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Onde e Quando

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sábado, 21 de agosto de 2010

Programação de Julho: a Casa Das Rosas Visita Pagu

Casa das Rosas dedica o mês de 
julho ao centenário de nascimento de Pagu

A Casa das Rosas visita Pagu. Continua no mês de julho a celebração do centenário de nascimento de Patrícia Galvão (1910-1962). Foram programadas diversas atividades, apresentações, oficinas, reflexões e releituras das múltiplas facetas dessa poeta, intelectual, militante política e jornalista. Acompanhe a programação e conheça um pouco mais da historia, obras e pensamento de Pagu. 

VIVA PAGU
Curadoria: dra. Lúcia Maria Teixeira Furlani.
Colaboração: Geraldo G. Ferraz e Rudá K. de Andrade.
De terça-feira, 1º de julho a 8 de agosto.
Abertura: 1º de julho, 20h

Em 2010, Pagu completaria 100 anos. Em sua homenagem, a Casa das Rosas, em parceria com a Universidade Santa Cecília, de Santos, recebe a exposição "Viva Pagu". Na abertura, será lançado o livro Viva Pagu – Fotobiografia de Patrícia Galvão, de Lúcia Maria Teixeira Furlani e Geraldo Galvão Ferraz (Unisanta e Imprensa Oficial)

Admirável Parque Industrial 
Com Lívio Tragtenberg.
Sextas-feiras, 16 e 23 de julho, da 20h às 21h

Uma rapsódia de transfiguração sonora e visual a partir do romance Parque industrial (1933), de Patrícia Galvão, criada pelo compositor Lívio Tragtenberg, com vídeos, música e voz ao vivo. O romance proletário dialoga com a atualidade de uma metrópole que se revela por meio de vertigens sonoras e visuais. Os vídeos são de Roberto Moreira e Georgia Costa.

Pérsia-Irã: Poética do olhar
Curadoria e coordenação: Lelia Maria Romero.
Sexta-feira, 2 de julho, às 19h

O projeto Viajarte apresenta culturas pouco ou mal conhecidas ao tentar resgatar a poética do olhar nas viagens: o Irã contemporâneo como herdeiro da grande Pérsia, contradições e desafios de uma cultura cheia de delicadeza e poesia, através do depoimento de viajantes. Palestra, poemas, música e imagens. 

Angu de Pagu
Sábados, 24 e 31 de julho, às 20h
O espetáculo conta a história de diversas "Pagus" por meio de informações que não seguem uma linha cronológica, formando um esqueleto que traça sua trajetória em seis momentos marcantes por sua intensidade. Mulher de inúmeros matizes, libertária por excelência, de Joana d'Arc a Rosa de Luxemburgo, uma combinação dos mais puros e profundos sentimentos de liberdade. 
Direção e concepção: Gal Martins.
Intérpretes-criadores: Cléia Varges, Felipe Santana, Jean Valber, Barbara Santos, Lenny de Sousa, Marcela Teixeira, Mazé Soares, Rodrigo Cândido e Welton Silva.
Coreografia: Gal Martins e intérpretes-criadores.
Coreógrafo convidado: Antonio Marques.
Assistência de coreodramaturgia: Adriana Coldebella e Siva Nunes.
Preparação corporal: Érika Moura.
Orientação de pesquisa biográfica: Gisleide dos Santos.
Trilha sonora: Gunnar Vargas.
Figurino: Gisleide dos Santos.
Produção: Marina Hohne.
Adaptação de textos: Siva Nunes e Welton Silva.
Fotos: Érick Diniz.

Projeto Revista Cultural
Com Os Babilaques
Sexta-feira, 30 de julho, às 20h

No mês de julho, a banda Os Babilaques fará um show especial dedicado inteiramente aos poetas marginais contemporâneos. Quem são, o que dizem e como atuam estes revolucionários das palavras. A apresentação terá muita poesia, música, dança e arte visual. O público pode e deve participar. Basta trazer um poema e deixar sua homenagem a todos aqueles que fazem da palavra uma maneira de ser e de estar.

