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A aventura de Patrícia Galvão pelo mundo da arte

A aventura de Patrícia Galvão pelo mundo da arte

sexta-feira, 2 de julho de 2010

SÁBADO, 5 DE JUNHO DE 2010

A aventura de Patrícia Galvão pelo mundo da arte

http://revistapausa.blogspot.com/2010/06/aventura-de-patricia-galvao-pelo-mundo.html
Márcia Costa

Ela faria cem anos no dia 09 de junho. Mulher que deixou marcas, Patrícia Galvão (1910-1962) continua presente entre todos que de alguma forma a conheceram, seja porque conviveram com ela ou porque pesquisaram sua vida-obra. Independente de como o caminho das pessoas se cruza com o de Patrícia, arrisco dizer que é unânime o reconhecimento da pessoa no mínimo instigante que era.


Patrícia Galvão por Portinari

O centenário de nascimento de Patrícia Galvão surge como uma oportunidade de acrescentar outra faceta àquelas mais conhecidas – a de musa modernista e militante comunista: é a sua intensa e apaixonada contribuição para a a produção e difusão da literatura e do teatro do século XX no Brasil, tanto por meio de sua ação como agitadora, como atuando como jornalista cultural, além de sua produção como ficcionista, critica literária e de teatro, tradutora e diretora, atividades que manteve até pouco tempo antes de morrer, em Santos.

Santos, São Paulo, Brasília e várias cidades do país prestam homenagem a Patrícia em seu centenário. Nos meses de junho e julho, na Casa das Rosas, na capital, haverá apresentações, oficinas, reflexões e releituras das múltiplas facetas dessa poeta, intelectual, militante política e jornalista. Uma forma de conhecer um pouco mais da história, obras e pensamento de Pagu, convida Rudá K. Andrade, historiador, cineasta e neto de Patrícia.

Na abertura oficial das comemorações, em 9 de junho, a partir das 19 horas, a atriz Miriam Freeland (que interpretou Pagu na minissérie Um só Coração, de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira) fará a leitura de cartas trocadas entre Pagu e personagens que revolucionaram o mundo das artes e da cultura no Brasil.

A professora Lúcia Maria Teixeira Furlani, que desde 1998 pesquisa a vida da musa do Modernismo, falará sobre as várias fases de Patrícia, uma mulher de vida tumultuada, agitadora política e cultural de vários tempos. "Afinal, quem era Pagu? Vamos passar por sua infância, pela adolescência quando já escandalizava as bem-pensantes famílias paulistanas com suas roupas e maquiagem, e até o seu romance proibido com o galã Olympio Guilherme. Em seguida, sua 'adoção' pelo casal Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, que terminou em novo escândalo quando Oswald de Andrade separou-se de Tarsila e acabou casando com a jovem normalista. O nascimento de seu filho Rudá, o encontro com Luiz Carlos Prestes, o ativismo político e até o final de sua vida,com a militância cultural, em Santos, casada com o escritor Geraldo Ferraz", adianta.

Lúcia é autora de livros sobre Patrícia Galvão e fundadora do Centro Pagu Unisanta, que reúne um acervo de mais de 3 mil documentos. Junto com Geraldo Galvão Ferraz, filho de Pagu e Geraldo Ferraz, escreveu o livro Viva Pagu – Fotobiografia de Patrícia Galvão, com lançamento pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e Editora Unisanta em 1º de julho, na Casa das Rosas Ainda como parte das comemorações do centenário, será inaugurada uma exposição no mesmo dia e local reunindo documentos e fotos inéditos da vida de Pagu, em parceria com a Universidade Santa Cecília, de Santos. Em Santos, em 16 de junho, será aberta a exposiçãoSantos e Pagu no Museu do Café. O lançamento do livro de Lúcia e Geraldo Galvão será em 12 de agosto na Unisanta.

Junto com Juliana Neves, terei o prazer de participar dessa programação discutindo o papel de Patrícia no jornalismo. Neste campo, um dos trabalhos de maior expressão dela foi a criação, nos anos 40, junto com o companheiro e também jornalista Geraldo Ferraz, do Suplemento Cultural do jornal Diário de S. Paulo, tema da dissertação de mestrado de Juliana Neves na área de Ciências Sociais, publicada em livro em 2005 sob o título Geraldo Ferraz e Patrícia Galvão: a experiência do Suplemento Literário de Diário de São Paulo nos anos 40. Além de mostrar a atuação do casal no jornal, o livro é um retrato da cultura paulistana nos anos 40.

