensa Oficial do Estado e da Editora Unisanta, retraça a rica trajetória da musa dos modernistas a partir de amplo material iconográfico e muitos documentos inéditos. O lançamento será dia 1º de julho, a partir das 19h30, na Casa das Rosas, à Avenida Paulista número 37. "Viva Pagu" também é o nome da mostra que será inaugurada no mesmo dia no local. Lucia Maria reuniu documentos de e sobre Pagu durante mais de vinte anos. Na fase final do processo, nos últimos cinco anos, contou com a ajuda do jornalista Geraldo Galvão Ferraz, filho da escritora. O livro traz muitas fotos, mas também desenhos, cartas e textos. Todas as cartas são inéditas, além de fotos e vários textos como "Microcosmo", que ela escreveu na prisão, em 1939, e duas peças teatrais inéditas: "Parque Industrial", baseada no romance homônimo publicado em 1933 e "Fuga e Variações", escrita em 1952. A autora comenta que Patrícia é personagem típica de um tempo de grandes paixões: "Ela documentou seu próprio cotidiano, marcado por uma busca constante. Esta fotobiografia recupera as oscilações de uma vida tumultuada, contraditória e destaca a intensidade com que ela abraçou as causas. Ainda é tudo muito atual, seus questionamentos, sua busca. O livro demonstra que sua vida valeu a pena". "Patrícia Galvão tem uma biografia extraordinária. Entregou-se de corpo e alma em várias frentes culturais e políticas, movida por ideais que continuam na ordem do dia, como a justiça social e a transformação do homem por meio da cultura", lembra Hubert Alquéres, diretor-presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. A vida de Pagu é apresentada em três blocos. O primeiro fala das origens da família e vai até os dezoito anos da biografada, quando conheceu o poeta modernista Raul Bopp, que a apresentou a Oswald de Andrade. O segundo bloco começa com o início de sua relação com Oswald, com quem teve um filho, Rudá, em 1930, e vai até sua libertação, em 1940, muito debilitada depois de passar quatro anos e meio em vários presídios políticos, onde sofreu torturas. Primeira mulher presa no Brasil por motivos políticos, em 1931, Pagu, foi detida dezenas de vezes por sua militância comunista. Entre 1933 e 1935 visitou a China, o Japão, a União Soviética e passou uma temporada em Paris, onde também foi presa. Durante a estadia em Moscou, desencantou-se com o comunismo, mas pouco depois de retornar ao Brasil, em 1935, foi presa em consequência do fracassado movimento comunista de 1935. Parte considerável da iconografia deste bloco é formada por reproduções facsimilares de cartas (principalmente as enviadas para Oswald, de quem se separou em 1935, e Rudá) e de informes e prontuários do Deops, mostrando que era vigiada de perto pelo governo de Getúlio Vargas. Os últimos 22 anos de sua vida são apresentados no terceiro bloco, período no qual a militância política aos poucos deu espaço à militância cultural. Pagu casou-se com Geraldo Ferraz e ambos trabalharam em vários jornais de São Paulo, Rio de Janeiro e Santos cidade onde se fixaram em 1954. Ela manteve intensa atividade como cronista e crítica literária, além de se envolver cada vez mais com teatro, traduzindo, produzindo e dirigindo peças de autores praticamente ignorados no Brasil dos anos 1950, como Francisco Arrabal, Eugène Ionesco e Octavio Paz. Tornou-se uma das principais animadoras do teatro amador santista, origem de nomes como Plínio Marcos. O volume traz ainda uma cronologia; uma bibliografia de obras de Patrícia Galvão; uma bibliografia sobre ela; um breve capítulo sobre o envolvimento de Pagu com a cidade de Santos, muito presente na vida dela na adolescência, na fase de militância política quando residiu na cidade e trabalhou como operária e nos últimos anos de vida. Os autores Lúcia Maria Teixeira Furlani é Mestre e Doutora em Psicologia da Educação, autora de "Pagu Livre na imaginação, no Espaço e no Tempo", "Croquis de Pagu" , " A Claridade da Noite " e dos infantis " Tudo É Possível " e "O Segredo da Longa Vida", entre outros. É presidente da Universidade Santa Cecília e presidente do Centro de Estudos Pagu Unisanta, em Santos. Geraldo Galvão Ferraz é jornalista, crítico literário e tradutor. Trabalhou nas revistas "Veja", "Isto É", "Playboy", "Cult", e nos jornais "O Estado de S.Paulo" e "Jornal da Tarde", entre outros. É autor de "A empolgante história do romance policial", recebeu dois prêmios Jabuti e atualmente coordena o Centro de Estudos Pagu Unisanta. Mais informações no site www.pagu.com.br
Twitter: @100anosdepagu Informações Lu Fernandes Comunicação e Imprensa | |||