Newly released files show Hitler's daily routine
sábado, 4 de dezembro de 2010
By SYLVIA HUI
LONDON (AP) - Nazi dictator Adolf Hitler liked to have bread and marmalade for breakfast and was described as mild-mannered during personal exchanges, according to newly released documents.
Britain's National Archives on Friday made public a previously classified account of Hitler provided by a 19-year-old Austrian deserter, who described the dictator as paranoid about being watched by others and short-tempered during meetings.
"He is mild on personal contact but apt to bang tables and shout during conferences," according to the account given by a prisoner of war identified as SS Schuetze Obernigg. He was said to have been at Hitler's retreat in Obersalzberg in the Bavarian Alps between 1943 and 1944.
Obernigg provided British intelligence officers with a detailed description of Hitler's daily routine at the retreat. Hitler was said to favor waking up at about 10 a.m., breakfasted on coffee, bread and marmalade shortly afterward, and received visitors including his doctor in the afternoon. The accounts show he apparently worked until late in the night and went to sleep as late as 4 a.m.
The deserter also described Hitler's attitude toward his personal guards.
"Hitler cannot bear to feel himself watched ... guards were instructed to keep him in sight but to remain unobserved themselves," said Obernigg, according to the files.
A separate set of files also released by the National Archive Friday showed that Allied forces were deeply concerned about the possible existence of a secret Nazi hideout in the Austrian Alps where Hitler would make a "last desperate stand" after the end of World War II.
Intelligence reports from around 1944 to 1945 suggested that the so-called "Nazi National Redoubt" could hold enough food and weapons in underground caves for up to 60,000 "Nazi fanatics" for two years, according to files made public by Britain's National Archive.
The files contained detailed reports of the training and movement of troops as well as fuel and food in the Alpine area between western Austria and upper Bavaria. An intelligence summary described the mountain base as a place "in which the elite of National Germany will make a last desperate stand."
One report dated April 7, 1945, sourced from French intelligence for the Office of Strategic Services, the precursor to the CIA, said the Germans were planning to take 300,000 to 400,000 foreign prisoners to the hideout.
The documents suggest that the Allies were convinced about the Nazi mountain refuge - although historians say the base turned out to be a myth.
"There was every indication the Nazi regime would fight until the last man," said Mark Dunton, a contemporary history specialist at the National Archive.
"(The Allies) were sort of piecing together various observations about the movements of foodstuffs into this area, and a movement of weapons and gasoline, and they kind of ... put two and two together to make five," he said.
http://apnews.myway.com/article/20101029/D9J59FPO3.html
Por que ler Mein Kampf?
Mein Kampf ou Minha Luta (em bom português) ainda é um dos livros mais polêmicos da história. Para justificar tal polêmica bastaria dizer que trata-se de um livro escrito por Adolf Hitler, mas tal argumento não é suficiente para justificar esta coluna.
Escrito em 1924, período em que Hitler foi preso político, o "livro maldito" é hoje proibido na Alemanha. Os demais países que desejem publicar a a obra nacional-socialista passam por difíceis e complexas negociações com o estado da Baviera (cujo detêm os direitos de publicação). Já em países como Síria e Irã a obra do líder nazista é recorde de vendas.
A bíblia nazista (termo pejorativo, posteriormente adotado pelos simpatizantes de Hitler) pode gerar dores de cabeça em quem quiser debater sobre a liberdade de expressão. Eu vejo por outro lado:
Hoje em dia os campos de concentração são preservados para gerações futuras saberem o que aconteceu, com o mesmo objetivo temos o museu do holocausto, centenas de livros publicados, depoimentos de sobreviventes, filmes sobre a guerra, sobre a perseguição judaica e sobre os generais de Hitler. Todos nós sabemos quais as consequencias do pensamento germano-imperialista porém poucos conhecem o seu início.
Já ouvi muitas teorias como: o pai de Hitler seria judeu e batia nele; a mãe de Hitler fora estuprada por um judeu ou as idéias eugenistas de Hitler devem-se à um homossexualismo recalcado. Todas estas teorias esdrúxulas são frutos da ignorância. O nazismo veio de algum lugar. Em Mein Kampf Hitler faz uma autópsia da situação política-econômica-social da Alemanha do início do séc. XX. O que ajuda a entender o surgimento do nacional-socialismo.
Hitler escreve sobre sua infância pobre, sua vida como operário, identificação com a classe operária, a luta na guerra, sua entrada no partido trabalhista alemão e a fundação do "Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães". Hitler ensina como ganhar uma eleição, adquirir a identificação do "povão" e como fazer a propaganda política. Estas e outras armas são utilizadas até hoje em vários países, inclusive no Brasil.