Depois que o Suplemento acabou, Patrícia e Ferraz vieram para Santos, onde mantiveram trabalho de mesmo nível. Ele, editor do jornal A Tribuna; ela, autora de colunas sobre teatro, televisão, literatura e crônicas sobre a cidade em um dos diários mais antigos do país. Na dissertação de mestrado em Comunicação Social que defendi em 2008 pesquisei em A Tribuna a atuação desta intelectual, que extrapola as páginas do jornal e se espalha por Santos, São Paulo, Rio de Janeiro, Paris..., cidades que ela visitava para se atualizar e para encontrar amigos, com os quais dialogava sobre o universo cultural. Para a pesquisa acadêmica aprofundei-me sobre o estudo da coluna Literatura, e entrevistei cerca de 30 testemunhas da época. Inspirada pela proposta sociológica de investigação de Juliana, nos últimos dois anos ampliei a pesquisa para a atuação de Patrícia no âmbito do teatro e do seu cotidiano em Santos. Este material estará reunido no livro De Pagu a Patrícia, que pretendo lançar pelo Instituto Artefato Cultural em dezembro, mês do seu falecimento, uma forma de lembrar seu legado, que se mantém vivo e atual. Eu e Juliana Neves dividiremos a mesa Pagu no Jornalismo, na Casa das Rosas, no dia 29, às 20 horas.

A produção de Patrícia ao longo de 30 anos na imprensa está sendo reunida em uma obra de quatro volumes sob a coordenação do professor K. David Jackson, da Universidade de Yale. Este trabalho de fôlego, realizado pelo professor desde 2006, conta com o apoio do Centro Unisanta de Estudos Pagu (Santos). Jackson falará sobre o jornalismo realizado por Pagu em São Paulo e Santos no dia 1º de agosto, às 20h.

Entre outras atividades também na Casa das Rosas, estão a apresentação de Angu de Pagu, espetáculo que conta a história de diversas "Pagus" em seis momentos marcantes de sua vida, dirigido por Gal Martins. Entre as mesas redondas, cito Pagu no Cinema, conduzida por Rudá K. Andrade e Pedro Paulo Rocha. Haverá ainda palestras sobre a relação de Patrícia com o teatro, como Pagu na Dramaturgia, com Christiane Tricerri, e outra sobre o interesse de Pagu pelo teatro nos últimos dez anos de sua vida, ministrada por Lúcia Furlani. A primeira Edição Especial da Revista Cultural, lançada no local, será dedicada a Pagu.

Além da justa homenagem, a diversidade da programação traduz o próprio espírito de Patrícia, uma aventureira – no sentido em que ela mesma definia o escritor e intelectual de vanguarda – sempre arrebatada pela arte: "A minha possível irresponsabilidade recusa fechar a única porta para um mundo erigido de acordo com o nosso desejo. Que seria da vida sem poesia?".

Para a programação completa, clique aqui.

Mais informações »
Teatro na Fábrica de Expressão lembra 100 anos de Pagu

Teatro na Fábrica de Expressão lembra 100 anos de Pagu

Teatro na Fábrica de Expressão lembra 100 anos de Pagu
1/6/2010 14:07:58
http://www.jornaldemocrata.com.br/materias/read.asp?Id=7032&Secao=124

A Fábrica de Expressão recebe neste domingo, 30, a partir das 20h00, a peça "As Pagus". O espetáculo faz parte do Circuito Cultural Paulista.

Os ingressos estão sendo distribuído gratuitamente no teatro, localizado na rua Francisco Glicério, 64, Centro. Mais informações poderão ser obtidas pelo telefone 3681 3318.

Curta-espetáculo criado a partir de textos de Pagu e de experiência de pesquisa, entrevistas, encenações e workshops já realizados pelas atrizes Christiane Tricerri e Majeca Angelucci, a peça desperta a ideia de múltiplas Pagus existentes em cada mulher Brasil afora. 

