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Garimpando midia: Pagu

Garimpando midia: Pagu

quarta-feira, 7 de julho de 2010

sexta-feira, 18 de junho de 2010


http://garimpandomidia.blogspot.com/2010/06/pagu.html





PAGÚ




Um encontro com a jornalista e agitadora cultural Patrícia Galvão Por Márcia Costa Patrícia Galvão veio ao meu encontro em Santos, há seis anos, quando a atriz Christiane Tricerri estava na cidade para apresentar no Sesc, onde eu trabalhava como assessora de imprensa, sua peça Pagu Que. Afim de produzirmos uma reportagem para a retransmissora de uma TV local, eu e Christiane circulamos por alguns espaços que marcaram a vida de Pagu/Patrícia: a Cadeia Velha, hoje transformada em Oficina Cultural Pagu, primeiro cárcere da militante política, uma das prisões mais assustadora da década de 30. Caminhamos pelos canais, onde a atriz declamou o poema Canal. Chegamos até a praia, um dos lugares preferidos de Patrícia em Santos. Não houve tempo para visitarmos o túmulo de Patrícia no Cemitério do Paquetá, a praça erguida na entrada da cidade de Santos em sua homenagem, a Praça da Independência, que ela frequentava assiduamente por causa do Bar Regina (ponto de encontro de intelectuais e amantes da arte), o jornal A Tribuna, onde trabalhou nos seus últimos anos de vida, o Teatro Municipal (erguido após uma luta da cidade que ela levou para o jornal), além de outros locais onde Patrícia deixou sua marca. Mas houve tempo suficiente para trocarmos idéias sobre Patrícia, sobre a vida. Este encontro provocou em mim a dupla admiração por Christiane e Patrícia, duas mulheres apaixonadas pelo teatro, pela arte, pela vida e pelas idéias. Duas mulheres instigantes. Durante nossa conversa, contei a Christiane que gostaria de fazer mestrado e ela rapidamente me sugeriu estudar os textos de Patrícia em A Tribuna, algo ainda não explorado. Essa vereda ficou guardada em minha memória por algum tempo. Anos depois, no mestrado em Comunicação, ao buscar uma jornalista que tivesse dado grande contribuição cultural para a cidade e o país, busquei por Patrícia nas páginas do jornal santista. Não conheci a fundo Christiane, o que seria muito bacana, mas por meio dela conheci Patrícia e entendi o quanto esta figura a fascinou. Agora nossos caminhos voltam a se cruzar para celebrar o centenário de Patrícia na Casa das Rosas – Christiane vai falar de teatro e de Patrícia, eu falarei sobre o jornalismo de Patrícia junto com Juliana Neves (programação completa aqui). Lá também encontrarei outros e outras fascinados (as) pela obra-vida de Pagu/Patrícia, como a professora Lúcia Teixeira Furlani, há duas décadas debruçada sobre o assunto. Nas páginas de A Tribuna estão os registros de uma jornalista que ensinou aos seus leitores e a mim sobre literatura, arte, vida. Nelas estão os registros das atividades de Patrícia como agitadora cultural, além de escritora, tradutora e diretora de teatro. Os textos de Patrícia e as entrevistas de testemunhas da época revelaram este seu duplo papel tanto como intelectual presente na redação quanto na vida cultural, práticas que buscou relacionar e às quais se dedicou exclusivamente após abandonar a militância político-partidária. De 1954 a 1962, criou no jornal colunas semanais sobre literatura, teatro e TV, foi repórter de cultura e fez até o horóscopo, além de ter traduzido na imprensa obras de autores como Sigmund Freud, Octávio Paz, Eugène Ionesco e Henri Heine (algumas destas traduções foram realizadas em parceira com Geraldo Ferraz, seu companheiro e editor do jornal). Em 1956, em uma das primeiras colunas sobre TV no país – e uma das mais duradouras colunas criadas por ela –, intitulada Viu? Viu? Viu?, realizava comentários sobre programas de televisão sob o pseudônimo Gim. Leia a matéria na Integra aqui: http://ow.ly/20iTv






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Garimpando midia: Pagu

sexta-feira, 18 de junho de 2010

http://garimpandomidia.blogspot.com/2010/06/pagu.html

PAGÚ

Um encontro com a jornalista e agitadora cultural Patrícia Galvão Por Márcia Costa Patrícia Galvão veio ao meu encontro em Santos, há seis anos, quando a atriz Christiane Tricerri estava na cidade para apresentar no Sesc, onde eu trabalhava como assessora de imprensa, sua peça Pagu Que. Afim de produzirmos uma reportagem para a retransmissora de uma TV local, eu e Christiane circulamos por alguns espaços que marcaram a vida de Pagu/Patrícia: a Cadeia Velha, hoje transformada em Oficina Cultural Pagu, primeiro cárcere da militante política, uma das prisões mais assustadora da década de 30. Caminhamos pelos canais, onde a atriz declamou o poema Canal. Chegamos até a praia, um dos lugares preferidos de Patrícia em Santos. Não houve tempo para visitarmos o túmulo de Patrícia no Cemitério do Paquetá, a praça erguida na entrada da cidade de Santos em sua homenagem, a Praça da Independência, que ela frequentava assiduamente por causa do Bar Regina (ponto de encontro de intelectuais e amantes da arte), o jornal A Tribuna, onde trabalhou nos seus últimos anos de vida, o Teatro Municipal (erguido após uma luta da cidade que ela levou para o jornal), além de outros locais onde Patrícia deixou sua marca. Mas houve tempo suficiente para trocarmos idéias sobre Patrícia, sobre a vida. Este encontro provocou em mim a dupla admiração por Christiane e Patrícia, duas mulheres apaixonadas pelo teatro, pela arte, pela vida e pelas idéias. Duas mulheres instigantes. Durante nossa conversa, contei a Christiane que gostaria de fazer mestrado e ela rapidamente me sugeriu estudar os textos de Patrícia em A Tribuna, algo ainda não explorado. Essa vereda ficou guardada em minha memória por algum tempo. Anos depois, no mestrado em Comunicação, ao buscar uma jornalista que tivesse dado grande contribuição cultural para a cidade e o país, busquei por Patrícia nas páginas do jornal santista. Não conheci a fundo Christiane, o que seria muito bacana, mas por meio dela conheci Patrícia e entendi o quanto esta figura a fascinou. Agora nossos caminhos voltam a se cruzar para celebrar o centenário de Patrícia na Casa das Rosas – Christiane vai falar de teatro e de Patrícia, eu falarei sobre o jornalismo de Patrícia junto com Juliana Neves (programação completa aqui). Lá também encontrarei outros e outras fascinados (as) pela obra-vida de Pagu/Patrícia, como a professora Lúcia Teixeira Furlani, há duas décadas debruçada sobre o assunto. Nas páginas de A Tribuna estão os registros de uma jornalista que ensinou aos seus leitores e a mim sobre literatura, arte, vida. Nelas estão os registros das atividades de Patrícia como agitadora cultural, além de escritora, tradutora e diretora de teatro. Os textos de Patrícia e as entrevistas de testemunhas da época revelaram este seu duplo papel tanto como intelectual presente na redação quanto na vida cultural, práticas que buscou relacionar e às quais se dedicou exclusivamente após abandonar a militância político-partidária. De 1954 a 1962, criou no jornal colunas semanais sobre literatura, teatro e TV, foi repórter de cultura e fez até o horóscopo, além de ter traduzido na imprensa obras de autores como Sigmund Freud, Octávio Paz, Eugène Ionesco e Henri Heine (algumas destas traduções foram realizadas em parceira com Geraldo Ferraz, seu companheiro e editor do jornal). Em 1956, em uma das primeiras colunas sobre TV no país – e uma das mais duradouras colunas criadas por ela –, intitulada Viu? Viu? Viu?, realizava comentários sobre programas de televisão sob o pseudônimo Gim. Leia a matéria na Integra aqui: http://ow.ly/20iTv
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Os trabalhadores que participam de suas lutas

Os trabalhadores que participam de suas lutas

Os trabalhadores e aqueles que participam de suas lutas

Por blogdonpc

Pagu

No dia 9 de junho completou-se o centenário do nascimento, em São João da Boa Vista, no Interior de São Paulo, de Patrícia Galvão. Jornalista, escritora, ativista política, a revolucionária Pagu participou da Semana de Arte Moderna, em 1922, e foi militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) por longos anos.  Feminista, assinava a coluna A Mulher do Povo, na qual defendia direitos iguais para mulheres e homens.