Inibir o Mein Kampf pode até auxiliar no combate ao nazismo mas abre brechas para outros movimentos igualmente perigosos com início semelhante, o qual quase ninguém conhece. Finalizando meu argumento cito "Mein Kampf - A história do livro" escrito por Antoine Vitkume da editora Nova Fronteira. O autor pesquisou a história da obra, concluindo que a pesar da vendagem de 12.5 milhões de exemplares a bíblia nazista não é tão influente como se pensa, a maioria dos criminosos nacionais-socialistas admitem nunca terem lido o "Mein Kampf" mostrando que a ignorância é muito mais perigosa do que qualquer livro.
Diego Tiscar é psicólogo clínico e colunista do Olhar nacional.
dtiscar@gmailcom
A Biografia definitiva
"Biografia definitiva" de Hitler chega ao Brasil
A "biografia definitiva do Führer", como é chamada internacionalmente, finalmente será lançada no Brasil. "Hitler", publicada originalmente em duas partes (1998-2000), terá edição em volume único. A obra foi escrita pelo historiador Ian Kershaw, uma das maiores autoridades sobre o assunto e consultor de história da rede BBC.
Reprodução
A trajetória, as atitudes e as hesitações do ditador são investigadas pelo autor, uma busca por explicações para a ascensão do ditador.
O texto é fundamentado em vasta documentação acadêmica e no diário --descoberto apenas na década 1990-- de Joseph Goebbels (1897-1945), ministro da propaganda nazista. Kershaw, mesmo autor de "Dez Decisões que Mudaram o Mundo (1940-1941)" (Companhia das Letras, 2008), nasceu numa Inglaterra devastada pelos bombardeios alemães, em 1943.
Traduzido por Pedro Maia Soares e publicado pela Companhia das Letras, o livro, com lançamento previsto para o dia 23 de novembro deste ano, já está em pré-venda na Livraria da Folha.
Visite a estante dedicada às ciências humanas
*Livraria da Folha
Biografia de Goebbels
![]() |
| Joseph Goebbels rodeado de mulheres em Nuremberg, em 1938. (El Pais) |

'Vocês querem a guerra total?', perguntava Goebbels após a derrota de Estalingrado
Em fevereiro de 1943, quando a derrota de Estalingrado tornara evidente que seria absurdo prosseguir a Segunda Guerra Mundial e que a Alemanha não tinha como vencê-la, o ministro da Propaganda do Reich, Joseph Goebbels, fez um comício no Sportpalast de Berlim, perguntando ao microfone: "Vocês querem a guerra total?". "Sim", gritou a massa em uníssono.
Grave transtorno de personalidade
Goebbels discursa para 100 mil pessoas em Zweibrücken, em 1934Esse era o ponto forte de Joseph Goebbels.
O ministro da Propaganda de Hitler sabia como mobilizar as massas, inflamá-las e manipulá-las a serviço da ideologia nazista. Eram famosas as suas incitações contra os judeus, com as quais ele preparara o terreno para a política de extermínio nacional-socialista.
Em sua biografia de 900 páginas Joseph Goebbels - Biographie, o historiador Peter Longerich esboça, no entanto, um Goebbels bem distinto do homem poderoso do regime nazista. Longerich foi o primeiro historiador a investigar todos os diários de Goebbels que restaram. Em suas anotações de 1924 até o seu suicídio em 1945, o político registrou pensamentos, observações e acontecimentos, escrevendo assim uma cronologia do nazismo através de uma ótica pessoal.
A partir desses testemunhos, Longerich reúne indícios de que Goebbels sofria de um grave transtorno de personalidade. O grande propagador do nazismo buscava de forma extrema o reconhecimento por parte de outras pessoas, indica o historiador.
Uma possível origem disso pode ter sido a deficiência provinda de uma doença da medula óssea em sua infância. Goebbels tinha baixa estatura e era aleijado. Durante toda a vida, o estrategista de Hitler lutou por reconhecimento, mesmo que se mostrasse forte e superior.
Uma religião chamada nacional-socialismo
Nascido na Renânia, uma região predominantemente católica, Goebbels se afastou da religião desde cedo. E o nacional-socialismo acabou se tornando para ele um substituto da religião. Seu novo redentor se chamava Adolf Hitler.
"Ao que tudo indica, ele considerava Hitler realmente um enviado de Deus, um homem com habilidades super-humanas", explica Longerich a completa fixação de Goebbels em seu ídolo. O partido e Hitler lhe propiciaram a ascenção social e o reconhecimento que ele ansiava. E assim Goebbels se tornou o mais leal adepto e uma pessoa de absoluta confiança do ditador nazista.