Segundo os organizadore, trata-se de uma síntese de vida-obra onde suas personagens desaparecem, aparentemente, dando lugar à própria Patrícia Galvão, "dentro e fora de si mesma com o olhar transformador de cada novo instante de sua vida, onde sempre confundiu-se experiência e realidade com sua obra viva".

Patrícia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu, nascida em São João da Boa Vista em 9 de junho de 1910, foi uma escritora e jornalista brasileira. Militante comunista, teve grande destaque no movimento modernista iniciado em 1922. Morreu em Santos, em 1962.

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A aventura de Patrícia Galvão pelo mundo da arte

SÁBADO, 5 DE JUNHO DE 2010

A aventura de Patrícia Galvão pelo mundo da arte

http://revistapausa.blogspot.com/2010/06/aventura-de-patricia-galvao-pelo-mundo.html
Márcia Costa

Ela faria cem anos no dia 09 de junho. Mulher que deixou marcas, Patrícia Galvão (1910-1962) continua presente entre todos que de alguma forma a conheceram, seja porque conviveram com ela ou porque pesquisaram sua vida-obra. Independente de como o caminho das pessoas se cruza com o de Patrícia, arrisco dizer que é unânime o reconhecimento da pessoa no mínimo instigante que era.


Patrícia Galvão por Portinari

O centenário de nascimento de Patrícia Galvão surge como uma oportunidade de acrescentar outra faceta àquelas mais conhecidas – a de musa modernista e militante comunista: é a sua intensa e apaixonada contribuição para a a produção e difusão da literatura e do teatro do século XX no Brasil, tanto por meio de sua ação como agitadora, como atuando como jornalista cultural, além de sua produção como ficcionista, critica literária e de teatro, tradutora e diretora, atividades que manteve até pouco tempo antes de morrer, em Santos.

Santos, São Paulo, Brasília e várias cidades do país prestam homenagem a Patrícia em seu centenário. Nos meses de junho e julho, na Casa das Rosas, na capital, haverá apresentações, oficinas, reflexões e releituras das múltiplas facetas dessa poeta, intelectual, militante política e jornalista. Uma forma de conhecer um pouco mais da história, obras e pensamento de Pagu, convida Rudá K. Andrade, historiador, cineasta e neto de Patrícia.

Na abertura oficial das comemorações, em 9 de junho, a partir das 19 horas, a atriz Miriam Freeland (que interpretou Pagu na minissérie Um só Coração, de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira) fará a leitura de cartas trocadas entre Pagu e personagens que revolucionaram o mundo das artes e da cultura no Brasil.

A professora Lúcia Maria Teixeira Furlani, que desde 1998 pesquisa a vida da musa do Modernismo, falará sobre as várias fases de Patrícia, uma mulher de vida tumultuada, agitadora política e cultural de vários tempos. "Afinal, quem era Pagu? Vamos passar por sua infância, pela adolescência quando já escandalizava as bem-pensantes famílias paulistanas com suas roupas e maquiagem, e até o seu romance proibido com o galã Olympio Guilherme. Em seguida, sua 'adoção' pelo casal Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, que terminou em novo escândalo quando Oswald de Andrade separou-se de Tarsila e acabou casando com a jovem normalista. O nascimento de seu filho Rudá, o encontro com Luiz Carlos Prestes, o ativismo político e até o final de sua vida,com a militância cultural, em Santos, casada com o escritor Geraldo Ferraz", adianta.

Lúcia é autora de livros sobre Patrícia Galvão e fundadora do Centro Pagu Unisanta, que reúne um acervo de mais de 3 mil documentos. Junto com Geraldo Galvão Ferraz, filho de Pagu e Geraldo Ferraz, escreveu o livro Viva Pagu – Fotobiografia de Patrícia Galvão, com lançamento pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e Editora Unisanta em 1º de julho, na Casa das Rosas Ainda como parte das comemorações do centenário, será inaugurada uma exposição no mesmo dia e local reunindo documentos e fotos inéditos da vida de Pagu, em parceria com a Universidade Santa Cecília, de Santos. Em Santos, em 16 de junho, será aberta a exposiçãoSantos e Pagu no Museu do Café. O lançamento do livro de Lúcia e Geraldo Galvão será em 12 de agosto na Unisanta.

