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História, Cinema e música

História, Cinema e música

sábado, 17 de dezembro de 2011
A revista Tempos Históricos, da UNIOESTE, está online, com o dossiê História, Cinema e Música.
http://e-revista.unioeste.br/index.php/temposhistoricos/issue/current
Abraço a todos
Geni Rosa Duarte
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Análise: O mundo após o 11 de setembro

Análise: O mundo após o 11 de setembro

terça-feira, 22 de novembro de 2011
LIONEL BARBER
DO "FINANCIAL TIMES"
11/09/2011
Na manhã de 11 de setembro de 2001, as perspectivas dos Estados Unidos pareciam tão ensolaradas quanto o límpido céu azul sobre o centro de Manhattan. O preço do petróleo cru de Brent estava em US$28 o barril, o governo federal tinha um superávit orçamentário, a economia americana estava dando uma virada (embora de modo imperceptível) após o crash das empresas ponto.com. O país mais poderoso do mundo estava em paz.
Dez anos mais tarde, o preço do petróleo está em torno de US$115 o barril, o déficit orçamentário dos EUA é projetado para chegar a US$1,58 bilhão em 2011, o maior na história do país; a economia continua a enfrentar problemas profundos, após o crash financeiro de 2008; e os serviços militar e de inteligência americanos continuam em guerra, lutando contra insurgências e terrorismo islâmico radical, desde o Afeganistão e o Paquistão até o Níger e o Iêmen.
O almirante William Mullen, presidente do Estado-Maior Conjunto e prestes a deixar o cargo, descreveu a dívida nacional como a maior ameaça à segurança nacional dos EUA. O rebaixamento recente da classificação de crédito dos EUA, feito pela agência Standard & Poor's, parece confirmar o escorregar constante para baixo da superpotência. E, embora não exista narrativa linear conectando os ataques de setembro de 2001 à difícil situação econômica atual dos Estados Unidos, o custo da "guerra global ao terror" que se seguiu aos ataques que, já computada a inflação, chega a mais de US$ 2 trilhões já equivale a duas vezes o custo da Guerra do Vietnã.
A resposta do presidente George W. Bush ao ataque às torres gêmeas e ao Pentágono foi lançar duas guerras, contra o Afeganistão e o Iraque _um unilateralismo beligerante às expensas das alianças e das leis internacionais, e uma promoção quase evangélica da democracia liberal no Oriente Médio. As políticas intransigentes de sua administração fraturaram alianças na Europa e desencadearam uma queda acentuada na consideração em que a América é tida no exterior.
Do lado positivo dessa contabilidade, a América escapou até agora de outro ataque terrorista em seu próprio solo. Outros países não foram igualmente afortunados. As explosões de bombas em Bali (2002), Madri (2005) e Londres (2005) não foram em escala comparável ao 11 de setembro, mas fizeram várias centenas de vítimas. A Al Qaeda sofreu derrotas, mas não está inteiramente nocauteada.
Dezenas de CDs de computador recuperados no esconderijo de Osama bin Laden em Abbottabad, no Paquistão, sugerem que o líder da Al Qaeda, morto em maio deste ano em um ataque ousado de comandos da marinha americana, estava planejando outro ultraje espetacular, possivelmente para coincidir com o aniversário do 11 de setembro, neste fim de semana.
Ademais, o despertar árabe deste ano jogou por terra a ideia de que o Oriente Médio com a exceção de Israel seja congenitamente incapaz de aderir à democracia. Um a um, os autocratas da região, desde Zine el-Abidine Ben Ali, na Tunísia, até Hosni Mubarak, no Egito, vêm sendo derrubados por manifestantes que reivindicam dignidade, liberdade e empregos.
É verdade que a queda de Muammar Gaddafi, na Líbia, foi precipitada por rebeliões armadas que contaram com a ajuda de aviões de guerra da Otan; mas o presidente Bashar al-Assad, da Síria, pode tornar-se o próximo líder a sentir na nuca o sopro quente das ruas árabes.
A questão é se o muito vilipendiado Bush estava certo ao argumentar que o status quo autocrático no Oriente Médio gerava uma incubadora de terrorismo radical islâmico, representando, consequentemente, um perigo real e imediato aos Estados Unidos. Se a resposta for "sim", então as falhas de sua administração se deveram menos a um diagnóstico falho, e mais a questões de execução.
Uma segunda pergunta relacionada é se a resposta militar da administração ao 11 de setembro representou um desvio caro e desproporcional de atenção e recursos, em um momento em que a forma do mundo estava sendo modificada pela ascensão de atores novos e poderosos, mais especialmente a China.
No período que se seguiu ao ataque às torres gêmeas, um alinhamento geopolítico comparável aos de 1815, 1945 ou 1989 pareceu estar tomando forma. Os EUA formou uma coalizão contra o terrorismo, coalizão que incluiu rivais como Rússia e China, além de países que no passado haviam sido vistos como párias, como Cuba, Irã e Sudão.
A resposta militar foi igualmente eficaz. Tendo identificado os responsáveis pelos ataques, os EUA montaram uma campanha improvisada e brilhante para derrubar o Taleban no Afeganistão. Forças especiais americanas se uniram a senhores de guerra e usaram poderio aéreo avassalador para quebrar o regime de Cabul em questão de semanas.
Embora os líderes especialmente o mulá Omar e Bin Laden tenham escapado, a rede Al Qaeda foi atacada e enfraquecida de modo implacável.
Em um ano os EUA tinham perdido a superioridade moral. O erro de Bush foi deixar claro que a mudança de regime no Iraque era apenas um passo no combate ao que ele descreveu como um "eixo do mal" que incluía o Irã, a Coreia do Norte e potencialmente outros adversários suspeitos de abrigarem ou darem apoio a terroristas. Da noite para o dia, os EUA passaram a ser retratados como país fora-da-lei.
