EM SEU CENTENÁRIO DE NASCIMENTO, PAGU, A MUSA DO MODERNISMO,
EM SEU CENTENÁRIO DE NASCIMENTO, PAGU, A MUSA DO MODERNISMO,
É DESTAQUE NA PROGRAMAÇÃO DA BIENAL DO LIVRO DE SÃO PAULO
http://www.difundir.com.br/site/c_mostra_release.php?emp=1503&num_release=25102&ori=A
Os autores do livro "Viva Pagu: Fotobiografia de Patrícia Galvão", a professora Lúcia Teixeira Furlani e o jornalista Geraldo Galvão Ferraz, participam da 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, no dia 17 de agosto.
Ícone de seu tempo e "musa trágica" do Modernismo Brasileiro, como a definiu Mário de Andrade, Patrícia Galvão (1910-1962), a Pagu, completaria 100 anos em 2010. E para homenageá-la, a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo trará uma programação especial em comemoração à data. No dia 17 de agosto (terça-feira), às 19h, a professora Lúcia Teixeira Furlani e o filho de Pagu Geraldo Galvão Ferraz, autores do livro "Viva Pagu: Fotobiografia de Patrícia Galvão", participam da palestra "Eterna Pagu", que acontecerá no Salão de Idéias da Bienal. Juntos, eles apresentarão a vida e a obra de Pagu, baseados no livro editado em parceria pela Imprensa Oficial e Editora Unisanta. Logo depois da palestra, às 21h, os autores participam de uma sessão de autógrafos no estande da Imprensa Oficial na Bienal.
Escritora, jornalista, militante política e mulher de teatro, Patrícia Galvão lutou com paixão em muitas trincheiras. Na palestra e no livro, os autores retraçam a rica trajetória da musa dos modernistas a partir de amplo material iconográfico e muitos documentos inéditos. A professora Lucia reuniu documentos de e sobre Pagu durante mais de vinte anos. Na fase final do processo, nos últimos cinco anos, contou com a ajuda do jornalista Geraldo Galvão Ferraz, filho da escritora. O livro traz muitas fotos, mas também desenhos, cartas e textos. Todas as cartas são inéditas, além de fotos e vários textos como "Microcosmo", que ela escreveu na prisão, em 1939, e duas peças teatrais inéditas: "Parque Industrial", baseada no romance homônimo publicado em 1933 e "Fuga e Variações", escrita em 1952.
A autora comenta que Patrícia é personagem típica de um tempo de grandes paixões: "Ela documentou seu próprio cotidiano, marcado por uma busca constante. Esta fotobiografia recupera as oscilações de uma vida tumultuada, contraditória e destaca a intensidade com que ela abraçou as causas. Ainda é tudo muito atual, seus questionamentos, sua busca. O livro demonstra que sua vida valeu a pena".
Na introdução, Geraldo Galvão Ferraz, filho de Patrícia e co-autor da obra, diz que trabalhar no livro foi, de certa maneira, um jeito de conhecer Pagu e reencontrar, quarenta e quatro anos depois, Patrícia/Pat/Pagu e, até mesmo, Zazá: "Infelizmente, não conheci Pagu. Eu a chamava de Mau, cognome certamente forjado no carinho das intimidades de mãe e filho. Minha mãe não gostava de ser chamada de Pagu. Era um nome que ficara no passado, quando ela vivia outra vida, buscava outros ideais, jogava-se apaixonadamente em defesa de outras bandeiras. Temos certeza de que quem for ver/ler este livro conhecerá uma Pagu da qual nunca se suspeitou. Afinal, nossa proposta não era roubar a alma de ninguém, mas fazer nossos eventuais leitores se aproximarem dela. Se conseguirmos isso, nosso objetivo estará realizado".
Os autores
Lúcia Maria Teixeira Furlani é Mestre e Doutora em Psicologia da Educação, autora de "Pagu Livre na imaginação, no Espaço e no Tempo", "Croquis de Pagu" , " A Claridade da Noite " e dos infantis " Tudo É Possível " e "O Segredo da Longa Vida", entre outros. É presidente da Universidade Santa Cecília e presidente do Centro de Estudos Pagu Unisanta, em Santos.