Junto com Juliana Neves, terei o prazer de participar dessa programação discutindo o papel de Patrícia no jornalismo. Neste campo, um dos trabalhos de maior expressão dela foi a criação, nos anos 40, junto com o companheiro e também jornalista Geraldo Ferraz, do Suplemento Cultural do jornal Diário de S. Paulo, tema da dissertação de mestrado de Juliana Neves na área de Ciências Sociais, publicada em livro em 2005 sob o título Geraldo Ferraz e Patrícia Galvão: a experiência do Suplemento Literário de Diário de São Paulo nos anos 40. Além de mostrar a atuação do casal no jornal, o livro é um retrato da cultura paulistana nos anos 40.

Depois que o Suplemento acabou, Patrícia e Ferraz vieram para Santos, onde mantiveram trabalho de mesmo nível. Ele, editor do jornal A Tribuna; ela, autora de colunas sobre teatro, televisão, literatura e crônicas sobre a cidade em um dos diários mais antigos do país. Na dissertação de mestrado em Comunicação Social que defendi em 2008 pesquisei em A Tribuna a atuação desta intelectual, que extrapola as páginas do jornal e se espalha por Santos, São Paulo, Rio de Janeiro, Paris..., cidades que ela visitava para se atualizar e para encontrar amigos, com os quais dialogava sobre o universo cultural. Para a pesquisa acadêmica aprofundei-me sobre o estudo da coluna Literatura, e entrevistei cerca de 30 testemunhas da época. Inspirada pela proposta sociológica de investigação de Juliana, nos últimos dois anos ampliei a pesquisa para a atuação de Patrícia no âmbito do teatro e do seu cotidiano em Santos. Este material estará reunido no livro De Pagu a Patrícia, que pretendo lançar pelo Instituto Artefato Cultural em dezembro, mês do seu falecimento, uma forma de lembrar seu legado, que se mantém vivo e atual. Eu e Juliana Neves dividiremos a mesa Pagu no Jornalismo, na Casa das Rosas, no dia 29, às 20 horas.

A produção de Patrícia ao longo de 30 anos na imprensa está sendo reunida em uma obra de quatro volumes sob a coordenação do professor K. David Jackson, da Universidade de Yale. Este trabalho de fôlego, realizado pelo professor desde 2006, conta com o apoio do Centro Unisanta de Estudos Pagu (Santos). Jackson falará sobre o jornalismo realizado por Pagu em São Paulo e Santos no dia 1º de agosto, às 20h.

Entre outras atividades também na Casa das Rosas, estão a apresentação de Angu de Pagu, espetáculo que conta a história de diversas "Pagus" em seis momentos marcantes de sua vida, dirigido por Gal Martins. Entre as mesas redondas, cito Pagu no Cinema, conduzida por Rudá K. Andrade e Pedro Paulo Rocha. Haverá ainda palestras sobre a relação de Patrícia com o teatro, como Pagu na Dramaturgia, com Christiane Tricerri, e outra sobre o interesse de Pagu pelo teatro nos últimos dez anos de sua vida, ministrada por Lúcia Furlani. A primeira Edição Especial da Revista Cultural, lançada no local, será dedicada a Pagu.

Além da justa homenagem, a diversidade da programação traduz o próprio espírito de Patrícia, uma aventureira – no sentido em que ela mesma definia o escritor e intelectual de vanguarda – sempre arrebatada pela arte: "A minha possível irresponsabilidade recusa fechar a única porta para um mundo erigido de acordo com o nosso desejo. Que seria da vida sem poesia?".

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Museu do Cafe recebe exposição sobre os 100 anos de Pagú.

Museu do Cafe recebe exposição sobre os 100 anos de Pagú.

http://destaknews.blogspot.com/2010/06/museu-do-cafe-em-santossp-recebe.html
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Fotobiografia e pesquisa reavivam veia crítica de Pagu

Fotobiografia e pesquisa reavivam veia crítica de Pagu

Fotobiografia e pesquisa reavivam veia crítica de Pagu

http://blogdofavre.ig.com.br/2010/06/fotobiografia-e-pesquisa-reavivam-veia-critica-de-pagu/

Livro com imagens e textos inéditos sai em 1º de julho e compilação da produção jornalística, no fim do ano

Professor americano prepara quatro volumes com artigos de Pagu e compara painel à obra de Pedro Nava