Provocou receios a divulgação, em 2002, de uma doutrina revista de segurança nacional que rejeitava os conceitos de contenção e dissuasão da Guerra Fria. No lugar deles era proposta uma estratégia "voltada para frente" de ação militar preventiva, mudanças de regime e um novo tipo de guerra que avalizava a tortura e negava aos suspeitos de terrorismo os direitos previstos na Convenção de Genebra.
Assim a Guerra do Iraque foi travada sem o apoio de aliados tradicionais como Canadá, França e Alemanha, sem o apoio do Conselho de Segurança da ONU e sem provas conclusivas de que Saddam Hussein possuísse armas de destruição em massa que representassem uma ameaça imediata aos Estados Unidos. Quanto a aliados, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, dava cobertura política leal, apesar de o secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, ter declarado em tom de pouco caso que as forças do Reino Unido eram redundantes, em termos militares.
A Otan, que pela primeira vez havia evocado seu artigo 5 para convocar todos seus membros à defesa coletiva, foi igualmente deixada em segundo plano. O lema de Washington era "a missão determina a coalizão". Mas alianças seletivas funcionam nos dois sentidos. Até o final da década, aliados europeus estavam recorrendo a artifícios para optar por não participar de operações militares no Afeganistão, Iraque e Líbia. Foi a razão pela qual o secretário de Defesa dos EUA Bob Gates, antes de deixar o cargo este ano, avisou que a Otan estava rapidamente se tornando irrelevante.
Também a Europa emergiu diminuída _e não apenas durante o conflito líbio, em que a Alemanha optou por não participar, quanto Reino Unido e França começaram a ver suas munições se esgotarem em questão de semanas. No início do novo século, fortes com o sucesso do lançamento de uma nova união monetária, os líderes da Europa acordaram planos para fazer da União Europeia a zona econômica mais competitiva do mundo. Vista em retrospectiva, a muito falada agenda de Lisboa marcou uma cúpula de ambições coincidindo com o estouro da bolha ponto.com.
Dez anos depois, o próprio desenho original da união monetária europeia mostrou ser fundamentalmente falho. Os mecanismos de implementação de disciplina orçamentária foram ignorados pelos países membros grandes e pequenos, incluindo a Alemanha; economias periféricas na Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha, que cresceram graças aos juros baixos, foram expostas como sendo pouco competitivas. O contágio nos mercados de títulos agora ameaça espalhar-se para a Itália, um membro "central" da zona do euro.
No segundo mandato de Bush, o discurso abrasivo deu lugar a uma abordagem mais moderada. Como força de ocupação no Afeganistão e Iraque, os EUA foram sugados para dentro do processo de construção nacional que Rumsfeld tinha criticado. Em uma confusão semelhante, o presidente Barack Obama e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, declararam que uma ou as duas dessas missões eram militarmente vitais, mas então agiram como se fossem discricionárias, determinando um cronograma (político) para a retirada de suas tropas.
Os contadores vão avaliar em perto de US$2 trilhões a conta coletiva das guerras no Afeganistão e Iraque, em termos já ajustados para a inflação; mas Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial e ex-vice-secretário de Estado dos EUA, argumenta que um país tão rico quanto os Estados Unidos pode arcar com esse custo.
Em 1948, diz Zoellick, o PIB per capita nos EUA era um quarto do que é hoje. No entanto, os americanos apoiaram prontamente a doutrina do presidente Truman para escorar as democracias na Europa e combater o comunismo em todo o mundo, ao custo de bilhões de dólares.
Se as sementes da transformação democrática vão ou não deitar raízes no Iraque é algo mais discutível. O muito elogiado "aumento forte e repentino" das tropas americanas no país salvou o Iraque do caos e da possível dissolução, mas as relações entre os grupos étnicos do país curdos, sunitas e a maioria xiita continuam precárias.
É possível afirmar que a deposição de Saddam Hussein permitiu que o Irã se tornasse a potência regional dominante, exercendo influência através do governo xiita em Bagdá. Enquanto isso, as ambições nucleares de Teerã continuam irrefreadas.
E o 11 de setembro não consolidou os esforços para fazer frente a outra ameaça séria à estabilidade regional, uma ameaça que ainda não foi resolvida: o conflito israelo-palestino.
Nem Bush, nem Obama conseguiram romper o impasse em torno dos territórios ocupados da Faixa de Gaza e Cisjordânia, além do status de Israel. Sucessivos primeiros-ministros israelenses, desde Ariel Sharon até Benjamin Netanyahu, vêm usando a guerra ao terror em proveito próprio, argumentando que concessões prejudicam a segurança de Israel e que entidades como o Hamas que ganhou as eleições na Faixa de Gaza em 2005, sem dificuldade são terroristas fazendo-se passar por representantes legítimos dos palestinos.
A despeito do foco sobre o combate ao terrorismo, os EUA ainda estavam alertas para as tendências geopolíticas mais amplas. O avanço mais importante se deu entre os EUA e a Índia, com a assinatura, em 2008, do acordo "123" de cooperação nuclear civil. A nova parceria estratégica entre Washington e Nova Déli não apenas oferece um contrapeso à ascensão da China, como também ao Paquistão, o aliado de longa data mas cada vez mais impossível de controlar que os EUA têm no sul da Ásia, também dotado de armas nucleares.