PALESTRAS

Revelações de Pagu: em torno de escritos autobiográficos
Com Gênese Andrade.
Terça-feira, 6 de julho, às 20h

Pagu fez da vida ficção no primeiro texto de sua autoria de que se tem notícia, escrito no fim dos anos 1920. Em 1929, iniciou um diário a quatro mãos, com Oswald de Andrade. Já nos anos 1940, escreveu suas memórias em uma carta dirigida a Geraldo Ferraz, em forma de diário. Publicados apenas postumamente, esses textos expõem revelações e contradições, e instigam reflexões sobre a autobiografia, sobre as fronteiras entre a ficção e a confissão, entre o público e o privado, que serão apresentadas nesta palestra.

Pagu
Com Maria de Lourdes Eleuterio
Terça-feira, 13 de julho, às 20h

Atuação da jornalista e desenhista Pagu Galvão em O Homem do Povo (março/abril de 1931). Em várias seções do jornal, sob diversos pseudônimos, ela denuncia a moral vigente, a educação, os projetos destinados às mulheres, confirmando a linha editorial do panfletário impresso.

O Jornalismo de Pagu
Com K. David Jackson.
Domingo, 1º de agosto, às 20h

Durante 30 anos, Patrícia Galvão (Pagu) publicou suas colunas em São Paulo e Santos, começando, em 1931, com "A Mulher do Povo", até as últimas colunas n'A Tribuna, ainda assinadas como Mara Lobo. Na última, "Apertar o cinto" (26/3/61), afirma: "Nós ficamos. E lutaremos. Este o nosso até logo, embora sem saber para quando". Será para agora, com a coleção do jornalismo em livro?

Cursos Bimestrais 

30 vagas.
As inscrições podem ser feitas na recepção da Casa das Rosas, de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. Documentação necessária: 1 foto 3x4; xerox do RG; xerox do comprovante de residência. Com entrega de certificado (mínimo de 70% de frequência). Taxa: R$ 10,00.

Face a face com Pagu
Com Susanna Busato.
Sábados 3, 10 e 17 de julho, das 15h às 17h

Há cem anos nascia Patrícia Rehder Galvão, ou simplesmente Pagu. Musa do Modernismo brasileiro, ativista política, jornalista, escritora e produtora cultural, Patrícia Galvão foi uma mulher intensa e sensível à vida e ao poder da palavra. Estes encontros com Pagu são para aqueles que ainda não a conhecem e desejam descobrir as faces dessa mulher. No dia 3 de julho, haverá a exibição do filme Eternamente Pagu.

OFICINAS

Oficina de Música ao vivo com cinema mudo, para crianças
Com Livio Tragtenberg.
Sextas-feiras, 2 e 16 de julho, das 15h às 16h30
Faixa etária: 7 a 12 anos.

O compositor e criador de trilhas de cinema, Livio Tragtenberg, cria, com as crianças, trilhas sonoras para curtos filmes mudos. As crianças participam ativamente dessas criações, trazendo objetos que possam produzir sons interessantes.

MEIO-DIA MOVIOLA

Cine Pagu 

Quintas-feiras, 8, 15, 22 e 29 de julho, às 12h30
Filmes indicados para maiores de 18 anos.
08 – Eh, Pagu, eh. 
15 – Pagu – livre na imaginação, no espaço e no tempo.
22 e 29 – O homem do pau-brasil.
SHOW

Crianças Crionças
Com Cid Campos.
Sexta-feira, 30 de julho, às 15h

O show Crianças Crionças, nesta versão pocket, traz, para o convívio das crianças, poemas infantis musicados e interpretados por Cid Campos que navegam pelo universo dos animais, vegetais e objetos, conferindo a estes características humanas, tecendo uma trama de relações curiosas em que predominam o humor, o lirismo e as paixões. O CD Crianças crionças (selo Sesc) estará disponível para venda.

ESPETÁCULO

Orfandade
Com Cia. Polivox.
Sábado e domingo, 3 e 4 de julho, 17h.
Ingresso: R$ 30,00.