Geraldo Galvão Ferraz é jornalista, crítico literário e tradutor. Trabalhou nas revistas "Veja", "Isto É", "Playboy", "Cult", e nos jornais "O Estado de S.Paulo" e "Jornal da Tarde", entre outros. É autor de "A empolgante história do romance policial", recebeu dois prêmios Jabuti e atualmente coordena o Centro de Estudos Pagu Unisanta.
SERVIÇO
PALESTRA "ETERNA PAGU"
Data e Horário: 17/08, 19h
Local: Salão de Ideias
SESSÃO DE AUTÓGRAFOS LIVRO "VIVA PAGU"
Data e horário: 17/08, 21h
Local: estande da Imprensa Oficial
21ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE SÃO PAULO
Data: 12 a 22 de agosto de 2010
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi - Av. Olavo Fontoura, 1.209 - São Paulo/SP
Site: www.bienaldolivrosp.com.br
Mais informações pelo site www.pagu.com.br ou pelo twitter www.twitter.com/100anosdepagu
Mais informações à Imprensa: Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, com Leonardo Neto (Leonardo@lufernandes.com.br) ou Ivani Cardoso (ivanicardoso@lufernandes.com.br), pelo telefone 11 3814-4600.
Fotobiografia
FERNANDO RABELO - EDITOR
terça-feira, 22 de junho de 2010
Fotobiografia retraça a trajetória de Pagu, a musa dos modernistas
Pagu na Casa das Rosas
sexta-feira, 25 de junho de 2010
O jornalismo de Pagu na Casa das Rosas
Um amplo painel da atuação de Patrícia na imprensa será apresentado por Geraldo Galvão desde quando ela iniciou no Brás Jornal. Mais tarde, criaria com Oswald de Andrade o jornal O Homem do Povo e colaboraria com a Revista da Antropofagia. Foram décadas de atuação na imprensa até o seu falecimento, em 1962.
Geraldo Galvão é co-autor, junto com Lúcia Furlani, da obra VIVA PAGU – Fotobiografia de Patrícia Galvão, a ser lançada no dia primeiro de julho, na Casa das Rosas. Além de escritor, Geraldo atua como crítico literário e tradutor. Trabalhou nas revistas Veja, Isto É, Playboy, Cult, e nos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, entre outros. É autor de A empolgante história do romance policial. Recebeu dois prêmios Jabuti e atualmente coordena o Centro de Estudos Pagu Unisanta.
Márcia Costa abordará a atuação de Patrícia como jornalista e agitadora cultural em Santos, cidade onde viveu entre 1954 e 1962, ano de sua morte. Junto com Geraldo Ferraz, o companheiro também jornalista, Patrícia modernizou o jornalismo cultural atuando em A Tribuna, um dos mais antigos jornais do País. Ele, como editor do jornal; ela autora de várias colunas sobre teatro, televisão, literatura e crônicas sobre a cidade.
Patrícia Galvão atuando como jornalista em Santos, em A Tribuna (arquivo Lúcia Teixeira Furlani)
No curso de mestrado que finalizou em Comunicação Social na Universidade Metodista de São Paulo, em 2008, Márcia Costa pesquisou a atuação desta intelectual, que extrapola as páginas do jornal e se expande por Santos, São Paulo, Rio de Janeiro, Paris… Para a pesquisa acadêmica aprofundou-se principalmente na coluna Literatura, e entrevistou cerca de 15 contemporâneos de Patrícia com atuação nas artes e no jornalismo local.
Nos últimos dois anos, Márcia, que vive em Santos, ampliou a pesquisa para a atuação de Patrícia no âmbito do teatro e no cotidiano da intelectual na cidade, abordando seu contato com os artistas locais, nacionais e internacionais e sua participação na política cultural do País. Este material, resultado da interpretação de mais de 300 textos de Patrícia em A Tribuna e da produção de cerca de 30 entrevistas, integrará o livro De Pagu a Patrícia, a ser lançado pela pesquisadora no dia 12 de dezembro, data de morte de Patrícia, por meio do Instituto Artefato Cultural. A ideia é que a obra contribua com informações sobre a cultura de Santos, São Paulo e do País na década de 50.