Contrastando com tudo isso, as relações sino-americanas equivalem a pouco mais que uma convivência intranquila. Pequim vê Washington, na melhor das hipóteses, como "nem amigo nem inimigo", e os EUA tomarem consciência com atraso do desafio lançado pela China a sua hegemonia no Pacífico. Pequim vem aplicando pressão a contragosto a seu vizinho nuclear norte-coreano, mas o fervor nacionalista faz com que a liderança continue neurálgica em relação ao Taiwan e agudamente sensível a disputas territoriais com o Japão, Coreia do Sul e Vietnã.
No final, o fato geopolítico mais importante dos últimos dez anos se deu não no campo de batalha, mas no sistema financeiro. A crise global dos bancos foi fruto de regulamentação falha e incentivos perversos aos bancos para que vendessem hipotecas a americanos pobres que não tinham meios de saldar esses financiamentos, e, também, da alavancagem gigantesca no sistema financeiro.
Essas distorções foram criadas em parte pelos desequilíbrios globais movidos pelo fato de americanos viverem com crédito barato e exportadores e poupadores chineses contribuírem para um enorme superávit de conta corrente.
Até o Grande Crash de 2008, esse carrossel financeiro continuava girando sempre, acontecesse o que acontecesse. Graças aos baixos custos da mão-de-obra, a China exportou deflação para o resto do mundo. A China financiou o déficit de conta corrente dos EUA ao reciclar seu próprio superávit em títulos do Tesouro americano. Hoje, três anos depois de iniciada a crise financeira, a economia mundial foi posta de ponta-cabeça. Os EUA estão enfraquecidos, a Europa foi jogada de escanteio e a Ásia se encontra em ascensão, por enquanto.
Considere a tendência histórica mais ampla. A participação da Ásia na economia global, em termos da paridade do poder de compra, vem subindo constantemente, passando de 8% em 1980 para 24% no ano passado. Vistos como um todo, os mercados acionários asiáticos hoje respondem por 31% da capitalização de mercado global, à frente da Europa, com 25%, e quase iguais aos EUA, com 32%. No ano passado a China superou a Alemanha, tornando-se a maior exportadora do mundo. Hoje os bancos chineses estão entre os maiores do mundo, em termos de capitalização de mercado.
Os números relativos às importações são igualmente reveladores: o mundo em desenvolvimento está se tornando um motor da economia global. Desde o consumo de cimento até o de ovos, a China lidera o mundo, e ela acaba de superar os EUA, tornando-se o maior mercado mundial de carros.
O apetite voraz da China por commodities está criando novas rotas comerciais, especialmente com potências emergentes como o Brasil. No ano passado a China superou os EUA como maior parceira comercial do Brasil. A América Latina, região que no passado era conhecida principalmente pela instabilidade, emergiu da crise praticamente ilesa. A pobreza vem diminuindo, as classes médias estão crescendo e os mercados de ativos estão a todo vapor.
Condoleezza Rice, que foi assessora de segurança nacional e secretária de Estado de Bush, certa vez descreveu a multipolaridade como uma teoria de rivalidade, um mal necessário. Em termos econômicos, a multipolaridade anuncia uma nova ordem em que a interdependência é a norma, e os EUA, embora ainda sejam avassaladoramente grandes, já não ocupam o papel de potência hegemônica.
Quanto ao legado do 11 de setembro, Gerard Lyons, economista chefe do Standard Chartered Bank, diz que as três palavras mais importantes nos últimos dez anos não foram "guerra ao terror", mas "made in China". Se as tendências atuais se mantiverem, ele acrescenta, as três palavras mais importantes da década atual serão "propriedade da China".
TRADUÇÃO DE CLARA ALLAIN
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Olá Pessoal,
Venho aqui nesta mensagem compartilhar as nossa Postagem deste mês
que são: *
1. A jurisdição da intolerância: uma reflexão sobre a Inquisição
http://www.historiaoffline.com/2011/10/jurisdicao-da-intolerancia-uma-reflexao_2782.html
2. Alguns Problemas Sociais do Brasil
http://www.historiaoffline.com/2011/10/alguns-problemas-sociais-do-brasil_2138.html
3. Afinal, de quem era o Acre?
http://www.historiaoffline.com/2011/10/afinal-de-quem-era-o-acre_5742.html
4. Analise Critica do Livro Foz do Iguaçu e sua História ( Parte 01)
http://www.historiaoffline.com/2011/10/analise-critica-do-livro-foz-do-iguacu_6763.html
5. A Origem da Civilização na Grécia
http://www.historiaoffline.com/2011/10/origem-da-civilizacao-na-grecia_4951.html
6. O Carnaval e as religiões pagães
http://www.historiaoffline.com/2011/10/o-carnaval-e-as-religioes-pagaes_6657.html
7. Analise Critica do Livro Foz do Iguaçu e sua História ( Parte 02)
http://www.historiaoffline.com/2011/10/analise-critica-do-livro-foz-do-iguacu_686.html
8. Sociedade e a Educação
http://www.historiaoffline.com/2011/11/sociedade-e-educacao_4510.html
9. Revolução Acreana: um elogio ao capital
http://www.historiaoffline.com/2011/11/revolucao-acreana-um-elogio-ao-capital_5267.html
10. As civilizações da América pré-colombiana e a sua simbiose
http://www.historiaoffline.com/2011/11/as-civilizacoes-da-america-pre.html
11. Uma Olha Superficial para a Identidade Cultural
http://www.historiaoffline.com/2011/11/uma-olha-superficial-para-identidade.html
12. A República Oligárquica e a questão do Acre
http://www.historiaoffline.com/2011/11/republica-oligarquica-e-questao-do-acre.html

