Julga-se que D. Afonso VI sofreria de uma doença do foro psicológico chamada "Sociopatia". Henry Gleitman, in Psicologia, descreve assim esta doença:
O Sociopata é um indivíduo que está continuamente a envolver-se em sarilhos com o outro e com a sociedade. É totalmente egoísta, insensível, impulsivo e irresponsável. As suas dificuldades iniciam-se normalmente com (...) episódios de fuga de casa e com uma "adolescência selvagem" marcada por beligerância, experiências sexuais precoces e promiscuidade. Podem verificar-se igualmente infrações como atear fogos ou crueldade para com os animais. Posteriormente surgem várias ofensas menores que freqüentemente escalam para sérios delitos legais e sociais. Mas as características particulares dos sociopatas são ainda mais graves, dado serem totalmente desprovidos de sentimentos genuínos de amor ou de lealdade para com qualquer pessoa ou grupo. Manifestam igualmente relativa inexistência de culpa ou ansiedade. Como resultado, o sociopata é uma criatura do presente cujo principal objetivo é o de gratificar os impulsos imediatos, com poucas preocupações relativamente ao futuro e ainda menos remorso relativamente ao passado. Os sociopatas não estão verdadeiramente socializados. Não se trata de animais de matilha mas sim de genuínos solitários. (...) Os sociopatas não obedecem a qualquer código de conduta, entregando-se prontamente aos impulsos do momento.: