Ainda sobre a mostra Pagu
20/08/2010 - 17:58 - | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Exposição Viva Pagu está aberta a visitação até 26/8, na Unisanta | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Viva Pagu Fotobiografia de Patrícia Galvão, de Lúcia Maria Teixeira Furlani e Geraldo Galvão Ferraz, foi lançado ontem (19/8) na Unisanta. A edição é da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e Editora Unisanta | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
http://www.unisanta.br/noticia/artes/exibe.asp?cd=7132&it=1&ft=1 | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Escritora, jornalista, militante política e mulher de teatro, Patrícia Galvão (1910-1962) lutou com paixão em muitas trincheiras. Viva Pagu Fotobiografia de Patrícia Galvão, de Lúcia Maria Teixeira Furlani e Geraldo Galvão Ferraz, coedição da Imprensa Oficial do Estado e da Editora Unisanta, retraça a rica trajetória da musa dos modernistas a partir de amplo material iconográfico e muitos documentos inéditos. O lançamento em Santos foi realizado dia 19 de agosto, na Unisanta. Viva Pagu também é o nome da mostra inaugurada no mesmo dia no local. A renda obtida com a venda dos livros no lançamento será revertida para a Casa Vó Benedita, LAM Lar de Assistência ao Menor e Lar Santo Expedito. Lucia Maria reuniu documentos de e sobre Pagu durante mais de vinte anos. Na fase final do processo, nos últimos cinco anos, contou com a ajuda do jornalista Geraldo Galvão Ferraz, filho da escritora. O livro traz muitas fotos, mas também desenhos, cartas e textos. Todas as cartas são inéditas, além de fotos e vários textos como Microcosmo, que ela escreveu na prisão, em 1939, e duas peças teatrais inéditas: Parque Industrial, baseada no romance homônimo publicado em 1933 e Fuga e Variações, escrita em 1952. A autora comenta que Patrícia é personagem típica de um tempo de grandes paixões: Ela documentou seu próprio cotidiano, marcado por uma busca constante. Esta fotobiografia recupera as oscilações de uma vida tumultuada, contraditória e destaca a intensidade com que ela abraçou as causas. Ainda é tudo muito atual, seus questionamentos, sua busca. O livro demonstra que sua vida valeu a pena. Na introdução, Geraldo Galvão Ferraz, filho de Patrícia e co-autor da obra, diz que trabalhar no livro foi, de certa maneira, um jeito de conhecer Pagu e reencontrar, quarenta e quatro anos depois, Patrícia/Pat/Pagu e, até mesmo, Zazá: Infelizmente, não conheci Pagu. Eu a chamava de Mau, cognome certamente forjado no carinho das intimidades de mãe e filho. Minha mãe não gostava de ser chamada de Pagu. Era um nome que ficara no passado, quando ela vivia outra vida, buscava outros ideais, jogava-se apaixonadamente em defesa de outras bandeiras. Temos certeza de que quem for ver/ler este livro conhecerá uma Pagu da qual nunca se suspeitou. Afinal, nossa proposta não era roubar a alma de ninguém, mas fazer nossos eventuais leitores se aproximarem dela. Se conseguirmos isso, nosso objetivo estará realizado. Patrícia Galvão tem uma biografia extraordinária. Entregou-se de corpo e alma em várias frentes culturais e políticas, movida por ideais que continuam na ordem do dia, como a justiça social e a transformação do homem por meio da cultura, lembra Hubert Alquéres, diretor-presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. A vida de Pagu é apresentada em três blocos. O primeiro fala das origens da família e vai até os dezoito anos da biografada, quando conheceu o poeta modernista Raul Bopp, que a apresentou a Oswald de Andrade. O segundo bloco começa com o início de sua relação com Oswald, com quem teve um filho, Rudá, em 1930, e vai até sua libertação, em 1940, muito debilitada depois de passar quatro anos e meio em vários presídios políticos, onde sofreu torturas. Primeira mulher presa no Brasil por motivos