Com textos da poeta mineira Adélia Prado, Orfandade é um solo da Cia. Polivox que retrata a história de uma mulher. Ela nos convida a participar de suas lembranças e a enxergar seu mundo através da poesia, da descoberta do amor e de detalhes de uma vida simples e corriqueira, que tem o cheiro e o sabor de memória.

SARAUS

Sarau da Casa
Sábados, 17 de julho, 20h.

Sarau aberto à participação do público, que terá a oportunidade de apresentar seus poemas. A cada encontro, o Sarau da Casa recebe dois poetas contemporâneos que são entrevistados pelos apresentadores do evento e fazem leituras de seus poemas. O objetivo é valorizar a multiplicidade e a pluralidade da poesia que está sendo produzida hoje. As inscrições para leitura de poemas são feitas na recepção da Casa das Rosas, durante o próprio sarau. 

Convidados: Deborah Goldemberg e Michel Sleiman. 
Música: Soledad Yaya.

Deborah Goldemberg é antropóloga e escritora. Trabalhar com desenvolvimento sustentável no Norte e Nordeste do Brasil. Publicou Ressurgência Icamiaba e O Fervo da Terra. É curadora do Sarau das Poéticas Indígenas e agitadora da literatura trans-brasileira. 

Michel Sleiman é diretor da revista Tiraz, de estudos árabes e das culturas do Oriente Médio. Publicou os livros A poesia árabe-andaluza e A arte do Zajal, entre outros. Atualmente leciona e orienta na pós-graduação na Universidade de São Paulo, na área de Língua e Literatura Árabe. 

Poetas da Casa
Curadoria: Maria Alice Vasconcelos.
Domingos, 25 de julho, das 17h às 19h
Organizado pela poeta Maria Alice Vasconcelos, o sarau acontece mensalmente e conta com a participação de alunos e ex-alunos da Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos, que leem textos próprios e de outros autores. 

Sarau Chama Poética
Vozes do Sul

Leituras e declamações: Fernanda de Almeida Prado e Alex Dias. 
Direção: Fernanda de Almeida Prado
Domingo, 18 de julho, às 17h

O Chama Poética convidou o Grupo Voz, formado por músicos gaúchos, com um belo repertório atrelado à poesia, para fazer este sarau e mostrar a produção do Sul de nosso país, em especial, a poesia de Mário Quintana.

BIBLIOTECA CIRCULANTE

A Biblioteca Circulante, especializada em literatura e poesia, é um local de livre acesso em que os leitores inscritos podem retirar até dois livros por vez, com direito à renovação, desde que não haja reserva nem dano ao material emprestado.

Cadastro de usuários
Documentos necessários: documento de identidade + cópia; comprovante de residência + cópia; 1 foto 3x4. Matriculados nos cursos oferecidos pela Casa das Rosas estão automaticamente cadastrados na Biblioteca Circulante.
Horário de funcionamento: de terça a sexta-feira, 10h às 21h; sábados e domingos, 10h às 18h. 

EXPOSIÇÃO PERMANENTE

Visite a exposição dos móveis e objetos que compunham o escritório do poeta Haroldo de Campos e assista à exibição do documentário Galáxia Haroldo, gravado no Tuca, em 2003, em homenagem ao poeta, falecido em agosto daquele ano. 

VISITAS MEDIADAS 

Agendadas 
Terça a sexta-feira, das 10h às 12h e das 14h às 16h. 
Mínimo de 10 pessoas.
 
http://ondequando.com/event/90220/Programa%E7%E3o-de-Julho:-a-Casa-Das-Rosas-Visita-Pagu?editkey=0&year=2010&month=08&day=13&place=0&calendartype=auto&begin=0&total=25
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Mostra de Arte Unisanta

Mostra de Arte Unisanta


QUINTA-FEIRA, 29 DE JULHO DE 2010





Alunos da Unisanta promovem Mostra de Arte em homenagem à Pagu, de segunda-feira (2/8), até dia 14/8





A mostra de Arte Memórias da Pele – homenagem dos alunos da Universidade Santa Cecília (Unisanta) ao centenário de nascimento de Pagu, ficará aberta ao público de segunda-feira (2/8), a partir das 20 horas, até dia 14/8, na Galeria e Espaço Cultural Unisanta, com entrada franca. São 43 trabalhos selecionados, feitos por estudantes dos cursos de Artes Visuais, Arquitetura e Urbanismo, Design de Interiores e Multimídia, sob a orientação do professor Gilson de Melo Barros.