Uma coluna como Debate Sindical, neste PortoGente, não poderia deixar de registrar que esta mulher fascinante foi presa, em Santos, pela primeira vez, em 15 de abril de 1931, por apoiar a greve dos estivadores. Na ocasião, colocou-se ao lado dos trabalhadores e foi ela quem, na Praça da República, amparou o corpo do estivador Herculano de Souza, morto pela polícia. Por apoiar a greve, Pagu foi colocada no Cárcere 3 da Casa de Câmara e Cadeia, na Praça dos Andradas, também em Santos.  Foi a primeira mulher presa política no Brasil. Em 1933, publicou o romance Parque Industrial, que trata da vida das operárias da cidade de São Paulo.

Depois de um tempo na França, volta ao Brasil e participa da tentativa de Levante Comunista de 1935. Novamente é presa e torturada. Na prisão, conhece e se liga a Geraldo Ferraz, com quem atuará no grupo a Vanguarda Socialista. Na década de 1940 se desliga conflituosamente do PCB. Vive com Geraldo até sua morte, em 12 de dezembro de 1962, vítima de câncer.

No texto "Pagu: vida-obra, obravida, vida", Antonio Risério afirma ser insuportável  que uma nuvem de fumaça envolva a figura de Patrícia Galvão, uma mulher que se recusou a limitar-se à rotina dos chamados serviços domésticos. "…Sabendo que este silêncio repressor é culturalmente desastroso, é hora de fazer uma algazarra e espantar os urubus. Mas nada de homenagens póstumas…O que conta é a homenagem viva. Pagu foi revolucionária na arte, na política e na prática da vida." E além disto tudo, foi uma mulher lutadora, sempre ligada ao mundo dos trabalhadores.

Fontes
http://sites.unisanta.br/pagu/navegador.htm
http://www.aleitamento.org.br/meninas/pagu.htm
http://www.oficinapagu.sp.gov.br/conteudo.php?cod=3

A coluna Debate Sindical, de Claudia Santiago, é publicada às segundas-feiras no site Porto Gente.

Tags: Pagu, Patrícia Galvão, revolucionária

 

http://blogdonpc.wordpress.com/2010/06/15/os-trabalhadores-e-aqueles-que-participam-de-suas-lutas/

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Livro celebra o centenário de Pagu

Livro celebra o centenário de Pagu


Livro celebra o centenário de Pagu



http://contramachismo.wordpress.com/2010/07/03/livro-celebra-o-centenario-de-pagu/

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Escritora, jornalista e uma das musas do movimento modernista, a polêmica Pagu comemoraria neste ano seu centenário e, para lembrar a data, será lançado hoje o livro Viva Pagu – Fotobiografia de Patrícia Galvão (ed. Unisanta, 348 págs., R$ 90).


A publicação foi escrita por Lúcia Maria Teixeira Furlani, que desde 1998 pesquisa sobre a vida da personagem, em parceria com o filho de Pagu, Geraldo Galvão Ferraz.


No livro, a vida de Pagu é dividida em três blocos. O primeiro vai até os 18 anos. O segundo começa no relacionamento dela com o modernista Oswald de Andrade, terminando com sua libertação em 1940, após passar quatro anos e meio em presídios políticos. Por fim, são relatados os últimos 22 anos de sua vida, nos quais Pagu se dedicou à militância cultural.


Apesar da ênfase nas imagens, o livro também contém desenhos e textos da artista.





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Com documentos inéditos, fotobiografia retraça trajetória de Pagu

Com documentos inéditos, fotobiografia retraça trajetória de Pagu

sexta-feira, 2 de julho de 2010











































18/06/2010 - 17:59 - POR LU FERNANDES COMUNICAÇÃO

Com documentos inéditos, fotobiografia retraça trajetória de Pagu

http://www.unisanta.br/noticia/artes/exibe.asp?cd=6937&it=1&ft=1
"Viva Pagu – Fotobiografia de Patrícia Galvão", de Lúcia Maria Teixeira Furlani e Geraldo Galvão Ferraz, será lançada dia 1º de julho, na Casa das Rosas, em São Paulo. A edição é da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e Editora Unisanta. No dia também será inaugurada a exposição com o mesmo nome, reproduzindo fotos e documentos do livro. É a obra mais completa realizada até agora sobre a musa modernista


Escritora, jornalista, militante política e mulher de teatro, Patrícia Galvão (1910-1962) lutou com paixão em muitas trincheiras. "Viva Pagu – Fotobiografia de Patrícia Galvão", de Lúcia Maria Teixeira Furlani e Geraldo Galvão Ferraz, coedição da Imprensa Oficial do Estado e da Editora Unisanta, retraça a rica trajetória da musa dos modernistas a partir de amplo material iconográfico e muitos documentos inéditos. O lançamento será dia 1º de julho, a partir das 19h30, na Casa das Rosas, à Avenida Paulista número 37. "Viva Pagu" também é o nome da mostra que será inaugurada no mesmo dia no local.


Lucia Maria reuniu documentos de e sobre Pagu durante mais de vinte anos. Na fase final do processo, nos últimos cinco anos, contou com a ajuda do jornalista Geraldo Galvão Ferraz, filho da escritora. O livro traz muitas fotos, mas também desenhos, cartas e textos. Todas as cartas são inéditas, além de fotos e vários textos – como "Microcosmo", que ela escreveu na prisão, em 1939, e duas peças teatrais inéditas: "Parque Industrial", baseada no romance homônimo publicado em 1933 e "Fuga e Variações", escrita em 1952.


A autora comenta que Patrícia é personagem típica de um tempo de grandes paixões: "Ela documentou seu próprio cotidiano, marcado por uma busca constante. Esta fotobiografia recupera as oscilações de uma vida tumultuada, contraditória e destaca a intensidade com que ela abraçou as causas. Ainda é tudo muito atual, seus questionamentos, sua busca. O livro demonstra que sua vida valeu a pena".

Na introdução, Geraldo Galvão Ferraz, filho de Patrícia e co-autor da obra, diz que trabalhar no livro foi, de certa maneira, um jeito de conhecer Pagu e reencontrar, quarenta e quatro anos depois, Patrícia/Pat/Pagu e, até mesmo, Zazá: "Infelizmente, não conheci Pagu. Eu a chamava de Mau, cognome certamente forjado no carinho das intimidades de mãe e filho. Minha mãe não gostava de ser chamada de Pagu. Era um nome que ficara no passado, quando ela vivia outra vida, buscava outros ideais, jogava-se apaixonadamente em defesa de outras bandeiras. Temos certeza de que quem for ver/ler este livro conhecerá uma Pagu da qual nunca se suspeitou. Afinal, nossa proposta não era roubar a alma de ninguém, mas fazer nossos eventuais leitores se aproximarem dela. Se conseguirmos isso, nosso objetivo estará realizado".


"Patrícia Galvão tem uma biografia extraordinária. Entregou-se de corpo e alma em várias frentes culturais e políticas, movida por ideais que continuam na ordem do dia, como a justiça social e a transformação do homem por meio da cultura", lembra Hubert Alquéres, diretor-presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.


A vida de Pagu é apresentada em três blocos. O primeiro fala das origens da família e vai até os dezoito anos da biografada, quando conheceu o poeta modernista Raul Bopp, que a apresentou a Oswald de Andrade.


O segundo bloco começa com o início de sua relação com Oswald, com quem teve um filho, Rudá, em 1930, e vai até sua libertação, em 1940, muito debilitada depois de passar quatro anos e meio em vários presídios políticos, onde sofreu torturas. Primeira mulher presa no Brasil por motivos políticos, em 1931, Pagu, foi detida dezenas de vezes por sua militância comunista. Entre 1933 e 1935 visitou a China, o Japão, a União Soviética e passou uma temporada em Paris, onde também foi presa.


Durante a estadia em Moscou, desencantou-se com o comunismo, mas pouco depois de retornar ao Brasil, em 1935, foi presa em consequência do fracassado movimento comunista de 1935. Parte considerável da iconografia deste bloco é formada por reproduções facsimilares de cartas (principalmente as enviadas para Oswald, de quem se separou em 1935, e Rudá) e de informes e prontuários do Deops, mostrando que era vigiada de perto pelo governo de Getúlio Vargas.


Os últimos 22 anos de sua vida são apresentados no terceiro bloco, período no qual a militância política aos poucos deu espaço à militância cultural. Pagu casou-se com Geraldo Ferraz e ambos trabalharam em vários jornais de São Paulo, Rio de Janeiro e Santos – cidade onde se fixaram em 1954. Ela manteve intensa atividade como cronista e crítica literária, além de se envolver cada vez mais com teatro, traduzindo, produzindo e dirigindo peças de autores praticamente ignorados no Brasil dos anos 1950, como Francisco Arrabal, Eugène Ionesco e Octavio Paz. Tornou-se uma das principais animadoras do teatro amador santista, origem de nomes como Plínio Marcos.