políticos, em 1931, Pagu, foi detida dezenas de vezes por sua militância comunista. Entre 1933 e 1935 visitou a China, o Japão, a União Soviética e passou uma temporada em Paris, onde também foi presa. Durante a estadia em Moscou, desencantou-se com o comunismo, mas pouco depois de retornar ao Brasil, em 1935, foi presa em consequência do fracassado movimento comunista de 1935. Parte considerável da iconografia deste bloco é formada por reproduções facsimilares de cartas (principalmente as enviadas para Oswald, de quem se separou em 1935, e Rudá) e de informes e prontuários do Deops, mostrando que era vigiada de perto pelo governo de Getúlio Vargas. Os últimos 22 anos de sua vida são apresentados no terceiro bloco, período no qual a militância política aos poucos deu espaço à militância cultural. Pagu casou-se com Geraldo Ferraz e ambos trabalharam em vários jornais de São Paulo, Rio de Janeiro e Santos cidade onde se fixaram em 1954. Ela manteve intensa atividade como cronista e crítica literária, além de se envolver cada vez mais com teatro, traduzindo, produzindo e dirigindo peças de autores praticamente ignorados no Brasil dos anos 1950, como Francisco Arrabal, Eugène Ionesco e Octavio Paz. Tornou-se uma das principais animadoras do teatro amador santista, origem de nomes como Plínio Marcos. O volume traz ainda uma cronologia; uma bibliografia de obras de Patrícia Galvão; uma bibliografia sobre ela; um breve capítulo sobre o envolvimento de Pagu com a cidade de Santos, muito presente na vida dela na adolescência, na fase de militância política quando residiu na cidade e trabalhou como operária e nos últimos anos de vida. Os autores Geraldo Galvão Ferraz é jornalista, crítico literário e tradutor. Trabalhou nas revistas Veja, Isto É, Playboy, Cult, e nos jornais O Estado de S.Paulo e Jornal da Tarde, entre outros. É autor de A empolgante história do romance policial, recebeu dois prêmios Jabuti e atualmente coordena o Centro de Estudos Pagu Unisanta. SERVIÇO | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Mostra Pagu - Unisanta
21/08/2010 - 12:41 - |
Mostra Viva Pagu, com documentos e fotos inéditas, termina dia 26/8 |
A curadoria é da escritora Lúcia Maria Teixeira Furlani |
A mostra "Viva Pagu", que foi visitada por mais de 7 mil pessoas na Casa das Rosas, na capital, poderá ser visitada pelo público santista até o próximo dia26 de agosto, no 4º andar do Bloco E da Unisanta (Rua Cesário Mota, 8 Ed. Leonilde e Sílvio Pirilo), com entrada gratuita. A exposição traz manuscritos inéditos de suas obras, suas cartas, fotografias legendadas por ela e cadernos. A curadoria é de Lúcia Maria Teixeira Furlani, autora de vários livros sobre Pagu. A abertura da exposição aconteceu no dia 19/8, quando foi lançado o livro Viva Pagu - Fotobiografia de Patrícia Galvão, também de Lúcia Teixeira, com colaboração de Geraldo Galvão Ferraz, filho de Pagu. Tem edição da Imprensa Oficial e Editora Unisanta. Dividida em três atos, a exposição apresenta Pagu destrinchando silêncios e, no mínimo, intrigando seu interlocutor. Em destaque, a realidade brasileira dos anos 1920 aos anos 60 , com suas tensões políticas e manifestações culturais. Mulher múltipla, Patrícia Rehder Galvão (1910-1962) foi jornalista, musa modernista, romancista, militante comunista, poeta, desenhista, incentivadora da cultura brasileira e da cultura universal. O primeiro ato fala do surgimento da musa; o segundo aborda a militância política, a entrega total a uma causa; o terceiro mostra a jornalista antenada com o novo, a militância cultural, o amor à arte, à literatura e ao teatro. As frases que designam cada ato foram retiradas de poema de Patrícia Galvão. No ato I, "Lê em meus olhos todos os consentimentos"; ato II: "Mata tua sede na pedra que se fez fonte"; e no III, "E te encanta com a paisagem contraditória do meu ser ". As peças