Os estudantes pesquisaram as obras e procedimentos desenvolvidos por artistas pertencentes às Vanguardas do Século XX, fazendo uma conexão com expressões do Movimento Modernista brasileiro, explica o professor, diretor de teatro e artista Melo Barros. Em seguida, inseriram nesse contexto a participação da escritora e ativista política Patrícia Galvão, para criar os trabalhos que serão apresentados por meio da técnica de ensamblagem – informações plásticas contidas em caixas vitrines.

Patrícia Galvão, a Pagu, como ficou mais conhecida, além de musa modernista, e notável jornalista, foi um "dínamo do movimento teatral santista em seu momento germinal, e foi também seu mundo sem simulação", acrescenta Melo Barros. "Íntegra, decidida, ativa militante, personalíssima em seu comportamento, foi também a dor da ausência, o peso das torturas, a cor das desilusões, a bala na agulha e o mar revolto. Por trás da rima da canção, silêncios e contra mão".

A Galeria de Arte e Espaço Cultural Unisanta fica na Rua Dr. Osvaldo Cruz, 275 / Térreo).



POSTADO POR LU FERNANDES COMUNICAÇÃO E IMPRENSA ÀS 04:38 


MARCADORES: 100ANOSDEPAGU, VIVA PAGU








http://lufernandescomunicacao.blogspot.com/2010/07/alunos-da-unisanta-promovem-mostra-de.html

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Pagu, foi modelo comportamental...

Pagu, foi modelo comportamental...


Patrícia Galvão, a Pagu, foi modelo comportamental por afrontar o conservadorismo da sociedade nos efervescentes anos 20


26 de julho de 2010


Fonte: A Notícia - SC


Patrícia Galvão (1910 – 1962) publicou poemas e ficções, escreveu sobre arte e política, pode ser lida em coletâneas que vêm sendo compiladas há décadas. O melhor da autora paulista, no entanto, não está em nenhum desses registros. Trata-se de um daqueles casos em que a vida da artista foi maior que a obra que ela deixou. Muito maior. País de poucas biografias aprofundadas e independentes, o Brasil é um dos únicos lugares em que um mito como ela sobrevive sem livros mais conclusivos sobre sua trajetória.


Pagu, jovem de "olhos moles" e corpo "onduladinho e indolente", "dum veneninho gostoso/ que dói na boca da gente", conforme apelido e descrição de autoria de Raul Bopp, foi mais do que a musa do Modernismo, rótulo ao qual é frequentemente reduzida.


Foi um exemplo de vida para gerações que mudaram a cultura do País. Tida como modelo comportamental por afrontar o conservadorismo da sociedade, sobretudo nos efervescentes anos 20, Pagu viveu e morreu pelas causas que adotou como suas – o comunismo, o teatro, a arte de caráter nacionalista.


Presa e torturada no Brasil e depois na França ocupada durante a 2ª Guerra, também inspirou grandes artistas modernos, muitos dos quais, nos anos seguintes, entrevistaria como jornalista. Seu centenário, completado em 9 de junho, motivou homenagens, principalmente em São Paulo, que incluem exposições e debates, todos documentados em www.pagu.com.br.


Agora, acaba de ganhar a fotobiografia "Viva Pagu". Não é um livro ordinário. Fruto de uma pesquisa de 20 anos, traz documentos, imagens e textos inéditos, além de um apanhado amplo de sua história. Pode-se ver, agora em alguns detalhes até então desconhecidos, que não é uma história ordinária – nem no contexto do Modernismo brasileiro, nem no Brasil do pós-Guerra.