Fonte:HistoriaOffLine
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Cantinflas - 100 anos

Cantinflas - 100 anos

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Cantinflas chega às telas do cinema mexicano em 1936 no longa-metragem No te engañes corazón, dirigido por Miguel Contreras Torres, depois de um curta, “Cantinflas” Boxeador, dirigido por Fernando A. Rivero, nesse mesmo ano. Sua marca registrada era a maneira absolutamente desregrada ao falar que, aliada ao seu gestual característico, ao seu bigodinho ralo e falho e ao seu figurino - calças caídas amarradas por uma corda na cintura e um trapo nos ombros - fazia um enorme sucesso junto a um determinado público. Mario Moreno criou esse personagem para o teatro de variedades e para espetáculos circenses. Seu público era o da periferia da Cidade do México. Esses espetáculos, conhecidos como “teatro de carpa”, foram muito populares nas primeiras décadas do século XX, nos arrabaldes da cidade, e apresentavam uma encenação com base na improvisação e no contato direto com o público que, muitas vezes, ao desaprovar determinado número, atirava objetos nos artistas. Essa foi a escola de Cantinflas durante muitos anos, onde ele aprendeu a se comunicar com a plateia, de forma direta e imediata. Cantinflas é um personagem burlesco e irreverente que, através de um falar grosseiro e popularesco, dribla, com malícia e engenhosidade, as adversidades de um cotidiano difícil na periferia de uma grande cidade latino-americana. Ele é, seguramente, um produto do cinema falado. Seu maior recurso se concentra numa verborragia frenética baseada num jogo de palavras que roçam o nonsense. A “cantinflada”, termo que define esse palavrório acelerado do personagem, constitui-se num fenômeno frequente nos filmes de Cantinflas. Aquilo que, numa primeira mirada, mostra-se sem sentido e vazio, pode conter um significado bastante contundente se analisado a partir das condições em que essa fala foi elaborada. É importante pensarmos que Cantinflas criou sua verborragia numa época em que discursos demagógicos travestiam os espetáculos populares, tentando dar conta da ressignificação de um novo projeto de identidade nacional no México. Nesse contexto de oratória desenfreada, onde políticos e intelectuais promoviam um debate sem fim, o texto aparentemente desconexo de Cantinflas denunciava o vazio dos discursos oficiais. A resposta cantinflesca representava a fala daqueles que não se sentiam, de fato, inseridos naquele contexto de nação. A “cantinflada” açoitava a linguagem culta, trazendo a público um falar das ruas maculado de incertezas gramaticais. Cantinflas ia do nada pra lugar nenhum, rindo de si mesmo, confundindo seu interlocutor num jogo nauseante de palavras que percorriam tresloucadas um labirinto de oralidade. Essa foi sua marca em mais de cinquenta filmes durante quase meio século de permanência nas telas de cinema. Cantinflas conquistou não só o México mas toda a América Latina e chegou ao cinema dos Estados Unidos em 1956 no filme A volta ao mundo em 80 dias, dirigido por Michael Anderson, Kevin McClory e Sidney Smith. Porém, seu público era, definitivamente, o latino-americano, que reconhecia nessa espécie de malandro mexicano as marcas do subdesenvolvimento, da transgressão bem-humorada e dos rituais de sobrevivência necessários para driblar as dificuldades do dia a dia numa grande cidade deste subcontinente. Mario Moreno, o intérprete de Cantinflas, completaria 100 anos em 2011. Essa é uma grande oportunidade para revermos seus filmes e relembrarmos Cantinflas como um grande personagem da comédia cinematográfica latino-americana.

