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O CASAL QUE NÃO CABE

O CASAL QUE NÃO CABE

domingo, 28 de março de 2010

3.04.2010

O CASAL QUE NÃO CABE

http://deixaelaentrar.blogspot.com/2010/03/o-casal-que-nao-cabe.html 
 
O CASAL QUE NÃO CABE NA SOCIEDADE E A MILITÂNCIA POLÍTICA

Mas o mais novo casal "antropófago" não encontrou as portas da sociedade paulistana abertas. Segundo Flávio de Carvalho, "quando Oswald rompeu com Tarsila, ligando-se a Patrícia Galvão, foi repudiado pela sociedade". Olívia Guedes Penteado, famosa senhora da elite incentivadora dos jovens modernistas, recusa-se a receber o novo casal. Além disso, a crise de 1929 abalou seriamente a situação financeira de Oswald. Para fugir dos credores ele isolou-se com Pagú na Ilha das Palmas, em Santos. Outro endereço do casal foi a Vila Rafael, uma chácara no hoje bairro de Santo Amaro, onde vivia também Oswald de Andrade Filho, apelidado Nonê.

Em 25 de setembro de 1930 nasce Rudá de Andrade, primeiro filho de Pagú e segundo de Oswald. Segundo Boaventura, nessa época "Oswald vivia irresponsavelmente um sonho. Retalhava sua herança e a do filho, vendendo atabalhoadamente pedaços de terrenos para sobreviver. Fazia pouco caso de dinheiro, pois esperava a revolução iminente que iria socializar tudo. Nas ausências e retiradas estratégicas de Oswald e Pagú, quer para fugirem da polícia, quer para se dedicarem às tarefas políticas, Nonê tomava conta de Rudá".

Três meses após o nascimento de Rudá, Pagú viaja para Buenos Aires para participar de um festival de poesias. Lá conhece Luís Carlos Prestes e volta entusiasmada com os ideais comunistas. Ao retornar ingressa no Partido Comunista e convence Oswald a filiar-se também. Começa então para ambos um período de intensa militância política, com um estilo de vida oposto ao que haviam se acostumado até então. As festas e reuniões em sociedade cedem lugar à militância e à incerteza. Em março de 1931 fundam o jornal tablóide O Homem do Povo que, segundo seu programa, embora não fosse filiado a nenhum partido apoiaria "a esquerda revolucionária em prol da realização das reformas necessárias". Pagú escrevia artigos, fazia desenhos, charges e vinhetas, além de assinar a seção "A Mulher do Povo", em que criticava as "feministas de elite" e as classes dominantes. O jornal durou apenas oito números, sendo impedido de circular pela polícia após a confusão gerada por ataques de Oswald à faculdade de Direito, que foi chamada por ele de "cancro" que minava o estado. O Homem do Povo acabou fechado por determinação do Secretário de Segurança do Estado.

PRISÃO POLÍTICA E PARQUE INDUSTRIAL

Pagú escreve o seu romance Parque Industrial que Oswald de Andrade edita. Entretanto, o que está a acontecer no resto do mundo? Consulta a TÁBUA CRONOLÓGICA.

Pagú, que já havia participado das agitações de rua por ocasião da Revolução de 1930, participa de movimentos de operários da construção civil em Santos e em 23 de agosto de 1931 é presa como agitadora num comício de estivadores em greve na cidade. Oswald, na tentativa de ajudá-la, faz-se passar por seu advogado e também é preso. Ao ser libertada, o Partido Comunista, para se eximir de culpa, obriga-a assinar um documento em que se declarava uma "agitadora individual, sensacionalista e inexperiente".

Em 1932 Pagú e Oswald já não vivem mais juntos. Ela vai para o Rio e instala-se numa Vila Operária, trabalhando como lanterninha num cinema da Cinelândia. Era parte do projeto do Partido fazer com que os intelectuais experimentassem o modo de vida e o trabalho dos operários. Apesar do entusiasmo mostrado pelos dois, a maioria dos companheiros do PC não acreditava nas intenções de Oswald e Pagú, conforme se observa nas memórias de um militante da época: "um desses elementos, podemos dizer perniciosos, era uma moça (poetisa) chamada Pagú, que vivia, às vezes, com Oswald de Andrade. Ambos haviam ingressado no Partido, mas para eles, principalmente para Oswald, tudo aquilo lhes parecia muito divertido. Ser membro do PC, militar ao lado dos operários 'autênticos', tramar a derrubada da burguesia e a instauração de uma 'ditadura do proletariado', era sumamente divertido e emocionante." (depoimento de Leôncio Basbaum, 1978)