O volume traz ainda uma cronologia; uma bibliografia de obras de Patrícia Galvão; uma bibliografia sobre ela; um breve capítulo sobre o envolvimento de Pagu com a cidade de Santos, muito presente na vida dela na adolescência, na fase de militância política – quando residiu na cidade e trabalhou como operária – e nos últimos anos de vida.


 Os autores


Lúcia Maria Teixeira Furlani é Mestre e Doutora em Psicologia da Educação, autora de "Pagu – Livre na imaginação, no Espaço e no Tempo", "Croquis de Pagu" , " A Claridade da Noite " e dos infantis " Tudo É Possível " e "O Segredo da Longa Vida", entre outros. É presidente da Universidade Santa Cecília e presidente do Centro de Estudos Pagu Unisanta, em Santos.


Geraldo Galvão Ferraz é jornalista, crítico literário e tradutor. Trabalhou nas revistas "Veja", "Isto É", "Playboy", "Cult", e nos jornais "O Estado de S.Paulo" e "Jornal da Tarde", entre outros. É autor de "A empolgante história do romance policial", recebeu dois prêmios Jabuti e atualmente coordena o Centro de Estudos Pagu Unisanta.


 

Mais informações no site www.pagu.com.br


 


Twitter: @100anosdepagu


Informações Lu Fernandes Comunicação e Imprensa
Tel: (11) 3814-4600
Atendimento: Fabio Bahr/Ivani Cardoso





















Assessoria de Comunicação 
Fone: (13) 3202-7113



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A aventura de Patrícia Galvão pelo mundo da arte

A aventura de Patrícia Galvão pelo mundo da arte

SÁBADO, 5 DE JUNHO DE 2010

A aventura de Patrícia Galvão pelo mundo da arte

http://revistapausa.blogspot.com/2010/06/aventura-de-patricia-galvao-pelo-mundo.html
Márcia Costa

Ela faria cem anos no dia 09 de junho. Mulher que deixou marcas, Patrícia Galvão (1910-1962) continua presente entre todos que de alguma forma a conheceram, seja porque conviveram com ela ou porque pesquisaram sua vida-obra. Independente de como o caminho das pessoas se cruza com o de Patrícia, arrisco dizer que é unânime o reconhecimento da pessoa no mínimo instigante que era.


Patrícia Galvão por Portinari

O centenário de nascimento de Patrícia Galvão surge como uma oportunidade de acrescentar outra faceta àquelas mais conhecidas – a de musa modernista e militante comunista: é a sua intensa e apaixonada contribuição para a a produção e difusão da literatura e do teatro do século XX no Brasil, tanto por meio de sua ação como agitadora, como atuando como jornalista cultural, além de sua produção como ficcionista, critica literária e de teatro, tradutora e diretora, atividades que manteve até pouco tempo antes de morrer, em Santos.

Santos, São Paulo, Brasília e várias cidades do país prestam homenagem a Patrícia em seu centenário. Nos meses de junho e julho, na Casa das Rosas, na capital, haverá apresentações, oficinas, reflexões e releituras das múltiplas facetas dessa poeta, intelectual, militante política e jornalista. Uma forma de conhecer um pouco mais da história, obras e pensamento de Pagu, convida Rudá K. Andrade, historiador, cineasta e neto de Patrícia.

Na abertura oficial das comemorações, em 9 de junho, a partir das 19 horas, a atriz Miriam Freeland (que interpretou Pagu na minissérie Um só Coração, de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira) fará a leitura de cartas trocadas entre Pagu e personagens que revolucionaram o mundo das artes e da cultura no Brasil.

A professora Lúcia Maria Teixeira Furlani, que desde 1998 pesquisa a vida da musa do Modernismo, falará sobre as várias fases de Patrícia, uma mulher de vida tumultuada, agitadora política e cultural de vários tempos. "Afinal, quem era Pagu? Vamos passar por sua infância, pela adolescência quando já escandalizava as bem-pensantes famílias paulistanas com suas roupas e maquiagem, e até o seu romance proibido com o galã Olympio Guilherme. Em seguida, sua 'adoção' pelo casal Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade, que terminou em novo escândalo quando Oswald de Andrade separou-se de Tarsila e acabou casando com a jovem normalista. O nascimento de seu filho Rudá, o encontro com Luiz Carlos Prestes, o ativismo político e até o final de sua vida,com a militância cultural, em Santos, casada com o escritor Geraldo Ferraz", adianta.