Fonte: O Cineclube Sala Escura é uma atividade de extensão da Plataforma de Reflexão sobre o Audiovisual Latino-Americano (PRALA), vinculada ao Laboratório de Investigação Audiovisual (LIA) da Universidade Federal Fluminense (UFF).
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Sobre Positivismo

Sobre Positivismo

Diversos Artigos:

http://www.persee.fr/web/revues/home/prescript/issue/roman_0048-8593_1978_num_8_21
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Placa para Tenório

Placa para Tenório

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

RUY CASTRO
Placa para Tenório

RIO DE JANEIRO - No dia 18 de março de 1976, o pianista brasileiro Francisco Tenório Jr., 33, estava em Buenos Aires para uma temporada no Teatro Rex com seus patrícios Vinicius de Moraes e Toquinho. Naquela noite, saiu do hotel Normandie, onde estavam hospedados, e deixou um bilhete: "Vou comprar cigarros e um remédio. Volto já". Não voltou -nunca mais.
Fora confundido com um militante procurado pela ditadura argentina e levado preso. Por falar bem espanhol e com sotaque portenho, não acreditaram que fosse brasileiro, músico e inocente. Passaram a torturá-lo, com a colaboração, a partir do quinto dia, de agentes brasileiros da Operação Condor, braço internacional das ditaduras argentina, brasileira, chilena e uruguaia.
Nove dias depois, seus algozes se convenceram de que tinham se enganado. Mas, já então, Tenório estava cruelmente machucado. Pior: vira o rosto deles. Não podiam devolvê-lo à rua. O jeito era matá-lo, o que fizeram com um tiro, no dia 27. Dali Tenório foi dado como "desaparecido", e o Brasil nunca se empenhou em elucidar o fim de um de seus filhos mais talentosos -autor, em 1964, aos 21 anos, do grande disco instrumental "Embalo".
Os detalhes gravíssimos sobre a morte de Tenório só começaram a aparecer dez anos depois, em 1986, e mesmo assim porque um membro da inteligência argentina resolveu contar. Pois, agora, os argentinos, que não estão varrendo a sua ditadura para debaixo do tapete, nos darão em breve nova lição.
No dia 16 de novembro, às 14 h, a cidade de Buenos Aires, por iniciativa do deputado portenho Raul Puy, homenageará Tenório com uma placa na fachada do hotel Normandie, na rua Rodríguez Peña, 320, de onde ele saiu para morrer. Ela dirá: "Aqui se hospedou este brilhante músico brasileiro, vítima da ditadura militar argentina".




FRANCISCO TENÓRIO CERQUEIRA JÚNIOR

Filiação: Alcinda Tenório Cerqueira e Francisco Tenório Cerqueira

Data e local de nascimento: 04/07/1940, Rio de Janeiro (RJ)

Organização política ou atividade: não definida

Data e local do desaparecimento: 18/03/1976, Buenos Aires, Argentina

Francisco Tenório Cerqueira Junior, pianista carioca conhecido como Tenorinho, acompanhava Vinícius de Moraes e Toquinho num circuito de apresentações no Uruguai e
Argentina, quando desapareceu em Buenos Aires, em 18/03/1976. Após o show no teatro Grand Rex, deixou seu quarto no Hotel Normandie em busca de uma farmácia e querendo
comprar cigarros. Nunca mais foi visto. Quando constataram que ele não tinha retornado ao hotel, Vinícius, Toquinho e amigos como o poeta Ferreira Gullar, que vivia naquele país,
mobilizaram-se imediatamente.
Procuraram em hospitais e delegacias, buscando também ajuda na embaixada do Brasil. O governo brasileiro informou que nada sabia e o Itamaraty anunciou que estava fazendo o
possível para localizar o pianista.