A partir do acompanhamento da trajetória intelectual e da participação de Patrícia em A Tribuna e em outros jornais, a pesquisa identificou as características definidoras de sua produção (tanto como jornalista como quanto agitadora cultural) ao longo de quase quatro décadas: a busca constante pela divulgação da vanguarda, a preocupação didática, a autonomia intelectual, a defesa da literatura e do teatro como forma de emancipação do indivíduo o diálogo com os escritores e intelectuais locais, nacionais e internacionais.
O estudo situou Patrícia Galvão em uma geração que contribuiu para modernizar o debate de idéias e a própria linguagem dos periódicos. A produção destes intelectuais reforçou o papel do jornal como instrumento de análise e de crítica frente às discussões sobre cultura e sociedade, o que permite entender a imprensa como um território que abriga produções simbólicas diversas.
David Jackson
A produção de Patrícia ao longo de 30 anos na imprensa (artigos, reportagens, crônicas e críticas) está sendo reunida em quatro volumes de um livro, na Universidade de Yale, sob a coordenação do professor K. David Jackson, desde 2006. O trabalho conta com o apoio do Centro Unisanta de Estudos Pagu (Santos). Jackson falará sobre o jornalismo de Pagu em São Paulo e Santos no dia 1º de agosto, às 20h, também na Casa das Rosas.
Para conhecer a programação completa da Casa das Rosas no centenário de Pagu, clique aqui. Informações sobre a Pagu jornalista aqui. Site do centenário de Pagu: http://www.pagu.com.br.
Fotobiografia
FERNANDO RABELO - EDITOR
terça-feira, 22 de junho de 2010
Fotobiografia retraça a trajetória de Pagu, a musa dos modernistas

Historia Vermelha
domingo, 27 de junho de 2010
100 ANOS DE PAGU
Patrícia Galvão PAGU (1910-1962).
Em 1931 Pagu e Oswald fundaram O Pasquim, no qual ela triunfava numa coluna feminista: A mulher do povo, onde criticava o machismo, tachado por ela de provincianismo pequeno-burguês. A experiência d'O Pasquim durou apenas 8 edições, fechado por estudantes de direito do Largo do São Francisco.
Ainda nesse ano, Pagu foi a primeira presa política da história brasileira após protesto de comunistas proletários na greve de estivadores em Santos.
Dois anos depois, Pagu escreveu Parque Industrial e saiu do Brasil. Chegou a morar nos EEUU, na França, na Alemanha, na China e na União Soviética. Sendo correspondente do jornais: Correio da Manhã, Diário de Notícias e A Notícia.
Em 1935, Pagu é presa novamente pela polícia política de Vargas. Liberta em 1940, rompe com o PCB e entra numa crise existêncial (chegando a tentar o suicídio em 1950), ao afirmar que não iria sair da luta. Quando em 1945 se reune com Mário Pedrosa na edição do jornal Vanguarda Socialista, de linha trotskista.
Nos anos 1950, Pagu tenta, sem sucesso, ser deputada estadual pelo PSB no estado de São Paulo, mas sem sucesso. Transtornada pelo câncer, Pagu vai à França e quando percebe a irreversibilidade do quadro, tenta novamente o suicídio.
Pagu morre em 1962, num momento em que sua contribuição cultural nos forneceu a bossa nova, o cinema novo, o teatro de revista, Guimarães Rosa. Tempos de Brasília se iniciaram.
Nossa singela homenagem a Pagu que aniversaria seu centenário no dia 14 de julho, e a tantas outras que revolucionam os nossos tempos.
OBRAS:
Parque industrial(romance proletário, sob o pseudônimo de Mara Lobo). São Paulo: Edição da autora, 1933.