Em janeiro de 1933 Pagú lança seu primeiro romance, Parque Industrial – romance proletário, com edição financiada por Oswald. A autora esconde-se sob o pseudônimo de Mara Lobo por exigência do Partido Comunista. Esteticamente, Parque Industrial se insere nas experiências modernistas, notadamente com influências de Oswald de Andrade - que havia lançado seu Memórias sentimentais de João Miramar em 1924. É uma narrativa urbana, cujo foco central são os trabalhadores – ou melhor, as trabalhadoras – das indústrias da cidade de São Paulo, vivendo miseravelmente esmagadas pelas classes dominantes. Além de poder ser visto como um documento das ideologias de uma época, Parque Industrial é também um belo exemplo de uma experiência de linguagem.

Camila Ventura Frésca
 

 
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Ainda sobre Pagu 100

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Qua, 03/03/10 - 19h00

Casa das Rosas homenageia presença feminina na literatura

Confira a programação deste mês que terá uma homenagem especial ao escritor J. D. Salinger, falecido em janeiro

Em março, mês das mulheres, a programação da Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura faz uma homenagem à presença feminina na literatura. Neste domingo, 7, a partir das 15 horas, a instituição abre as portas para a musa do Movimento Modernista, Patrícia Galvão, a Pagu. Durante toda a tarde, serão discutidos em debates e palestras a vida e o trabalho intelectual de Pagu como escritora e poeta, além de sua trajetória jornalística e seu envolvimento político.

A Casa das Rosas também fará uma homenagem especial ao escritor J. D. Salinger, autor de O Apanhador no Campo de Centeio, falecido em janeiro de 2010. No dia 10 de março, às 20 horas, uma palestra ministrada pelo professor de literatura, Frederico Barbosa, abordará o romance de Salinger como um retrato do ambiente sociocultural que gerou a cultura pop e o rock'n'roll, e sua influência sobre as gerações seguintes.

A programação conta ainda com o Sarau das Escritoras Suicidas, na terça-feira, 12, que reúne textos de mulheres e de homens que se passam por mulheres.

Confira a programação completa:

Pagu 100 - Uma mulher chamada Patrícia Galvão
No domingo, 7, a partir das 15 horas

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=208133

 

 

 
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Pagu 100 - Uma mulher chamada Patrícia Galvão

Pagu 100 - Uma mulher chamada Patrícia Galvão

Pagu 100 – Uma mulher chamada Patrícia Galvão

+   -

A Casa das Rosas oferece, no próximo dia 07 de março, o encontro "Pagu 100 – Uma mulher chamada Patrícia Galvão". O objetivo do evento é mostrar um pouco da vida e do trabalho da escritoramusa do modernismo e que fez parte do movimento antropofágico em 1928.  Leituras, palestras e debates estão na programação do encontro. Clique aqui e confira detalhes da programação.

Local: Casa das Rosas
Endereço: Avenida Paulista, 37. Bela Vista. São Paulo-SP.

http://www.territorioescola.org.br/agenda/pagu-100-uma-mulher-chamada-patricia-galvao


 

 
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Livros à venda...

Livros à venda...

http://www.gojaba.com/book/6657095/Paix%C3%A3o-pagu-Patr%C3%ADcia-Galv%C3%A3o

 

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Industrial Park

Industrial Park

http://www.coursehero.com/textbooks/256453-Industrial-Park-Latin-American-Women-Writers/

 

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Mulheres que mudaram a história das mulheres são tema de exposição
itinerante

Mulheres que mudaram a história das mulheres são tema de exposição itinerante

Mulheres que mudaram a história das mulheres são tema de exposição itinerante

http://www.cubatao.sp.gov.br/publico/index.php?option=com_content&view=article&id=2080:mulheres-que-mudaram-a-historia-das-mulheres-sao-tema-de-exposicao-itinerante&catid=10:noticias-da-cidade&Itemid=50

 

Postado por Departamento de Imprensa   

Sex, 05 de Março de 2010 14:09

Painéis de textos e fotos, que resumem a trajetória de expoentes do feminismo, Mulheres que mudaram a história das mulheres, estarão de 5 a 13 de março em diferentes pontos de Cubatão, ilustrando eventos ou apenas informando a população. Nesta sexta-feira, 5 de março, das 9 às 17 horas, estiveram no saguão da Prefeitura. A iniciativa é do Conselho Municipal da Condição Feminina, com o apoio da Associação de Mulheres Construindo Gênero e do Município.