que compõem cada ato na maioria inéditas discursam, dialogam e contrastam entre si, fazendo aparecer as múltiplas Patrícias. São memórias, textos, depoimentos, cartas, narrativas, manifestações literárias, rastros de Pagu e de seus companheiros de viagem, registros minuciosos inclusive informes reservados e prontuários do Deops. Elas retraçam o rico itinerário de Pagu, que riscou fronteiras desconhecidas, definiu abismos e atravessou continentes. E servem também para construir um perfil da intelectual transgressora que marcou a vanguarda do século 20. O objetivo da curadora é recuperar o sentido dos gestos de Patrícia Galvão e da vanguarda do século 20 no Brasil para o público. "A identificação com os sonhos e ideais de Patrícia Galvão nos faz entender sua época e sua história de vida, ligada à luta pela liberação das minorias sociais, pela superação dos preconceitos, pelo espaço de construção da cultura brasileira, elegendo a arte como o caminho capaz de garantir o acesso à brasilidade." Lúcia explica que a identidade de Patrícia liga-se à renovação, à ousadia, à ruptura: "A renovação é, muitas vezes, confundida erroneamente com ausência de memória. Ledo engano. Sem memória, sem o confronto com o velho, não existiria renovação. Por meio de suas posições nacionalistas, o seu compromisso com o futuro se estabelece justamente através da releitura do passado brasileiro". O interesse da curadora por Pagu é antigo, data dos anos 1980. De lá para cá, Lúcia constituiu um importante acervo de onde veio boa parte das peças expostas , lançou três livros sobre Pagu, fez debates, exposições e fundou o Centro de Estudos Pagu Unisanta, que reúne ao redor de três mil documentos catalogados. As peças apresentadas na exposição estão no livro "Viva Pagu Fotobiografia de Patrícia Galvão" (Imprensa Oficial/Unisanta), que Lúcia escreveu em parceria com o jornalista Geraldo Galvão Ferraz, filho de Pagu e que terá lançamento junto com a abertura da mostra, na Universidade Santa Cecília, em Santos. A exposição tem a colaboração de Geraldo e do neto de Pagu, Rudá K. de Andrade , que se encarrega da videoinstalação. Curadoria Lúcia Maria Teixeira Furlani é Mestre e Doutora em Psicologia da Educação, autora de "Pagu Livre na imaginação, no Espaço e no Tempo", "Croquis de Pagu","Autoridade do Professor", "A Claridade da Noite" ,"Fruto Proibido" e dos infanto-juvenis "Tudo é Possível" e "O Segredo da Longa Vida", entre outros. É presidente da Universidade Santa Cecília e presidente do Centro de Estudos Pagu Unisanta, em Santos. |
EM SEU CENTENÁRIO DE NASCIMENTO, PAGU, A MUSA DO MODERNISMO,
EM SEU CENTENÁRIO DE NASCIMENTO, PAGU, A MUSA DO MODERNISMO,
É DESTAQUE NA PROGRAMAÇÃO DA BIENAL DO LIVRO DE SÃO PAULO
http://www.difundir.com.br/site/c_mostra_release.php?emp=1503&num_release=25102&ori=A
Os autores do livro "Viva Pagu: Fotobiografia de Patrícia Galvão", a professora Lúcia Teixeira Furlani e o jornalista Geraldo Galvão Ferraz, participam da 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, no dia 17 de agosto.
Ícone de seu tempo e "musa trágica" do Modernismo Brasileiro, como a definiu Mário de Andrade, Patrícia Galvão (1910-1962), a Pagu, completaria 100 anos em 2010. E para homenageá-la, a 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo trará uma programação especial em comemoração à data. No dia 17 de agosto (terça-feira), às 19h, a professora Lúcia Teixeira Furlani e o filho de Pagu Geraldo Galvão Ferraz, autores do livro "Viva Pagu: Fotobiografia de Patrícia Galvão", participam da palestra "Eterna Pagu", que acontecerá no Salão de Idéias da Bienal. Juntos, eles apresentarão a vida e a obra de Pagu, baseados no livro editado em parceria pela Imprensa Oficial e Editora Unisanta. Logo depois da palestra, às 21h, os autores participam de uma sessão de autógrafos no estande da Imprensa Oficial na Bienal.