Vinicius de Moraes, que foi diplomata até ser exonerado em 1968 pelo AI-5 (sendo readmitido e homenageado, post mortem, em 2006), entrou com pedido de habeas-corpus no
Judiciário argentino, mas o resultado foi negativo. Tenorinho foi tragado pela escalada do terror de Estado que o país vizinho vivia exatamente naqueles dias. O golpe militar que
depôs Isabel Perón só ocorreria em 24 de março, quando o pianista estava preso há uma semana. Mas a Operação Condor já tinha sido lançada e a Triple A (Aliança Anticomunista
Argentina) seqüestrava, torturava e matava em plena cooperação com os órgãos de segurança argentinos, mesmo antes do afastamento definitivo de Isabelita. A única pista colhida já
no primeiro após o desaparecimento é que tinha ocorrido uma grande blitz na área durante aquela madrugada, com muitas prisões de suspeitos.

Tenorinho era um músico desconhecido do grande público brasileiro, mas muito respeitado por seus colegas. Elis Regina foi uma das artistas que se envolveu diretamente na busca de

notícias, dedicando um de seus discos “À ausência de Tenório”. Em 1979, ainda acreditava que Tenorinho estivesse vivo e pretendia viajar a Buenos Aires para tentar localizá-lo.
Tenorinho era casado com Carmem e tinha quatro filhos. A maior tinha oito anos, o caçula três. Carmem estava grávida e o quinto filho nasceu um mês depois do desaparecimento do
pai. Começou sua carreira de músico aos 15 anos, tocando acordeom e violão antes de dedicar-se ao piano. Cresceu em Laranjeiras, estudou no Colégio Santo Antonio Maria Zaccaria

no Catete, e ingressou na Faculdade de Ciências Médicas do Rio, tendo trancado matrícula quando cursava o 3º ano.

Em 1997, foi lançado o livro O crime contra Tenório – Saga e Martírio de um Gênio do Piano Brasileiro, de Frederico Mendonça de Oliveira.

O autor, guitarrista, conviveu com Tenorinho de 1974 a 1976. O livro reconstitui com detalhes os últimos passos do pianista, desde 18/02/1976, quando partiu do Rio de Janeiro para
apresentar-se em Montevidéu, Punta del Este e Buenos Aires. As primeiras informações concretas sobre o destino do músico só foram publicadas em 1986, quando um torturador
argentino, Cláudio Vallejos, do Serviço de Informação Naval, deu entrevista à revista Senhor, em seu número 270.
Tenório foi preso na avenida Corrientes, considerado suspeito por usar barba, cabelo grande e roupas “diferentes”, existindo também a informação de que ele tinha semelhança física

com um líder montonero. Foi levado a uma delegacia de polícia e depois transferido para a temível ESMA, Escola de Mecânica da Armada. Hoje é sabido que para esse quartel foram
levados 5.000 argentinos durante o período ditatorial. Com raríssimas exceções, foram todos assassinados sob torturas e seus corpos não foram entregues às famílias. O governo
Nestor Kirchner, em 24/03/2006, data do 30º aniversário do golpe militar, inaugurou um museu de memória sobre o terror de Estado nas dependências desse tenebroso centro de
torturas e extermínio.

Pela manhã, as autoridades argentinas acionaram a embaixada do Brasil. Não havia qualquer suspeita, inquérito ou processo contra Tenório e seu pai era delegado de polícia.
Começavam os preparativos para libertá-lo, quando o SNI, do Brasil, manifestou interesse pelo preso.
Tenorinho foi torturado para que dissesse nomes de ‘artistas comunistas’. Dois dias depois, foi torturado com a técnica chamada ‘submarino’.
Pendurado de ponta-cabeça, com os tornozelos amarrados e as mãos algemadas para trás, era mergulhado num tonel de água, entre uma pergunta e outra. No dia 21 de março, o preso
continuava em silêncio e foi visitado por um alto funcionário da embaixada brasileira.
Ocorreu, então, o Golpe Militar do dia 24 e a Argentina mergulhou num longo período de repressão total e silêncio, cessando as condições de se manter qualquer ação judicial com um
mínimo de chances.
Documentos apresentados pelo ex-torturador Vallejos mostraram que, em 20/03/1976, o capitão de corveta Jorge E. Acosta dirigiu ofício ao contra-almirante Jacinto Ruben Chamorro,
Diretor da ESMA, pedindo autorização para estabelecer contato com o agente de ligação do SNI do Brasil. O objetivo era informar ao SNI que o grupo de tarefa chefiado por Acosta

estava “interessado na colaboração para a identificação e informações sobre o detido brasileiro Francisco Tenório Jr”. Outro documento, também assinado por Acosta, era
dirigido ao embaixador brasileiro, em nome do Chefe da Armada Argentina, em 25/03/1976, comunicando oficialmente a embaixada sobre a morte de Tenorinho:

1) Lamentamos informar a essa representação diplomática o falecimento de Francisco Tenório Júnior, passaporte nº 197803, de 35 anos,
músico de profissão, residente na cidade do Rio de Janeiro;
2) O mesmo encontrava-se detido à disposição do Poder Executivo Nacional, o que fora oportunamente informado a esta embaixada;
3) O cadáver encontra-se à disposição da embaixada na morgue judicial da cidade de Buenos Aires, onde foi remetido para a devida autopsia.
O governo militar brasileiro jamais tomou qualquer iniciativa e não procurou se comunicar com os familiares do músico, que até hoje não receberam seus restos mortais. O caso só foi
assumido pelo governo argentino em 1997, após intervenção do Secretário Nacional de Direitos Humanos José Gregori. A CEMDP entendeu estar comprovada a responsabilidade do
Estado brasileiro, por omissão, conivência e cumplicidade frente ao seqüestro, tortura, morte e desaparecimento de Tenorinho.
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+ Informações


- Tenorinho, afinal, homenageado

Luiz Orlando Carneiro – Jornal do Brasil – 20/05/04

Osvaldinho de Oliveira Castro, baterista amador da maior competência, habitué do Beco das Garrafas na década de 60, vive hoje em Friburgo, mas continua um jazzófilo entusiasmado. No recente Chivas Festival, na Marina da Glória, presentou o ''canonizado'' saxofonista Bud Shank com uma foto, tirada em fevereiro de 1963, no Festival de Jazz de Mar del Plata. Shank, então com 36 anos, aparece em primeiro plano, tocando flauta. A seu lado, o trombonista Edson Machado e, bem ao fundo, o baterista Osvaldinho. Em terceiro plano, ao piano, de óculos escuros, Tenório Júnior, o Tenorinho, 22 anos na época, acompanha o solo de Bud Shank.

Em 18 de março de 1976, quando estava em Buenos Aires, em excursão profissional com Vinicius de Moraes e Toquinho, Tenorinho saiu do Hotel Normandie para ir à farmácia e foi detido por agentes da ditadura militar argentina. O pianista não era ativista político, nem era ''fichado'' no SNI ou em qualquer outro órgão de repressão da ditadura militar brasileira - naqueles tempos, os serviços secretos das Forças Armadas dos dois países trocavam informações e presos políticos.

Uma semana depois, a chefia da Armada argentina comunicava à Embaixada do Brasil em Buenos Aires: ''Lamentamos informar (...) o falecimento do cidadão brasileiro Francisco Tenório Júnior, passaporte nº 197803, de 35 anos, músico de profissão, residente na cidade do Rio de Janeiro. O mesmo encontrava-se detido à disposição do Poder Executivo nacional, o que foi oportunamente informado a essa Embaixada. O cadáver encontra-se à disposição da Embaixada, no morgue judicial de Buenos Aires, onde foi remetido (sic) para a devida autópsia''.

O inexplicável assassinato de Tenorinho fez com que sua refinada arte e sua reputação entre os músicos e aficcionados não fossem repassadas à geração posterior ao boom da bossa nova e, conseqüentemente, do samba-jazz ou sambop.

A reedição remasterizada em CD (Dubas Música) do LP Embalo (RGE), gravado em fevereiro e março de 1964 - um ano depois da apresentação de Tenorinho em Mar del Plata - é, assim, uma reparação há muito devida a um pianista que poderia ter hoje, lá fora, os mesmos prestígio e fama de que gozam Sérgio Mendes (seu companheiro do Beco das Garrafas), Eliane Elias, Duduka da Fonseca, Romero Lubambo ou Claudio Roditi.

O produtor Edison Viana caprichou na apresentação da reedição desse disco - um dos mais representativos do sambop: ''Francisco Tenório Cerqueira Júnior - escreve Viana no livreto bilíngüe do CD - gravou, aos 23 anos, este Embalo cuja pulsação nunca diminuiu, até hoje, 40 anos depois. Mesmo quem sabia do artista vibrante por trás do rapaz tranqüilo se surpreendeu com tanta energia vinda daquele músico tão recatado. Jovem, Tenorinho quase parecia apenas mais um admirador dos raríssimos LPs de jazz que o dinheiro da garotada de Laranjeiras podia comprar. Na antiga Faculdade de Ciências Médicas, onde Tenório trancou o curso, poucos sabiam que era um dos maiores pianistas de sua geração''.