Pagu
Pagu em 1929, ano em que se envolve com Oswald de Andrade, com quem se casa


FABIO VICTOR E MARCO RODRIGO ALMEIDA – FOLHA SP

Patrícia Galvão, a Pagu (1910-1962), virou filme, personagem de minissérie televisiva e música de Rita Lee.
O apelo de musa iconoclasta e agitadora política moldou a construção de uma figura meio cult, meio pop.
Mas agora, no aniversário de cem anos de seu nascimento, comemorados na próxima quarta, a imagem consagrada dará espaço à de uma outra e menos conhecida Pagu, a intelectual, culta e articulista prolífica.
Uma fotobiografia com documentos, imagens e cartas inéditos, a ser lançada em 1º de julho, e a edição, em quatro volumes, de 30 anos de produção jornalística de Pagu -que deve sair no final do ano-, são as principais iniciativas para desestigmatizar a mulher-escândalo.
"A imagem da menina que roubou Oswald da mulher [Tarsila] e andava com roupas escandalosas se estendeu para o tempo da militância política, tanto que o partido [comunista] a considerava uma burguesinha. Ela lutou muito contra isso, mas a fama permaneceu", conta Geraldo Galvão Ferraz, o Kiko, filho de Pagu com o modernista Geraldo Ferraz.
Ele é coautor, com Lúcia Furlani, presidente do Centro de Estudos Pagu, de "Viva Pagu – Fotobiografia de Patrícia Galvão" (Imprensa Oficial/Editora Unisanta), com 400 imagens, entre retratos e fac-símiles, textos introdutórios e trechos de duas peças teatrais inéditas de Pagu.
Segundo Kiko, coube a Augusto de Campos, com "Pagu Vida-Obra", de 1982, o início da valorização intelectual da sua mãe. Em 2005 vieram o livro "Paixão Pagu" e a página www.pagu.com.br.

PASSO DECISIVO
Mas, diz ele, o passo decisivo será a compilação da produção jornalística de Pagu, trabalho do professor Keneth David Jackson, da Universidade Yale (EUA), que traduziu "Parque Industrial" para o inglês e se apaixonou pela obra de Pagu.
Jackson cuida da edição há 20 anos e já tem prontos quatro volumes: 1) assuntos políticos e crítica social; 2) crítica de literatura e arte brasileira; 3) crítica de teatro; 4) a "Antologia da Literatura Estrangeira", na qual apresentou e traduziu mais de 90 autores internacionais.
A pesquisa vai de 1931 a 1961, em nove periódicos.
"É muita coisa. Há poucos casos de 30 anos de produção contínua. Acho que equivale a um Pedro Nava, melhor do que o "Jornal de Crítica" de Álvaro Lins ou o "Diário Crítico" de Sérgio Milliet", disse Jackson à Folha.
Segundo Kiko, as editoras da USP, da Unicamp e da Unisanta devem se unir para publicar os volumes.

http://cearensesinternacionais.files.wordpress.com/2009/03/pagu.jpg

Quando se nasce em países subdesenvolvidos, o remédio aos que sentem "inquietações de inteligência" como tão harmoniosamente falava Lima Barreto, é exilar-se, amargar o pão do estrangeiro, ir pelo mundo; ou ficar por aqui mesmo a lutar para que sobrevivam os produtos daquelas inquietações. Nós ficamos. E lutaremos. Este o nosso até logo, embora sem saber até quando. 
Em 26.mar.61, sob o pseudônimo Mara Lobo, no jornal "A Tribuna", de Santos

http://www.ifch.unicamp.br/ael/imagens/website-ael_c_pagu/pagu-00002.gif

RAIO-X PAGU

MUSA ESCANDALOSA 
Patrícia Rehder Galvão nasce em 9 de junho de 1910, em São João da Boa Vista (SP). Aos 18, frequenta a casa de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral e vira musa dos modernistas. Inicia romance com Oswald. Casam-se em 1930, num cemitério.

MILITANTE POLÍTICA 
Em 1931, filia-se ao PCB. É detida por participar da Intentona Comunista de 1935. Foi presa mais de 20 vezes e torturada.