Escritora, jornalista, militante política e mulher de teatro, Patrícia Galvão lutou com paixão em muitas trincheiras. Na palestra e no livro, os autores retraçam a rica trajetória da musa dos modernistas a partir de amplo material iconográfico e muitos documentos inéditos. A professora Lucia reuniu documentos de e sobre Pagu durante mais de vinte anos. Na fase final do processo, nos últimos cinco anos, contou com a ajuda do jornalista Geraldo Galvão Ferraz, filho da escritora. O livro traz muitas fotos, mas também desenhos, cartas e textos. Todas as cartas são inéditas, além de fotos e vários textos como "Microcosmo", que ela escreveu na prisão, em 1939, e duas peças teatrais inéditas: "Parque Industrial", baseada no romance homônimo publicado em 1933 e "Fuga e Variações", escrita em 1952.
A autora comenta que Patrícia é personagem típica de um tempo de grandes paixões: "Ela documentou seu próprio cotidiano, marcado por uma busca constante. Esta fotobiografia recupera as oscilações de uma vida tumultuada, contraditória e destaca a intensidade com que ela abraçou as causas. Ainda é tudo muito atual, seus questionamentos, sua busca. O livro demonstra que sua vida valeu a pena".
Na introdução, Geraldo Galvão Ferraz, filho de Patrícia e co-autor da obra, diz que trabalhar no livro foi, de certa maneira, um jeito de conhecer Pagu e reencontrar, quarenta e quatro anos depois, Patrícia/Pat/Pagu e, até mesmo, Zazá: "Infelizmente, não conheci Pagu. Eu a chamava de Mau, cognome certamente forjado no carinho das intimidades de mãe e filho. Minha mãe não gostava de ser chamada de Pagu. Era um nome que ficara no passado, quando ela vivia outra vida, buscava outros ideais, jogava-se apaixonadamente em defesa de outras bandeiras. Temos certeza de que quem for ver/ler este livro conhecerá uma Pagu da qual nunca se suspeitou. Afinal, nossa proposta não era roubar a alma de ninguém, mas fazer nossos eventuais leitores se aproximarem dela. Se conseguirmos isso, nosso objetivo estará realizado".
Os autores
Lúcia Maria Teixeira Furlani é Mestre e Doutora em Psicologia da Educação, autora de "Pagu Livre na imaginação, no Espaço e no Tempo", "Croquis de Pagu" , " A Claridade da Noite " e dos infantis " Tudo É Possível " e "O Segredo da Longa Vida", entre outros. É presidente da Universidade Santa Cecília e presidente do Centro de Estudos Pagu Unisanta, em Santos.
Geraldo Galvão Ferraz é jornalista, crítico literário e tradutor. Trabalhou nas revistas "Veja", "Isto É", "Playboy", "Cult", e nos jornais "O Estado de S.Paulo" e "Jornal da Tarde", entre outros. É autor de "A empolgante história do romance policial", recebeu dois prêmios Jabuti e atualmente coordena o Centro de Estudos Pagu Unisanta.
SERVIÇO
PALESTRA "ETERNA PAGU"
Data e Horário: 17/08, 19h
Local: Salão de Ideias
SESSÃO DE AUTÓGRAFOS LIVRO "VIVA PAGU"
Data e horário: 17/08, 21h
Local: estande da Imprensa Oficial
21ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE SÃO PAULO
Data: 12 a 22 de agosto de 2010
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi - Av. Olavo Fontoura, 1.209 - São Paulo/SP
Site: www.bienaldolivrosp.com.br
Mais informações pelo site www.pagu.com.br ou pelo twitter www.twitter.com/100anosdepagu
Mais informações à Imprensa: Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, com Leonardo Neto (Leonardo@lufernandes.com.br) ou Ivani Cardoso (ivanicardoso@lufernandes.com.br), pelo telefone 11 3814-4600.
Fotobiografia
FERNANDO RABELO - EDITOR
terça-feira, 22 de junho de 2010
Fotobiografia retraça a trajetória de Pagu, a musa dos modernistas
Pagu na Casa das Rosas
sexta-feira, 25 de junho de 2010
O jornalismo de Pagu na Casa das Rosas
Um amplo painel da atuação de Patrícia na imprensa será apresentado por Geraldo Galvão desde quando ela iniciou no Brás Jornal. Mais tarde, criaria com Oswald de Andrade o jornal O Homem do Povo e colaboraria com a Revista da Antropofagia. Foram décadas de atuação na imprensa até o seu falecimento, em 1962.