DANIEL FEIX


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http://www.lufernandes.com.br/2010/nossos-clientes-na-midia/patricia-galvao-a-pagu-foi-modelo-comportamental-por-afrontar-o-conservadorismo-da-sociedade-nos-efervescentes-anos-20/




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Homenagens no cinema, na música, na literatura

Homenagens no cinema, na música, na literatura

Homenagens no cinema, na música, na literatura

Patrícia Galvão já ganhou as telas no longaEternamente Pagu (1988), dirigido por Norma Bengell e estrelado por Carla Camurati – no filme,Antônio Fagundes é Oswald de Andrade eEsther Góes, Tarsila do Amaral.

A escritora também foi retratada em dois documentários de curta-metragem: Eh Pagu Eh(1982), de Ivo Branco, e Pagu – Patrícia Galvão: Livre na Imaginação, no Espaço e no Tempo (2001), de seu filho Rudá Andrade e do diretor Marcelo Tassara. Apareceu ainda como personagem da minissérie da TV Globo Um Só Coração (2004), vivida porMiriam Freeland.

Também virou música – Pagu, de Rita Lee e Zélia Duncan, gravada por ambas e, depois, por Maria Rita. Mas é na literatura que a musa do Modernismo brasileiro ganhou mais homenagens.

Uma delas, considerada a mais profunda, é assinada pela pesquisadora Lúcia Furlani, a mesma responsável pela fotobiografia Viva Pagu. Chama-se Pagu – Patrícia Galvão: Livre na Imaginação, no Espaço e no Tempo, foi publicada em 1999 e inspirou o curta homônimo citado anteriormente.

Pagu: Vida-Obra (1987) tem a assinatura do concretista Augusto de Campos. Trata-se de uma antologia poética comentada, em que Campos, num apelo pela recuperação de toda a sua produção jornalística, chama a autora de "a primeira mulher nova do Brasil no século 20".

Há ainda outros títulos de origem acadêmica, mas quem quiser mergulhar na vida e na obra de Patrícia Galvão tem como melhores pedidas, além das obras citadas, o livro Paixão Pagu, espécie de autobiografia precoce elaborada a partir de suas cartas escritas na prisão e compilada pela editora Agir em 2005.

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Pagu - Uma escritora valeparaibana e uma socialista engajada

Pagu - Uma escritora valeparaibana e uma socialista engajada













http://valedoparaibaarquivoshistoricos.blogspot.com/2010/07/pagu-uma-escritora-valeparaibana-e-uma.html