ESCRITORA E JORNALISTA 
Publica em 1933 o romance proletário "Parque Industrial". Traduz textos de Joyce, Octávio Paz, e Ionesco, entre outros. Atua no jornalismo por 30 anos, em diversos jornais e periódicos. Morre em Santos, em 12 de dezembro de 1962.

http://www.universiabrasil.net/images/materias/pagu/pagu002.jpg

Lançamento cobre da jovem sedutora à mulher angustiada

DE SÃO PAULO

Há 22 anos estudando vida e obra de Pagu, a professora Lúcia Furlani ainda hoje se surpreende com a complexidade da sua pesquisada.
Coautora da fotobiografia "Viva Pagu" -a ser lançada em 1º de julho, ainda sem preço definido-, ela sustenta que o lançamento cobre um pouco das tantas Pagus.
Se os retratos da década de 1920 trazem uma Pagu bela e ousada, estilizada como uma estrela de cinema, a partir de 1940 ela está mais austera, contida e resignada.
É uma mulher desiludida com o PCB (Partido Comunista Brasileiro) e atormentada com os sacrifícios da militância -entre eles a pouca convivência com o primeiro filho, Rudá de Andrade (1930-2009), do casamento com Oswald de Andrade.
Ao se filiar ao PCB em 1931, Pagu abre mão da vida familiar. Muda-se para o Rio, onde trabalha como metalúrgica e tecelã. "Minha finalidade é muito maior e difícil de alcançar", escreve em 1934.
"Pagu vivia em constante angústia. Nunca se satisfazia", comenta Furlani, presidente do Centro de Estudos Pagu, da Universidade Santa Cecília, de Santos (SP).
O crescente desapontamento com o regime comunista se acentua quando visita a Rússia, em 1934.
Após seguidas prisões, entre outras coisas por participar do Levante Comunista de 1935, é expulsa do PCB. "Reduziram-me ao trapo", escreve sobre o partido em 1950.
O casamento com Geraldo Ferraz em 1940 a tranquiliza, mas não aplaca a angústia. Em 1949 faria a primeira de duas tentativas de suicídio. A bala quase atinge o olho.
A segunda, também com revólver, ocorre após diagnosticar um câncer de pulmão em 1962. Pagu morre da doença em dezembro do mesmo ano, aos 52 anos.
"Ela viveu intensamente os principais momentos do século 20. Essa entrega cega deixou marcas físicas e psicológicas", analisa Furlani.
Segundo Geraldo Galvão Ferraz, filho de Pagu que assina a fotobiografia com Furlani, o texto do livro é "enxuto, didático, sem literatices nem filosofia". (FV e MRA)

Tags: biografias, Keneth David Jackson, livros, pagu

1 COMENTÁRIO PARA "Fotobiografia e pesquisa reavivam veia crítica de Pagu":

Comentado por Regiani Moraes em 05/06/2010 - 16:19h:

"Sonhe. Tenha até pesadelos, se necessário for. Mas sonhe."
Salve Patricia Galvão!

 
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Exposição e livro comemoram os 100 anos de Pagu

Exposição e livro comemoram os 100 anos de Pagu

Exposição e livro comemoram os 100 anos de Pagu = Ela completaria 100 anos no último dia 9. Jornalista, artista plástica, poetisa e musa revolucionária da terceira fase do Movimento Modernista, Patrícia Rehder Galvão teve vida intensa. Para celebrar o centenário de Pagu – como ela era conhecida –, o filho da artista, Geraldo Galvão Ferraz, 69 anos, organizou a fotobiografia Viva Pagu, em coautoria com Lúcia Maria Teixeira Furlani, presidente do Centro de Estudos Pagu Unisanta, em Santos. Com 348 páginas, nas quais estão publicados desenhos, fotografias, cartas e textos inéditos escritos por Pagu, a obra deu origem a uma mostra de mesmo nome. Em cartaz na Casa das Rosas, na Avenida Paulista, até 8 de agosto, a exposição ocupa três salas, em que estão dispostos painéis que reproduzem parte do material publicado no livro. A exposição Viva Pagu acontece na Casa das Rosas (Av. Paulista, 37), de terça a sábado, das 10h às 22h. Domingos e feriados das 10h às 18h. Até 8 de agosto. Grátis. Já a Fotobiografia `Viva Pagu', de Geraldo Galvão Ferraz e Lucia Furlani (Ed. Imprensa Oficial)  custa R$ 90. (Jornal da Tarde/SP)

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