“A importância da exposição é fazer com que as pessoas conheçam a relevância de cada uma dessas mulheres dentro de sua época e de sua luta”, ressaltou a militante do movimento em prol das mulheres de Cubatão desde 2004, Genilde Josino Spina, a ser empossada, no próximo dia 8, como presidenta da Conselho Municipal da Condição Feminina.  

São objeto da exposição: Maria da Penha, que lutou por justiça, depois de perder o movimento dos membros inferiores devido a tiro de seu companheiro – ela conseguiu a aprovação da Lei 11.340/0, a Lei Maria da Penha, que penaliza a violência contra a mulher; a escritora feminista mineira Maria Lacerda de Moura (1887-1945); a comunista alemã Rosa de Luxemburgo (1871-1919); a jornalista comunista e modernista de 1922, Patrícia Galvão, a Pagu (1910-1962); a escritora francesa Simone de Beauvoir (1908-1986); a revolucionária alemã Clara Zetkin (1857-1933).

E mais: a escritora feminista Rose Marie Muraro, em cuja obra está o título Por uma Erótica Cristã; a fundadora da Comissão Executiva Nacional do Movimento Negro Unificado (MNU), Lélia Gonzalez (1935 –1994), que desenvolveu pensamento negro e comunista, tendo ascendido de babá a professora universitária - sua formação em ciências sociais, história e filosofia permitiu pensar a questão racial sob diversos aspectos enriquecidos com o candomblé e a psicanálise -; as Irmãs Mirabal, perseguidas encarceradas e brutalmente assassinadas em 25 de novembro de 1069 na república Dominicana, por oporem-se à ditadura de Rafael Leonidas Trujillo.

E ainda: a primeira prefeita eleita no Brasil em 1928, no Rio Grande do Norte, Alzira Soriano de Souza (1897-1967) - as mulheres ainda não tinham direito a voto, foi eleita pelos homens, perdendo o mandato com a Revolução de 30 por não concordar com a ditadura do então presidente Getúlio Vargas -; a paulistana Berta Lutz (1894 – 1976), líder feminista, cientista e deputada federal, que assegurou às brasileiras o direito a voto em 1932; e as 147 costureiras mortas em um incêndio na fábrica têxtil Triangle Shirtwaist, em Nova Iorque, em março de 1911, fato decisivo para que o 8 de março fosse instituído mundialmente.   

Alzira Rufino – Outra personalidade focalizada em um dos painéis é a ativista política do Movimento de Mulheres Negras, da Baixada Santista, Alzira Rufino, “responsável pela criação de diversas leis e serviços, tais como a fundação do Coletivo de Mulheres Negras da Baixada”. Em 1990, fundou a Casa da Cultura da Mulher negra de Santos e, por meio de sua luta, foi instituída a Lei Federal de Notificação Compulsória de Violência Doméstica.   

A exposição poderá ser vista nas seguintes datas e locais: nesta sexta-feira, dia 5, a partir das 19 horas, no entorno da Câmara de Cubatão, tendo em vista a sessão solene alusiva ao Dia Internacional da Mulher; neste sábado, dia 6, das 9 às 17 horas, na Avenida Nove de Abril, no Centro - parte dela defronte do Parque Anilinas e outra, da Biblioteca Municipal Central -; no domingo, a partir das 14 horas, na Praça Januário Estevão de Lara Dante, Crevin, onde haverá apresentações culturais e serviços a cargo da Prefeitura, do Conselho Municipal da Condição Feminina e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Em 8 de março (segunda-feira), a exposição volta para o saguão da Prefeitura. Dia 9, estará no Centro de Referência do Idoso, o Conviver, à Rua Fernando Costa, 181, Vila Santa Rosa e de 10 a 13 na Galeria Angelina, à Avenida Nove de Abril, 2.166, Centro.         

 

Texto: Maria Cecília de Souza Rodrigues. MTb 16561.

Foto: José Mário Alves.

 

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