Lúcia é autora de livros sobre Patrícia Galvão e fundadora do Centro Pagu Unisanta, que reúne um acervo de mais de 3 mil documentos. Junto com Geraldo Galvão Ferraz, filho de Pagu e Geraldo Ferraz, escreveu o livro Viva Pagu – Fotobiografia de Patrícia Galvão, com lançamento pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e Editora Unisanta em 1º de julho, na Casa das Rosas Ainda como parte das comemorações do centenário, será inaugurada uma exposição no mesmo dia e local reunindo documentos e fotos inéditos da vida de Pagu, em parceria com a Universidade Santa Cecília, de Santos. Em Santos, em 16 de junho, será aberta a exposiçãoSantos e Pagu no Museu do Café. O lançamento do livro de Lúcia e Geraldo Galvão será em 12 de agosto na Unisanta.

Junto com Juliana Neves, terei o prazer de participar dessa programação discutindo o papel de Patrícia no jornalismo. Neste campo, um dos trabalhos de maior expressão dela foi a criação, nos anos 40, junto com o companheiro e também jornalista Geraldo Ferraz, do Suplemento Cultural do jornal Diário de S. Paulo, tema da dissertação de mestrado de Juliana Neves na área de Ciências Sociais, publicada em livro em 2005 sob o título Geraldo Ferraz e Patrícia Galvão: a experiência do Suplemento Literário de Diário de São Paulo nos anos 40. Além de mostrar a atuação do casal no jornal, o livro é um retrato da cultura paulistana nos anos 40.

Depois que o Suplemento acabou, Patrícia e Ferraz vieram para Santos, onde mantiveram trabalho de mesmo nível. Ele, editor do jornal A Tribuna; ela, autora de colunas sobre teatro, televisão, literatura e crônicas sobre a cidade em um dos diários mais antigos do país. Na dissertação de mestrado em Comunicação Social que defendi em 2008 pesquisei em A Tribuna a atuação desta intelectual, que extrapola as páginas do jornal e se espalha por Santos, São Paulo, Rio de Janeiro, Paris..., cidades que ela visitava para se atualizar e para encontrar amigos, com os quais dialogava sobre o universo cultural. Para a pesquisa acadêmica aprofundei-me sobre o estudo da coluna Literatura, e entrevistei cerca de 30 testemunhas da época. Inspirada pela proposta sociológica de investigação de Juliana, nos últimos dois anos ampliei a pesquisa para a atuação de Patrícia no âmbito do teatro e do seu cotidiano em Santos. Este material estará reunido no livro De Pagu a Patrícia, que pretendo lançar pelo Instituto Artefato Cultural em dezembro, mês do seu falecimento, uma forma de lembrar seu legado, que se mantém vivo e atual. Eu e Juliana Neves dividiremos a mesa Pagu no Jornalismo, na Casa das Rosas, no dia 29, às 20 horas.

A produção de Patrícia ao longo de 30 anos na imprensa está sendo reunida em uma obra de quatro volumes sob a coordenação do professor K. David Jackson, da Universidade de Yale. Este trabalho de fôlego, realizado pelo professor desde 2006, conta com o apoio do Centro Unisanta de Estudos Pagu (Santos). Jackson falará sobre o jornalismo realizado por Pagu em São Paulo e Santos no dia 1º de agosto, às 20h.

Entre outras atividades também na Casa das Rosas, estão a apresentação de Angu de Pagu, espetáculo que conta a história de diversas "Pagus" em seis momentos marcantes de sua vida, dirigido por Gal Martins. Entre as mesas redondas, cito Pagu no Cinema, conduzida por Rudá K. Andrade e Pedro Paulo Rocha. Haverá ainda palestras sobre a relação de Patrícia com o teatro, como Pagu na Dramaturgia, com Christiane Tricerri, e outra sobre o interesse de Pagu pelo teatro nos últimos dez anos de sua vida, ministrada por Lúcia Furlani. A primeira Edição Especial da Revista Cultural, lançada no local, será dedicada a Pagu.

Além da justa homenagem, a diversidade da programação traduz o próprio espírito de Patrícia, uma aventureira – no sentido em que ela mesma definia o escritor e intelectual de vanguarda – sempre arrebatada pela arte: "A minha possível irresponsabilidade recusa fechar a única porta para um mundo erigido de acordo com o nosso desejo. Que seria da vida sem poesia?".

Para a programação completa, clique aqui.

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