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Em sua biografia, Longerich traça a trajetória de Goebbels desde o início de sua carreira fracassada como escritor e jornalista doutorado, passando pela fase em que ele se tornou um agitador do movimento nacional-socialista. O livro acompanha seu percurso como ministro da Propaganda do Reich, uma função na qual procurou obter domínio completo sobre a cultura e a opinião pública, e por fim como plenipotenciário da "guerra total". A receita de sucesso de Goebbels foi usar e aperfeiçoar os métodos da agitação de massa empregados nas disputas eleitorais da República de Weimar. Quanto à mídia, conseguiu mantê-la sob controle por meio da censura.
Fixação em Hitler
Ao assumir o controle sobre todos os âmbitos da cultura, do teatro ao cinema, passando pela música, ele se projetou como político cultural. O biógrafo Longerich considera peculiar essa posição de poder que Goebbels insistiu em assumir. "Embora ele certamente tenha sido a figura dominante da propaganda nazista, nunca conseguiu controlar absolutamente o aparato. Medido por seus próprios padrões de qualidade, no fundo não foi tão longe".
Mas sem o ministro da Propaganda Goebbels, responsável por ter estabelecido Hitler como uma "marca", a política nazista jamais teria tido o alcance que teve. O estrategista recorreu ao lema "Um Führer – Um Povo", usando virtuosamente as mídias novas da época, o rádio e o cinema, como canais de manipulação.
Magda, esposa de Goebbels, com seus filhos, em 1928A biografia de Longerich esboça o retrato de um homem que sacrificaria tudo para obter reconhecimento e êxito, até mesmo sua própria família. Em 1º de maio de 1945, poucos dias antes de Hitler se matar e de a Alemanha capitular, Goebbels e sua mulher Magda cometeram suicídio.
Pouco antes, o casal assassinara seus seis filhos. Esse cínico homicídio colocou um ponto final desesperado a uma vida de identificação incondicional com Adolf Hitler.
Autora: Sigrid Hoff (sl)
Revisão: Alexandre Schossler
Dica site - Chibatas.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Aconselho o site http://chibatas.blogspot.com . É um blog riquíssimo com visual "clean" e com material vasto. Visite a página....
Livro que pertenceu a Hitler reduz esse ícone do mal à dimensão humana
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Livro que pertenceu a Hitler reduz esse ícone do mal à dimensão humana
23 de Março de 2009, às 11:54h
Há três anos, os bens de Yves Saint Laurent foram leiloados por quase meio bilhão de dólares. Duas semanas atrás, um punhado de pertences pessoais de Mahatma Gandhi - óculos de aro redondo, um par de sandálias, uma tigela de arroz - foram vendidos por US$ 1,8 milhão. Na semana passada, um livro da desaparecida biblioteca pessoal de Adolf Hitler foi oferecido no famoso centro de leilão parisiense Hotel Drouot por um lance inicial de mil euros. Depois de uma rápida rodada de apostas, o volume foi vendido por € 1.800.No caso de um Matisse de Yves Saint Laurent, vendido por € 35,9 milhões, o comprador investiu num bem cultural durável e, é claro, no bom gosto impecável do último dono. O milionário indiano que ofereceu o lance vencedor para os pertences de Gandhi disse que queria repatriar os objetos para exibição pública em seu país.
Mas o que motiva alguém a comprar um artefato de Hitler? Toda vez que pertences autênticos de Hitler vão a leilão, é inevitável e compreensível que o número de protestos se iguale ao número de apostas - acusações de especulação; críticas quanto à fetichização do líder nazista morto; inquietações quanto à natureza dos possíveis compradores ("Que tipo de pessoa compraria esse tipo de coisa?")
Com a maioria dos artefatos de Hitler, como o globo que foi vendido por US$ 100 mil, essas questões são certamente compreensíveis e justificáveis. Mas um livro da biblioteca particular de Hitler pode ser mais do que o objeto de um desejo questionável.
Hitler não era apenas um bibliófilo fanático, tendo reunido uma biblioteca de 16 mil volumes até sua morte, mas era também um leitor voraz que dizem ter lido um livro por noite durante a maior parte de sua vida adulta. Os livros eram uma parte integral do seu caráter e identidade. "Quando uma pessoa dá, tem que receber", disse ele uma vez. "E o que eu preciso, recebo dos livros".
Nesse sentido, os livros de Hitler são mais do que meros artefatos. Os volumes que ele leu e estudou, as passagens marcadas a lápis, tudo isso diz algo sobre seus interesses e sobre o curso de seus pensamentos em algumas de suas horas mais íntimas. Eles nos permitem observar este ícone do mal reduzido a dimensões humanas: um homem de meia idade numa poltrona com um livro na mão, e, vez ou outra, um lápis.