Das 11 faixas de Embalo, cinco são de autoria do pianista: a faixa-título, Nebulosa, Samadhi, Néctar e Estou nessa agora.

Na primeira, arranjo de Paulo Moura, Tenorinho exibe um fraseado muito bem articulado e percussivo, lembrando Hampton Hawes. Mas é em Nebulosa e Néctar - duas peças de pequena duração, mas melódica e harmonicamente memoráveis, a partir de vamps simples - que o tão jovem Tenorinho encanta como inspirado inventor de temas.

É pena que, na época do LP, sobretudo em se tratando do primeiro de um músico até então reconhecido apenas como um excelente sideman, houvesse a preocupação de reunir o maior número possível de temas no limite dos 30 e poucos minutos das bolachas de 33 r.p.m. A média das faixas é de 2m54s (a mais curta, Estou nessa agora, tem 1m35s de duração).

Mesmo assim, em Embalo, Tenorinho e seus companheiros - quase todos músicos já notáveis no início de 1964 - deixaram registrados momentos marcantes, não apenas na base do ''recordar é viver'', mas também em matéria de qualidade de um produto musical resistente à erosão dos modismos inconsistentes.

A batida da bossa nova, ao descontrair o tempo, favorecia a decolagem de solistas e sidemen mais ou menos escolados, mas todos empolgados, que aparecem ao lado de Tenorinho, como os saxofonistas Paulo Moura e J.T. Meirelles, os trombonistas Raul de Souza e Edson Maciel, o trompetista Pedro Paulo, os bateristas Ronie Mesquita e Milton Banana, os baixistas Sérgio Barrozo e Zezinho Alves.
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+ O Músico



Francisco Tenório Cerqueira Júnior foi um dos pianistas brasileiros mais requisitados na década de 70. Seu primeiro e único disco Embalo, gravado em 1964, quando tinha 21 anos é um dos trabalhos considerado referência da transição da bossa nova para o samba jazz e a nova MPB que surgia.
No disco, participam Sérgio Barroso (baixo), Milton Banana (bateria), Rubens Bassini (congas)Celso Brando (violão), Neco (guitarra), Pedro Paulo e Maurílio (trompete), Edson Maciel e Raul de Souza (trombone), Paulo Moura (sax alto), J. T. Meirelles e Hector Costita (sax tenor).
Nascido e crescido no bairro das Laranjeiras no Rio de Janeiro, costumava apresentar-se no Beco das Garrafas, no Rio de Janeiro. Seu piano também pode ser ouvido em álbuns antológicos da música brasileira como É Samba Novo, de Edson Machado e Vagamente, de Wanda Sá.
O pianista desapareceu misteriosamente em Buenos Aires, na Argentina, no dia 27 de março de 1976, enquanto acompanhava os artistas Toquinho e Vinícius de Moraes em show naquele país. Na ocasião, deixou no hotel Hotel Normandie, onde estava hospedado, um bilhete no qual estava escrito: Vou sair pra comprar cigarro e um remédio. Volto Logo. Nunca mais voltou.
Vinícius de Moraes, Toquinho e mais alguns amigos, como o poeta Ferreira Gullar (exilado em Buenos Aires) mobilizaram-se inutilmente. Procuraram em hospitais e delegacias e buscaram ajuda na embaixada brasileira.
Tenório Jr. Foi tragado pela rede clandestina da repressão oficial sem deixar pistas. Dez anos depois, em 1986, o ex-torturador argentino Claudio Vallejos, que integrava o Serviço de Informação Naval, em entrevista à revista Senhor (n° 270) menciona o destino de diversos brasileiros nas mãos da ditadura argentina: Sidney Fix Marques dos Santos, Luiz Renato do Lago Faria, Maria Regina Marcondes Pinto de Espinosa, Norma Espíndola, Roberto Rascardo Rodrigues e Francisco Tenório Jr.
Cláudio Vallejos revelou que ele tinha sido abordado por homens que trabalhavam para o regime militar. Sequestrado, torturado e morto com um tiro na cabeça, Francisco Tenório tinha 35 anos e deixou, na ocasião, quatro filhos e a esposa grávida de oito meses. Fora visto a última vez no ano de 1977 em uma prisão em La Plata, segundo entrevista de Elis Regina dada a Folha de São Paulo em 3 de junho de 1979.

Tenório Jr – Embalo (1964)

1 Embalo
2 Inútil Paisagem
3 Nebulosa
4 Samadhi
5 Sambinha
6 Fim De Semana Em Eldorado
7 Néctar
8 Clouds
9 Consolação
10 Estou Nessa Agora
11 Carnaval Sem Assunto
Ouça as músicas:
(clique)
http://www.discogs.com/Ten%C3%B3rio-Jr-Embalo/master/228723


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