Geraldo Galvão é co-autor, junto com Lúcia Furlani, da obra VIVA PAGU – Fotobiografia de Patrícia Galvão, a ser lançada no dia primeiro de julho, na Casa das Rosas. Além de escritor, Geraldo atua como crítico literário e tradutor. Trabalhou nas revistas Veja, Isto É, Playboy, Cult, e nos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, entre outros. É autor de A empolgante história do romance policial. Recebeu dois prêmios Jabuti e atualmente coordena o Centro de Estudos Pagu Unisanta.
Márcia Costa abordará a atuação de Patrícia como jornalista e agitadora cultural em Santos, cidade onde viveu entre 1954 e 1962, ano de sua morte. Junto com Geraldo Ferraz, o companheiro também jornalista, Patrícia modernizou o jornalismo cultural atuando em A Tribuna, um dos mais antigos jornais do País. Ele, como editor do jornal; ela autora de várias colunas sobre teatro, televisão, literatura e crônicas sobre a cidade.
Patrícia Galvão atuando como jornalista em Santos, em A Tribuna (arquivo Lúcia Teixeira Furlani)
No curso de mestrado que finalizou em Comunicação Social na Universidade Metodista de São Paulo, em 2008, Márcia Costa pesquisou a atuação desta intelectual, que extrapola as páginas do jornal e se expande por Santos, São Paulo, Rio de Janeiro, Paris… Para a pesquisa acadêmica aprofundou-se principalmente na coluna Literatura, e entrevistou cerca de 15 contemporâneos de Patrícia com atuação nas artes e no jornalismo local.
Nos últimos dois anos, Márcia, que vive em Santos, ampliou a pesquisa para a atuação de Patrícia no âmbito do teatro e no cotidiano da intelectual na cidade, abordando seu contato com os artistas locais, nacionais e internacionais e sua participação na política cultural do País. Este material, resultado da interpretação de mais de 300 textos de Patrícia em A Tribuna e da produção de cerca de 30 entrevistas, integrará o livro De Pagu a Patrícia, a ser lançado pela pesquisadora no dia 12 de dezembro, data de morte de Patrícia, por meio do Instituto Artefato Cultural. A ideia é que a obra contribua com informações sobre a cultura de Santos, São Paulo e do País na década de 50.
A partir do acompanhamento da trajetória intelectual e da participação de Patrícia em A Tribuna e em outros jornais, a pesquisa identificou as características definidoras de sua produção (tanto como jornalista como quanto agitadora cultural) ao longo de quase quatro décadas: a busca constante pela divulgação da vanguarda, a preocupação didática, a autonomia intelectual, a defesa da literatura e do teatro como forma de emancipação do indivíduo o diálogo com os escritores e intelectuais locais, nacionais e internacionais.
O estudo situou Patrícia Galvão em uma geração que contribuiu para modernizar o debate de idéias e a própria linguagem dos periódicos. A produção destes intelectuais reforçou o papel do jornal como instrumento de análise e de crítica frente às discussões sobre cultura e sociedade, o que permite entender a imprensa como um território que abriga produções simbólicas diversas.
David Jackson
A produção de Patrícia ao longo de 30 anos na imprensa (artigos, reportagens, crônicas e críticas) está sendo reunida em quatro volumes de um livro, na Universidade de Yale, sob a coordenação do professor K. David Jackson, desde 2006. O trabalho conta com o apoio do Centro Unisanta de Estudos Pagu (Santos). Jackson falará sobre o jornalismo de Pagu em São Paulo e Santos no dia 1º de agosto, às 20h, também na Casa das Rosas.
Para conhecer a programação completa da Casa das Rosas no centenário de Pagu, clique aqui. Informações sobre a Pagu jornalista aqui. Site do centenário de Pagu: http://www.pagu.com.br.
Fotobiografia
FERNANDO RABELO - EDITOR
terça-feira, 22 de junho de 2010
Fotobiografia retraça a trajetória de Pagu, a musa dos modernistas