A famosa revista(romance). Rio de Janeiro: Americ-Edit., 1945. (Escrito em parceria com Geraldo Ferraz).
Verdade e liberdade(panfleto político). Edição do Comitê Pró-Candidatura Patrícia Galvão. São Paulo, 1950.
A famosa revista. 2ª ed., São Paulo: Livraria José Olympio Editora, 1959. (Publicado em conjunto comDoramundo, de Geraldo Ferraz, sob o título geral deDois romances.)
O "álbum de Pagu"ouPagu - Nascimento, vida, paixão e morte(1929). Publicado nas revistasCódigonº 2, Salvador, 1975 eAtravésnº 2, Duas Cidades; São Paulo, 1978.
Parque industrial. Reeditado em fac-símile, salvo a capa, com apresentação de Geraldo Galvão Ferraz. Editora Alternativa: São Paulo, 1981.
Parque industrial. 3ª ed., Porto Alegre: Mercado Aberto; São Paulo: EDUFSCar, 1994. (Novelas Exemplares).
Safra macabra. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998.
Historia Vermelha
domingo, 27 de junho de 2010
100 ANOS DE PAGU
Patrícia Galvão PAGU (1910-1962).
Em 1931 Pagu e Oswald fundaram O Pasquim, no qual ela triunfava numa coluna feminista: A mulher do povo, onde criticava o machismo, tachado por ela de provincianismo pequeno-burguês. A experiência d'O Pasquim durou apenas 8 edições, fechado por estudantes de direito do Largo do São Francisco.
Ainda nesse ano, Pagu foi a primeira presa política da história brasileira após protesto de comunistas proletários na greve de estivadores em Santos.
Dois anos depois, Pagu escreveu Parque Industrial e saiu do Brasil. Chegou a morar nos EEUU, na França, na Alemanha, na China e na União Soviética. Sendo correspondente do jornais: Correio da Manhã, Diário de Notícias e A Notícia.
Em 1935, Pagu é presa novamente pela polícia política de Vargas. Liberta em 1940, rompe com o PCB e entra numa crise existêncial (chegando a tentar o suicídio em 1950), ao afirmar que não iria sair da luta. Quando em 1945 se reune com Mário Pedrosa na edição do jornal Vanguarda Socialista, de linha trotskista.
Nos anos 1950, Pagu tenta, sem sucesso, ser deputada estadual pelo PSB no estado de São Paulo, mas sem sucesso. Transtornada pelo câncer, Pagu vai à França e quando percebe a irreversibilidade do quadro, tenta novamente o suicídio.
Pagu morre em 1962, num momento em que sua contribuição cultural nos forneceu a bossa nova, o cinema novo, o teatro de revista, Guimarães Rosa. Tempos de Brasília se iniciaram.
Nossa singela homenagem a Pagu que aniversaria seu centenário no dia 14 de julho, e a tantas outras que revolucionam os nossos tempos.
OBRAS:
Parque industrial (romance proletário, sob o pseudônimo de Mara Lobo). São Paulo: Edição da autora, 1933.
A famosa revista (romance). Rio de Janeiro: Americ-Edit., 1945. (Escrito em parceria com Geraldo Ferraz).
Verdade e liberdade (panfleto político). Edição do Comitê Pró-Candidatura Patrícia Galvão. São Paulo, 1950.
A famosa revista. 2ª ed., São Paulo: Livraria José Olympio Editora, 1959. (Publicado em conjunto com Doramundo, de Geraldo Ferraz, sob o título geral de Dois romances.)
O "álbum de Pagu" ou Pagu - Nascimento, vida, paixão e morte (1929). Publicado nas revistas Código nº 2, Salvador, 1975 e Através nº 2, Duas Cidades; São Paulo, 1978.
Parque industrial. Reeditado em fac-símile, salvo a capa, com apresentação de Geraldo Galvão Ferraz. Editora Alternativa: São Paulo, 1981.
Parque industrial. 3ª ed., Porto Alegre: Mercado Aberto; São Paulo: EDUFSCar, 1994. (Novelas Exemplares).
Safra macabra. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998.