segunda-feira, 12 de julho de 2010





Pagu – Uma Escritora Valeparaibana e uma Socialista Engajada




Uma personagem não reconhecida pelas gerações passadas. Uma mulher esquecida pela atual geração.
Patrícia Rehder Galvão – conhecida como Pagu (1910-1962), esposa de um dos maiores expoentes da Semana de Arte Moderna de 1922, o escritor Oswald de Andrade, autor de obras como "Macunaíma".
Não por ser a companheira de Oswald de Andrade, mas por ter sido uma artista refinada, conectada com o seu tempo e revolucionária como mulher inserida numa época em que o preconceito de gênero ainda era forte.
Foi jornalista em Paris, escritora, pintora, ilustradora e mãe. Uma autodidata de mente aberta que não participou dos atos de 1922, mas que empunhou com fervor e lucidez as armas para defender a vanguarda cultural paulista.
Na política foi uma socialista exemplar, tendo criado, em 1945, a "Vanguarda Socialista". Esteve no Leste Europeu e na Alemanha, oportunidade em que foi tutelada pela Gestapo, e na França, onde lutou pela Frente Popular.
Publicou, em 1933, o romance "Parque Industrial", sob o pseudônimo de "Mara Lobo" e, em 1945, em parceria com o segundo marido, escreveu a obra "A Famosa Revista"
E, no centenário do seu nascimento, ocorrido em junho passado, lembramos que, embora tenha nascido na cidade paulista de São João da Boa Vista, a artista tem raízes valeparaibanas. Especificamente por seu progenitor, descendente da família Galvão de França, estabelecida em Guaratinguetá e no município de Cunha, respectivamente na primeira metade do século XVIII e inicio do século XIX.
Pelo lado de seus avós paternos, descende do Capitão mor Antônio Galvão de França e de sua mulher Isabel Leite de Barros, que tiveram a filha Francisca Xavier de França (irmã de Frei Galvão) casada com o Alferes Francisco Nabo Freire e destes nascera Antônio Galvão Freire que teve alguns filhos. Dentre eles, Francisca Xavier de França, moradora na vila de Cunha e casada, naquela localidade, com Manuel Gomes de Oliveira, que são os avós de Thiers Galvão de França, que se casou em São João da Boa Vista com Adélia Rehder, de onde nasceu Patrícia Galvão.
Neste sentido, tomando como motivo a sua origem e a valorização da nossa terra, da nossa gente e da nossa documentação, é necessário dirigir o olhar para uma mulher que desafiou a sociedade através da política e da arte, deixando importante legado sobre a mulher no segundo quartel do século XX. Vale recuperar sua literatura e promover debates no Vale do Paraíba.
Imagem: Patrícia Galvão (Pagu) In: margarethf.blogspot.com/2010/04/natureza-morta-patricia-galvao-pagu-os.html (acessado em 12/07/2010).




Postado por Joaquim Roberto Fagundes às 19:28 













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Os Cem anos de Pagu

Os Cem anos de Pagu

http://noleto16.blogspot.com/2010/07/os-cem-anos-de-pagu.html
 





QUINTA-FEIRA, 15 DE JULHO DE 2010





OS CEM ANOS DE PAGU




Do site do PSTU.
Pagu tem os olhos moles
uns olhos de fazer doer.
Bate-côco quando passa.
Coração pega a bater.

É, Pagu, é! Dói porque é bom de fazer doer!

(poema de Raul Bopp)


Adentremos os olhos tristes da foto de Patrícia Galvão. Naqueles olhos se encontra a mulher de cores antropofágicas, que tão jovem se uniu aos artistas modernistas para redefinir os rumos da arte no Brasil e no mundo. Lá se encontra a militante revolucionária, tantas vezes perseguida por defender o ideal de sociedade justa e igualitária. Lá está "a musa trágica da revolução", na definição de Carlos Drummond de Andrade.

No centenário de seu nascimento, lembrar ou conhecer Patrícia Rehder Galvão é tatear um espírito revolucionário, feminista, artista. Nascida em 9 de junho de 1910, Pagu desde muito jovem foi uma grande mulher.

Vida
Ainda adolescente, o ato de fumar na rua, as roupas mais ousadas, o corte de cabelo, a forma de falar, tudo em Patrícia denunciava que ela era incomum para seu tempo e sua origem familiar. Em 1925, com apenas 15 anos, Patrícia começa a escrever para o Brás Jornal, sob o pseudônimo Patsy.

Patrícia tinha 19 anos quando conheceu o casal de modernistas Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral, se juntando ao grupo de artistas e praticamente se tornando musa do movimento. Em 1930 Oswald separa-se de Tarsila e se casa com Pagu que estava grávida de seu primeiro filho, Rudá de Andrade. Três meses após o parto, Pagu viaja para um festival de poesia na Argentina. Lá, ela conhece Luís Carlos Prestes. Após este primeiro contato com as idéias marxistas, Patrícia volta ao Brasil e se filia ao Partido Comunista.

Em 15 de abril de 1931, Pagu foi presa como militante comunista, durante uma greve dos estivadores em Santos. Quando foi solta, o PCB a fez assinar um documento em que se declarava uma "agitadora individual, sensacionalista e inexperiente". Esta foi a primeira de 23 prisões que Patrícia sofreu ao longo de sua vida.