A maior parte da coleção de Hitler, dividida entre três bibliotecas elegantemente mobiliadas em suas casas de Berlim, Munique e em seu retiro nos Alpes em Obersalzberg, desapareceu na primavera de 1945, vítima da caça de troféus coletiva dos soldados americanos, franceses e do Exército Vermelho.
A parte remanescente da biblioteca, cerca de 1.200 livros - que incluem uma coleção de ensaios escrita por Gandhi - pode ser encontrada no setor de livros raros da Livraria do Congresso em Washington, D.C. Outros 80 livros, retirados do abrigo de Hitler em Berlim depois de seu suicídio, estão na Universidade Brown, em Rhode Island. Há relatos de que um número desconhecido, talvez vários milhares de livros, esteja escondido num arquivo de Moscou.
Portanto, quando volumes isolados vêm à tona - como o que foi leiloado no Hotel Druout -, eles representam exatamente o tipo de fonte primária de evidência histórica de que os estudiosos de Hitler carecem. Infelizmente, esses livros aparecem rapidamente nos leilões e depois somem em coleções privadas.
Um colecionador americano juntou dezenas de livros de Hitler, incluindo uma coleção da obra de Shakespeare em dez volumes encadernados à mão em couro trabalhado com uma suástica e as iniciais "AH" gravadas na lombada. Hitler citava Shakespeare frequentemente - "Ser ou não ser" era sua frase favorita.
Um morador do norte do Estado de Nova York comprou um livro de Hitler de um sebo por 50 centavos. O livro de 200 páginas e capa dura, "God's Realm and the World Today" [algo como "O Reino de Deus e o Mundo de Hoje"], foi publicado em 1915 e tem muitas anotações. Um colecionador holandês encontrou uma cópia surrada de Hitler do livro "Life of Frederick the Great" ["A Vida de Frederico, o Grande"] de Thomas Carlyle, uma biografia do século 19 que enaltece o fervor destrutivo do rei da Prússia e que alimentou as esperanças delusórias de Hitler em relação a uma miraculosa mudança de sorte na primavera de 1945.
Hitler estava lendo Carlyle nas semanas anteriores a seu suicídio.
De acordo com o catálogo do leilão montado pela empresa parisiense Kahn-Dumousset, o livro de Hitler em oferta na semana passada era um volume de antiquário, publicado em 1712, com uma ilustração de frontispício que mostrava o "furor, guerra, ódio e discórdia" na história europeia, e contava a história dos governantes europeus desde o duque de Savoy até o rei da Prússia.
O livro foi supostamente retirado do retiro de Hitler nos Alpes por um membro da 2ª Divisão Armada da França, o que empresta ao volume ainda mais valor histórico. A casa de Hitler nas montanhas abrigava muitos dos livros mais apreciados pelo líder nazista, incluindo seus volumes de Shakespeare.
Diferente de muitos outros livros remanescentes, que contêm dedicatórias de colegas ou admiradores nazistas - Heinrich Himmler, Herman Goering, Leni Reifenstahl, para citar alguns - esse volume não tem nenhuma dedicatória, sugerindo que foi uma aquisição particular, tornando-o assim ainda mais pessoal e relevante.
Na última quarta-feira, quando o livro de Hitler foi a leilão, junto com mais de outros 200 itens de antiquário, só havia lugar para ficar em pé no Hall 11 do Hotel Druout, mas ninguém respondeu ao lance de abertura de mil euros.
Entretanto, seguiu-se uma rodada movimentada de apostas anônimas por telefone, e o livro foi finalmente vendido por € 800 a mais do que o preço inicial. O tomo belamente encapado foi removido de vista e preparado para ser enviado para seu dono anônimo.
Hitler teria aprovado. No final de sua vida, o líder nazista ordenou que seus pertences pessoais fossem destruídos numa tentativa de obliterar o máximo possível sua vida privada. Ele queria ser lembrado exatamente como havia apresentado a si mesmo para o mundo: cheio de fúria, guerra, ódio e discórdia. Ele não queria deixar espaço para nuances, muito menos para insights sobre as obsessões e inseguranças particulares que alimentavam sua personalidade.
Enquanto o Matisse de Yves Saint Laurent passou da coleção de um investidor para outro e os artefatos pessoais de Gandhi retornaram para sua terra natal como patrimônio nacional, o livro de Hitler - como muitas outras coisas que poderiam nos dar mais informações sobre essa personalidade impenetrável - foi destinado a uma obscuridade ainda maior.
* Timothy W. Ryback é secretário geral da Academia Diplomática Internacional, e autor de "Hitler's Private Library: The Books that Shaped the Man" [algo como "A Biblioteca Particular de Hitler: Os Livros que Formaram o Homem"].
Tradução: Eloise De Vylder
UOL/Herald Tribune
Assinar:
Comentários (Atom)