Em 1933, é publicado seu primeiro romance, "Parque industrial", que ela assina como Mara Lobo por exigência do Partido Comunista.

Depois disso, como jornalista, Pagu viajou por países como EUA, Japão, China, União Soviética. Filiou-se ao PC na França, onde foi presa como militante comunista estrangeira, em 1935. Quando seria deportada para a Alemanha nazista, o embaixador brasileiro Souza Dantas a manda de volta ao Brasil.

Ao retornar, Pagu se separa de Oswald e retoma suas atividades jornalísticas. Porém, em 1935, ela é novamente presa e torturada. Ao sair da cadeia 5 anos depois, Patrícia rompe com o PCB, em 1940. Descontente com as posturas do stalinismo, Pagu adere então ao trotskismo, se incorpora à redação do jornal A Vanguarda Socialista, junto com seu segundo marido Geraldo Ferraz, o crítico de arte Mário Pedrosa, Hilcar Leite e Edmundo Moniz. Do casamento com Geraldo Ferraz, nasce seu segundo filho, Geraldo Galvão Ferraz, em 18 de junho de 1941.

Após a descoberta de que tinha câncer, Pagu volta a Paris em setembro de 1962, para ser operada. A cirurgia não teve sucesso e ela tenta suicídio, o que já havia feito após sair da cadeia em 1940. Morreu em dezembro de 1962.

Literatura de cores proletárias
Pagu publicou os romances Parque Industrial (1933), sob o pseudônimo Mara Lobo, e A Famosa Revista (1945), em colaboração com Geraldo Ferraz. Escreveu também contos policiais, sob o pseudônimo King Shelter, publicados na revista Detective, dirigida pelo dramaturgo Nelson Rodrigues. Além disso, revelou e traduziu grandes autores até então inéditos no Brasil como James Joyce, Eugène Ionesco, Arrabal e Octavio Paz.

"Parque Industrial", que Pagu escreveu ainda muito jovem, foi um marco: é considerado o primeiro romance proletário brasileiro. O livro adentra, com todas as cores reais, o cotidiano das mulheres operárias da década de 30 na região do Brás em São Paulo.

No Parque Industrial de Pagu estão os dias cansados, as ruas, as casas, os quartos, os sonhos das operárias. Lá está a trabalhadora grávida, que perde o amante, o emprego, o filho, a liberdade.

"Na grande penitenciária social os teares se elevam e marcham esgoelando". Depois, Pagu pinta o fim de turno: "Novamente as ruas se tingem de cores proletárias. É a saída da fábrica". "O apito escapa da chaminé gigante, libertando uma humanidade inteira que se escoa para as ruas da miséria. Um pedaço da fábrica regressa ao cortiço".

A escritora também escancara as janelas burguesas. "A burguesia combina romances medíocres. Piadas deslizam do fundo dos almofadões. Saem dos arrotos de champanhe caro. O caviar estala nos dentes obturados". Caricaturiza a patroa, estabelecendo poética comparação: "Madame, enrijecida de elásticos e borrada de rímel, fuma, no âmbar da piteira, o cigarro displicente. Os olhos das trabalhadoras são como os seus. Tingidos de roxo, mas pelo trabalho noturno".

Pagu mostra o despertar das operárias para a luta. "O Brás acorda. A revolta é alegre. A greve, uma festa!". Depois, mostra a repressão.

No Parque Industrial, Pagu se veste de todas aquelas mulheres. Ela é Rosinha Lituana, dirigindo e encorajando as colegas. Ela é a esperança de Otávia, é a dor de Corina.

Pagus
Nos olhos tristes da fotografia de Pagu encontram-se a Mara Lobo, a Patsy, a Corina, a Patrícia, todos os nomes a que ela tem direito para se fazer lembrar. E o centenário de nascimento de Patrícia Galvão reimprime a necessidade de todas nós, mulheres revolucionárias, sermos a cada dia um pouco do que foi Pagu.



Postado por Luiz Noleto às 7/15/2010 10:49:00 AM 
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Marcadores: arte, Pagu, poesia





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